sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Então fica combinado assim. José Dirceu não é o chefe da quadrilha do mensalão!

A dor de um povo

Um mar de rostos famintos e assombrados se aglomeram no campo de refugiados palestinos de Yarmouk, em Damasco (capital da Síria). Na foto, tirada em 31 de janeiro, homens, mulheres e crianças esperam em uma enorme fila com a esperança de receber comida e remédios. Há mais de 18.000 pessoas no campo de Yarmouk, e muitas estão morrendo de fome.

O campo foi construído originalmente em 1948 para abrigar refugiados palestinos que fugiam da guerra entre árabes e israelenses. Desde o começo do conflito sírio, a área virou uma zona de desastre humanitário em meio a confrontos entre forças do governo e rebeldes que impedem a chegada de alimentos e tratamento médico.

Dezenas de pessoas morreram no campo de desnutrição, com informações de que muitos moradores precisam comer grama e gatos para sobreviver. A ajuda da ONU ficou mais lenta desde janeiro de 2014, e, quando chega, o resultado pode ser visto na foto.

Joaquim só vence

É cada vez mais confortável a situação do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Joaquim ganha quando ganha. E ganha quando perde. Ou quando “aparentemente” perde.
 

Confuso? Explico.
 

A se acreditar nas pesquisas de opinião pública, a esmagadora maioria dos brasileiros queria a condenação dos mensaleiros. Joaquim também queria. Mensaleiros foram condenados.
 

Agora, a esmagadora maioria dos brasileiros quer a condenação de alguns dos mensaleiros por crime de quadrilha. Joaquim também quer. O STF deverá absolvê-los.
 

Então...
 

Então por pensar nesse caso como pensa a maioria dos brasileiros, Joaquim ganhará outra vez.
 

Com pouco espaço e pouco tempo para escrever, não consigo ser mais claro do que imagino que estou sendo.
 

(Rezo para que me compreendam!)
 
 
Ricardo Noblat

Bulería por Soleá, com Paco de Lucía (guitarra) e Antonia (voz)


Paco de Lucía nasceu em 21 de dezembro de 1947 e faleceu em 26 de fevereiro de 2014

Frase

"O Brasil precisa de ar novo, sangue novo. Minha geração já passou. Nós já morremos.

Fernando Henrique Cardoso

Associação acusa presidência do Tribunal de Justiça de negar direitos aos próprios servidores

Associação dos Técnicos, Auxiliares e Analistas Judiciários da Paraíba (Astaj) acusa a presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ) de descumprir Lei de Planos e Cargos dos servidores ao não permitir o direito às progressões funcionais no judiciário, o que está provocando prejuízos financeiros aos funcionários que já adquiram esse direito.

“A Astaj está realizando reuniões com os servidores e deverá anunciar medidas, a fim de assegurar a aplicação desse direito adquirido por lei”, disse José Ivonaldo presidente da entidade.

Segundo o presidente da entidade, José Ivonaldo, os servidores requerem suas progressões funcionais de acordo com o que preceitua a Lei Estadual nº10.195/2013, contudo, esses pedidos não são atendidos pela administração do TJ.

José Ivonaldo afirmou ainda que até recentemente a administração do TJ vinha concedendo as progressões aos seus servidores sem nenhum problema. Contudo, a partir de janeiro desde ano passou a suspender, sem prazo para definição, todos os pedidos alegando que a matéria precisa ser alvo de regulamentação pela corte.

De acordo com a presidente da entidade, o Plano de Cargos e Carreiras dos servidores do judiciário existe desde o ano de 2011. “Mesmo tendo passado três anos de sua vigência, o TJ nunca se preocupou em regulamentar a matéria. Mas, os servidores não podem ser penalizados pela inércia ou omissão da administração do TJ. O não cumprimento da Lei Estadual que implantou as progressões funcionais está trazendo sérios prejuízos financeiros para os servidores”, disse Ivonaldo.

