Em tempos de Copa do Mundo, vem-me à lembrança a figura de Valtércio
Massaroca, a quem carinhosamente chamava de Astreço. Ele morreu já entre os 60 e
os 70 anos, em decorrência de uma aventura com motocicleta, mas sempre foi um
sonhador e gostava de trocar poesias comigo. Certo dia, em 1976, numa disputa de
Brasil com Uruguai, um juiz marcou pênalti contra o Brasil e Astreço, já animado
por umas lapadas de cana, decretou que a falta era injusta e na casa dele
ninguém marcaria aquele gol contra o Brasil. Pegou um revólver canela seca da
época do velho Diolino e, na hora em que o atacante uruguaio ia marcar o gol
contra a meta do imponente e negro Jairo, atirou na bola, danificando a tevê que
Carminha comprara com o salário do Mobral.
Miguezim de Princesa
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