Falta de diálogo


O presidente da Astaj afirmou ainda que, mesmo sabendo dos prejuízos que vêm causando aos seus servidores, a administração do TJ não acena com qualquer possibilidade de diálogo com a entidade a fim de solucionar o problema.

“Casa de ferreiro, espeto de pau”

Para Ivonaldo não dar para acreditar como é que o TJ da Paraíba exige que prefeituras e demais esferas da administração pública cumpram as leis em relação a funcionários, ao passo que o mesmo tribunal descumpri a lei que garante benefícios aos seus próprios servidores

Charge

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Casaram-se

Estive ontem prestigiando o casamento do casal de advogados e amigos Dinácio e Izabella. O evento ocorreu no restaurante italiano Viareggio na vizinha cidade de Patos-PB, onde o casal recebeu os convidados.

A solenidade, bastante concorrida, contou com a presença de familiares e amigos dos noivos. A celebração foi realizada pelo Dr. Ramonilsom.
 
Os nossos votos de felicidades ao casal.

Charge


Qual o nosso ideal de hoje?

De vez em quando, eu falo sobre a ditadura militar e me sinto um dinossauro, pois a "dita" aconteceu há 50 anos. Porém, nessas últimas semanas, se falou muito daqueles tristes dias militares, pela aproximação de seu aniversário. Ela voltou como a lembrança de um pesadelo ou para nos alertar sobre os perigos para a democracia, agora que temos um país conflagrado por paralisia ideológica e por incompetência generalizada. Antes de 64, na guerra fria, no terceiro-mundismo, achávamos tudo fácil de realizar - nosso desejo bastava, mesmo que a utopia fosse impossível. Achávamos que poderíamos tudo; só não tínhamos liberdade. Hoje temos liberdade, mas não podemos fazer quase nada.

A injustiça e a boçalidade nos governaram por 21 anos. Foi espantosa a ingenuidade e despreparo que embalaram o golpe naquela época. Nossa inocência política não imaginava quem seriam os inimigos. E diante dos lutadores românticos, uma outra realidade aflorou, sinistra: os inimigos eram os rosários entre os dedos, os elefantes de louça, os bibelôs sem gosto, as famílias de classe média marchando. Das crendices ressurgia um Brasil puído, gasto, inatual, que sempre esteve ali e que achávamos obsoleto. O golpe de 64 despertou o Brasil medíocre.

Acordamos de um sonho para um pesadelo. O país mudou em 24 horas. E depois de 68, jovens idealistas piraram, enquanto multidões de yuppies brotaram do falso "milagre", enchendo o rabo de dinheiro, adotando o cinismo frio que hoje virou até uma "qualidade" executiva.

Tínhamos horror ao mundo real: um presidente anão que parecia um ET verde-oliva, a cara de boçal do Costa e Silva, as gargalhadas de Yolanda, o rosto de vampiro deprimido de Medici, a estátua ereta e autoritária do Geisel e os colhões de Figueiredo, fazendo ginástica de sunguinha para o povo ver. Tudo nos dava horror, tínhamos de fechar os olhos.

E, como a política virou crime, cultivamos utopias pessoais, sexuais, místicas, drogadas. O espírito hippie não chegou aqui com flores e amor, mas com balas e porrada. A contracultura sem flores, o perigo de morte, geraram ao menos uns 7 anos de horror. Esse era o espírito do tempo. Do rosto sério e reflexivo dos guerrilheiros, passamos ao sorriso alvar meio bobo dos desbundados.

Não penso em uma anormalidade que nos assolou, mas sim na terrível "normalidade" a que nos adaptamos.

A ditadura acabou, voltou a democracia, somos todos livres e, no entanto, qual é a loucura de hoje?

Durante a ditadura, todos éramos o bem. O mal eram os milicos. Acabou a dita e as "vítimas" (dela) pilharam o Estado. O futuro virou uma promessa de aperfeiçoamento de produtos, com uma velocidade que faz do presente um arcaísmo, uma espécie de passado "ao vivo" em decomposição. Temos hoje de lutar por quê? Qual nosso ideal de hoje?
 
A ditadura nos trouxe o desencanto. Ela nos fez conscientes de nossa pequenez, da importância das mesquinhas coisas da vida. Depois da ditadura, passamos a desejar uma liberdade vagabunda, para nada, para rebolar o rabo nas revistas, uma liberdade "fetichizada", transformada em produto de mercado. Ganhamos o mercado da liberdade.
 
O fracasso, a derrota, ganhou uma beleza nova - a beleza da desistência, a nobreza da vitimização.

Aqui no Brasil, temos a brutal resistência do atraso, do Mesmo. Estamos nos acostumando a isso. Pior que a violência é habituar-nos com ela. O mal ficou banalizado e o bem um luxo, quase um hobby. A desesperança parece-nos maturidade, do pessimismo estamos chegando a um fatalismo que passou a ser o lugar da sabedoria: "Ah..., é assim mesmo..., não dá para fazer nada mesmo". Ou então um otimismo reativo: o Brasil jamais afundará. Sem dúvida, mas poderá ficar cada vez mais disfuncional e irreversível. Depois das reformas de FHC, tudo que estava pronto para decolar voltou atrás pela ignorância regressista do PT.

Hoje, vivemos na expectativa de que algo acontecerá, num tempo em que nada se soluciona. Vivemos uma cilada histórica, quando ninguém sabe como governar um país; o despreparo continua, com governantes de "esquerda" pensando com os mesmos parâmetros de 50 anos atrás.

Democracia é a palavra do momento. Nunca se falou tanto em democracia como ultimamente. Fala-se tanto nela talvez por medo de que ela se transfigure, se deforme. Fazem-se grandes denúncias do passado, para que não esqueçamos os horrores. É importante punir e lembrar, sem dúvida.

Mas, democracia não pode ser definida apenas por ausência de ditadura, pelo que ela "não" é ou "não" foi. Nossa democracia está em dificultosa construção, frágil, difícil de entender por um país que já começou excludente e em que a República nasceu de um golpe militar.

Mas não adianta apenas buscar os inimigos que a destruíram no passado, quem torturou, quem matou.

É importante pegar os que sobraram das iniquidades cometidas, mas temos de pegar principalmente os inimigos da democracia de hoje, os que querem acabar com a liberdade de expressão, os que arrasam o País pela corrupção sistemática e pela busca voraz do poder pelo poder. Quem quer acabar com a democracia hoje, a exemplo dos fascistas da Venezuela, dos fascio-peronistas da Argentina ou do Equador são compatriotas loucos e mal informados, aqui. Baudrillard escreveu uma frase que tenho citado e que resume a loucura bolivariana que nos ameaça: "O comunismo hoje desintegrado se tornou viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, não através da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de desfuncionamento e da desestruturação brutal".
 

O mal aqui está nos pequenos psicopatas que, quietinhos, nos roem a vida. Aqui, o grande canalha serve para camuflar os pequenos (que são os grandes) canalhas. O mal do Brasil não está na infinita crueldade dos torturadores ou das elites sangrentas; está mais na sua cordialidade. O mal nos engana, no Brasil. Aqui, o perigo é o Bem.

Isso é que nos ameaça e interessa e não mais as ossadas do Araguaia. Encanemos os fascistas d'antanho, mas cuidemos dos fascistas de hoje.
 
 
Arnaldo Jabor
O Estado de S. Paulo

Zimbo trio


Quem és tu

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?


A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.


A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.



Sophia de Mello Breyner Andresen

Juiz de São Paulo aceita pedido de correção do FGTS pela inflação

A Justiça Federal de São Paulo atendeu ao pedido de um trabalhador, que entrou com uma ação contra a Caixa Econômica Federal, solicitando que os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) sejam corrigidos pela inflação e não pela Taxa Referencial (TR).
 
O juiz federal Djalma Moreira Gomes, titular da 25ª Vara Federal, determinou que os depósitos do FGTS da conta de Douglas de Souza Augusto sejam corrigidos desde 1999 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
 
Segundo a assessoria de imprena da Justiça Federal, é a primeira decisão a favor da correção do FGTS pela inflação no estado de São Paulo. A sentença, porém, ainda é de primeira instância e cabe recurso.
 
 
Do G1

Frase

"A presidente tem 47% nas pesquisas. É mais que o Lula e o FH. Tirar foto com a Dilma vai ajudar a eleger vocês. Quem vai ter dificuldade serão DEM e PPS.
 
 
Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, em reunião com líderes da base do governo na Câmara

Assim nasceu o trio elétrico

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


Socialismo é barbárie

A esquerda está em pânico porque estava acostumada a dominar o debate público

Se eu pregar que todos que discordam de mim devem morrer ou ficarem trancados em casa com medo, eu sou um genocida que usa o nome da política como desculpa para genocídio. No século 20, a maioria dos assassinos em massa fez isso.

O Brasil, sim, precisa de política. Não se resolve o drama que estamos vivendo com polícia apenas. Mas me desespera ver que estamos na pré-história discutindo ideias do "século passado". Tem gente que ainda relaciona "socialismo e liberdade", como se a experiência histórica não provasse o contrário. Parece papo das assembleias da PUC do passado, manipuladoras e autoritárias, como sempre.

O ditador socialista Maduro está espancando gente contra o socialismo nas ruas da Venezuela. Ele pode? Alguns setores do pensamento político brasileiro são mesmo atrasados, e querem que pensemos que a esquerda representa a liberdade. Mentira.

A maioria de nós, pelo menos quem é responsável pelo seu sustento e da sua família, não concorda com o socialismo autoritário que a "nova" esquerda atual quer impor ao país. A esquerda é totalitária. Quer nos convencer que não, mas mente. Basta ver como reage ao encontrar gente inteligente que não tem medo dela.

Ninguém precisa da esquerda para fazer uma sociedade ser menos terrível, basta que os políticos sejam menos corruptos (os da esquerda quase todos foram e são), que técnicos competentes cuidem da gestão pública e que a economia seja deixada em paz, porque nós somos a economia, cada vez que saímos de casa para gerar nosso sustento.

Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de "humanista", de superioridade moral, e de que quem discorda dela o faz porque é mau. Ela está em pânico porque estava acostumada a dominar o debate público tido como "inteligente" e agora está sendo obrigada a conviver com gente tão preparada quanto ela (ou mais), que leu tanto quanto ela, que escreve tanto quanto ela, que conhece seus cacoetes intelectuais, e sua história assassina e autoritária.

Professores pautados por esta mentira filosófica chamada socialismo mentem para os alunos sobre história e perseguem colegas, fechando o mercado de trabalho, se definindo como os arautos da justiça, do bem e do belo.

A esquerda nunca entendeu de gente real, mas facilmente ganha os mais fragilizados com seu discurso mentiroso e sedutor, afirmando que, sim, a vida pode ser garantida e que, sim, a sobrevivência virá facilmente se você crer em seus ideólogos defensores da "violência criadora".

Ela sempre foi especialista em tornar as pessoas dependentes, ressentidas, iludidas e incapazes de cuidar da sua própria vida. Ela ama a preguiça, a inveja e a censura.

Recomendo a leitura do best-seller mundial, recém publicado no Brasil pela editora Agir, "O Livro Politicamente Incorreto da Esquerda e do Socialismo", escrito pelo professor Kevin D. Williamson, do King's College, de Nova York. Esta pérola que desmente todas as "virtudes" que muita gente atrasada ou mal-intencionada no Brasil está tentando nos fazer acreditar mostra detalhes de como o socialismo impregnou sociedades como a americana, degradou o meio ambiente, é militarista (Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na Suécia. O socialismo é um "truque" de gente mau-caráter.

As pessoas, sim, estão insatisfeitas com o modo como a vida pública no Brasil tem sido maltratada. Mas isso não faz delas seguidores de intelectuais e artistas chiques da zona oeste de São Paulo ou da zona sul do Rio de Janeiro.

A tragédia política no Brasil está inclusive no fato de que inexistem opções partidárias que não sejam fisiológicas ou autoritárias do espectro socialista. Nas próximas eleições teremos poucas esperanças contra a desilusão geral do país.

E grande parte da intelligentsia que deveria dar essas opções está cooptada pela falácia socialista, levando o país à beira de uma virada para a pré-história política, fingindo que são vanguarda política. O socialismo é tão pré-histórico quanto a escravatura.

Mas a esquerda não detém mais o monopólio do pensamento público no Brasil. Não temos mais medo dela.
 
 
Luiz Felipe Pondé
Folha de S. Paulo

Jabuticaba

É certo que Jabuticaba faz bem para a saúde. Riquíssima em vitaminas do Complexo B, principalmente B2 e Niacina; e, em menor quantidade, de vitamina C, e de sais minerais como Ferro, Cálcio e Fósforo. É esta a conclusão de vários estudos científicos.
 
Mais controvérsias e menos certezas existem acerca da validade da Teoria da Jabuticaba. Segundo esta teoria, a jabuticaba simboliza tudo aquilo que só existe no Brasil. E, dado que somente existe no Brasil, a teoria fornece explicação para situação, que, alega-se, seria inédita no plano universal.
 
A Teoria da Jabuticaba consiste em propor, defender e sustentar, contra qualquer outra evidência lógica em sentido contrário, soluções, propostas, medidas práticas, ideias que só existem no Brasil e que somente ali funcionariam.
 
Os adeptos desta teoria seriam também dotados de poderes igualmente singulares. Dariam nó em pingo d’água, com ou sem luva, de acordo com a necessidade, conveniência, ou oportunidade. Desfritariam ovo. Tudo com muito jeito. Ou com muito jeitinho, como preferem alguns.
 
A teoria da jabuticaba justifica qualquer coisa. A se crer nela, lugar onde cresce jabuticaba funciona com regras próprias e únicas. Lá tudo é diferente. A vida é governada por leis não aplicáveis a outros lugares. Em suas palmeiras, sabiás gorjeiam melodias únicas, somente ali possíveis.
 
Lá o mundo se curva a soluções inovadoras, especialmente feitas para cada ocasião, e somente ali aplicáveis, para todos os problemas humanos, conhecidos ou não. A experiência de outros lugares jamais pode ser utilizada. Comparar de dados e informações seria, portanto, simples exercício de futilidade, desprovido de qualquer utilidade prática.
 
A teoria da jabuticaba impede o aprendizado com os erros e acertos de outros lugares. Condena seus adeptos a gastar tempo, energia e recurso desnecessariamente, resolvendo problemas partindo sempre da estaca zero.
 
Teoria da Jabuticaba é solução simples, rápida e, quase sempre, errada. Serve para qualquer coisa. Explica qualquer coisa. Inclusive o nada.




Elton Simões mora no Canadá. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). Publica blog na revista Meio & Mensagem. E-mail: esimoes@uvic.ca
 
 
Do blog do Noblat

Arte de rua

 
 
 
 

Copa: camisetas com conotação sexual da Adidas revoltam o governo

Camiseta traz expressão que também significa 'pegar garotas' de uma maneira mais sexual
 
Uma linha de camisetas da Adidas sobre a Copa do Mundo está gerando polêmica por causa do duplo sentido que o material traz. Ao mesmo tempo que fala de Brasil e da paixão pelo futebol, também reforça o apelo sexual num momento que o governo do País luta para não passar essa imagem internacionalmente.
 
O material causou revolta na Embratur, que promete formalizar nesta terça uma reclamação à empresa alemã de material esportivo.
 
Leia mais clicando aqui
 
 
Paulo Favero, Estadão

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O circo chegou

Sou fascinado pela arte milenar do circo e procuro assistir a todos os espetáculos que aportam aqui na cidade ou na vizinhança. No último domingo estive com a família no Circo Popular do Brasil, do Marcos Frota.  
A propósito, há referências sobre o circo desde a antiguidade. Durante o Império Romano, por exemplo, grupos de pessoas ganhavam a vida fazendo apresentações na rua, nas casas de famílias nobres ou até mesmo em arenas destinadas às apresentações (anfiteatros).

Na
Idade Média, grupos de malabaristas, artistas de teatro e bufões (comediantes) viajavam pelas cidades da Europa com suas apresentações.

Porém, foi somente em 1769 que o circo ganhou o formato que temos atualmente. Neste ano, o inglês Philip Astley organizou as apresentações circenses, destinando também uma tenda de lona para as apresentações. Estas seriam itinerantes (com mudança constante do local de apresentação).
 
No nosso calnedário, comemora-se em 27 de março o Dia do Circo.

Justiça decide contra o aborto na Bolívia

O aborto continua sendo ilegal na Bolívia, segundo uma sentença do Tribunal Constitucional Plurinacional que, no entanto, coloca em aparente contradição o compromisso do Governo do presidente Evo Morales de modificar leis e políticas públicas sobre a interrupção voluntária da gravidez de agosto de 2013.

O Tribunal Constitucional pronunciou-se após uma longa e polêmica espera de quase dois anos. Durante esse período, a opinião pública se dividiu em dois grupos: os que avaliam que legalizar o aborto é uma questão de saúde pública e que deve ser respeitado o direito da mulher de decidir sobre seu corpo e outro que baseia sua rejeição ao aborto no direito à vida desde a formação do embrião, consagrado em várias convenções e declarações, bem como em princípios religiosos.
 
 
El País

Frase

"Tentar entender não é o mesmo que perdoar.

Hannah Arendt, filósofa alemã, judia que fugiu do nazismo

Autores meticulosos

(manuscrito de Kafka)

Li na adolescência uma frase de Kafka que volta e meia recordo. Era mais ou menos assim: “Escrever é trabalhoso. Quando consigo colocar uma palavra no papel, não tenho senão esta, e tudo recomeça.” Para autores assim, como o próprio Kafka, Raymond Chandler, Georges Perec, escrever é como levantar um muro. Tem que fabricar um tijolo. Colocá-lo no lugar. Depois fabricar o tijolo seguinte. E por aí vai. É o contrário da impressão que eu tenho de certos autores (Nelson Rodrigues, Henry Miller, Jack Kerouac, Chesterton, Walter Gibson que escrevia a série The Shadow) para os quais escrever é sinônimo de abrir uma torneira: já está tudo pronto para ser escrito, o único trabalho é controlar o fluxo.


De um lado da rua, moram os autores meticulosos cuja escrita é um avanço penoso mas seguro, onde a cada dia de trabalho são produzidas algumas linhas, mas pelo menos se supõe que serão definitivas. Na calçada oposta moram os autores fluentes, caudalosos, que redigem dezenas de páginas num dia de atividade veloz e ininterrupta. Estes – descontando-se, sempre, os que visam apenas a quantidade sem qualidade – parecem ter um mecanismo automático de escolha que faz sua prosa fluir sem maiores considerações caso-a-caso. Quase como se, tendo descoberto uma maneira original, espontânea e variada de dizer o que pretendem, eles já a tivessem automatizado a ponto de produzi-la sempre que necessário, sem muita reflexão.


Robert Silverberg (autor de Uma pequena morte, Crônicas de Majipoor) conta que teve duas fases distintas em sua carreira. Na primeira foi de uma produtividade recorde: “Eu escrevia com espantosa rapidez, vendendo quinze histórias em junho de 1956, vinte no mês seguinte, catorze (incluindo uma serialização em três partes) no outro mês.” Tempos depois, ele dizia: “Tornei-me como os outros mortais, e tenho que redigir duas, ou três, ou às vezes dez versões de cada página antes de poder fazer a datilografia final.”

 
Silverberg foi promovido da energia perdulária da pulp fiction para a contractividade criadora da arte. Tornou-se um artista mais denso e mais complexo, para os que acham que quanto mais cerebral mais artístico – questão ainda em aberto. A autoconsciência do autor que recebe o upgrade de uma pulp fiction para uma New Wave paga o preço de uma teorização filosófica para cada frase. Por que este plano e não outro?, perguntava Jean-Luc Godard, brechtianamente, estancando o fluxo do delírio e mandando os diretores pensarem. Por que esta palavra? pergunta Kafka. E depois de longas assembléias com seus heterônimos ele concorda que a palavra é mesmo aquela. Escreve-a no papel. E tudo recomeça.
 
 
Bráulio Tavares
(Mundo Fantasmo)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Como curar a dor de amor pelo estômago

Bom dia, tristeza. Bom dia, ressaca. Segunda-feira é dia de receitas para mulheres tristes, como no livro acima do compay colombiano Héctor Abad.
 
Há quem diga que a dor de amor está diretamente ligada ao aparelho digestivo. Não às simbologias do coração. Muito menos às ondas do cérebro e o controle da serotonina.
 
É o caso de um personagem de um dos melhores livros da literatura latino-americana: “Tia Julia e o Escrevinhador”, de Mario Vargas Llosa.
 
Repare na tese do rapaz:
 
“Para dores de amor, nada melhor do que leite de magnésia(…). Na maior parte das vezes, os chamados males de amor, etcétera, são distúrbios digestivos, feijões duros que não digerem, peixe estragado, entupimento. Um bom purgante fulmina a loucura do amor.”
 
A gente sabe que o enfezamento é um dos grandes males da humanidade. Também é do conhecimento público que a mulher, mais que o homem, padece da prisão de ventre.
 
De acordo com a ficção de Vargas Llosa, aquilo que você, rapariga em flor ou linda afilhada de Balzac, imagina como recaída amorosa… pode ser apenas a falta de digestivas ameixas.
 
Com Héctor Abad, a salvação está nas receitas culinárias e em uma certa feitiçaria dos selvagens da América do Sul.
 
Não havia dado muita bola para o livro dele até uma semana atrás, quando o jornalista Paulo Carvalho (Diario de Pernambuco), em um bate-papo comigo no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), tratou de uma certa semelhança entre os textos deste blog e as receitas do colombiano.
 
Precisei ser mordido pela humaníssima mosca azul da vaidade para ler com atenção o receituário. Recomendo.
 
Quando o tédio se instala de vez entre os casais e só o silêncio faz um eco infernal, Abade recomenda que se vá à caça de boas perdizes. Arrastões à parte, pode ser também num restaurante de São Paulo.
 
Ele disse que te ama e você não tem certeza se é verdade? Há uma fictícia sopa que mudará de cor caso o canalha esteja mentindo.
 
As receitas são simples. Pura literatura disfarçada de linguagem de almanaque, coisa que os escritores brasileiros, em nome de fracassadas obras primas, estão esquecendo.
 
Para a mulher curar parceiros impotentes, o livro recomenda a paciência de 31 noites. O cara será o maior amante da história. Terá a amiga tanta paciência?
 
O melhor é o remédio contra a culpa. Carne de dinossauro. Eles foram extintos há 65 milhões de anos.

 
 
Xico Sá

Clint Eastwood

Importante esperar pelo último minuto,
pela dor inexplicável que nos fará jus
à cruz que carregamos, invisível ferro,
que gela nas artérias e antecipa o tiro.
importante esperar pelo momento vazio
em que a dor trespassa então por pouco
e já não é mais dor, é tensão do mundo,
enxergar sem rédeas o terreno aberto.
não se colocar entre este e aquele século.
seguir sem nome (pois o nome na pele)
então engolir os séculos, regurgitar mais.
para remexer o caldo fundo sob a terra
aparentemente árida, de cerne difícil,
e só então cuspir fora o sumo — dar o tiro.
 
Leonardo Marona nasceu em 1982, em Porto Alegre. Entre outros livros, lançou l'amore no (7Letras, 2011).

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Projeto "pinto feliz" é aprovado pela Câmara de vereadores da cidade de Catolé do Rocha-PB

O vereador de Catolé do Rocha Ary Nunes (PSDB) é no mínimo uma figura criativa. Pra valer esse adjetivo, o parlamentar apresentou o seu primeiro projeto de lei em 2014, na sessão da última segunda-feira, 17 de Fevereiro.

“Pinto Feliz” é a nomenclatura do mesmo. Ary propôs que a Secretaria Municipal de Saúde distribua gratuitamente remédio para tratamento de disfunção erétil (anti-brocha) para os idosos.

O projeto foi aprovado nas Comissões e agora deve passar em plenário.

O viagra é um exemplo deste tipo de medicação e um dos remédios mais vendidos em todo o mundo.
 
Fonte aqui

Olho do badejo, nosso novo seguidor

Nossas boas vindas ao "Olho do badejo" nosso mais novo seguidor. Muito obrigado por acessar a nossa página. Sinta-se em casa nesse espaço virtual que é de todos nós.

Admirável gado novo - A seca domina o sertão da Paraíba.


As chuvas caídas no sertão da Paraíba são pontuais e ainda não conseguiram acumular água nos reservatórios. A indústria dos carros-pipas cresce sob os olhos desesperançosos do nosso povo tão sofrido.
Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas...
 

Charge

Foto: Max Rossi/Reuters
 
Com a presença do Papa emérito, Bento XVI, o Papa Francisco realizou, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o primeiro consistório de seu pontificado na manhã do último sábdo (22.02).
 
A cerimônia, que começou às 11h (7h, no horário de Brasília), consistiu na nomeação dos novos 19 cardeais da Igreja Católica, entre eles, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, que recebeu o barrete e o anel cardinalícios das mãos de Francisco, já vestido com a nova batina.
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Todo povo tem o lixo que merece

Sinceramente, este é um registro fotográfico que não gostaria de ter feito nem tampoco postado nesta grande rede mundial o testemunho do descaso público. Ambas as fotos foram feitas por mim.
 
A primeira, defronte a minha residência, logo ali, às margesn da BR 427, há poucos metros de minha calçada. Desde sexta-feira(21.02) que a situação do lixo é a que registrei agora. Claro que tive que espantar a matilha da rua para poder me aproximar.
 
A segunda foto, foi feita nos fundos de minha residência. Precisamente há cinco metros de minha garagem. Ali, deitado em berço esplêndido dorme, quem sabe, a testemunha de muitos amores e desabores, o cadáver de um velho e surrado colchão que algum "cidadão" achou por bem colocar quase a minha porta.
 
Pois bem, rodeado pela sujeira, cuidei de contatar o caminhão do lixo para que promovesse o seu serviço mas recebi a informação de que, pelo tipo do veiculo coletor (caminhão prensador), não seria possível a realização de tal tarefa. Claro que não desisti. Continuei com o meu périplo em busca da prestação do serviço público, desta feita pelo veículo apropriado que parou a alguns metros do lixo e, para minha surpresa, igualmente fui informado que aquele veículo também não poderia realizar a remoção do velho e desgastado colchão.
 
De certo, continuarei no meio dessa imundice durante todo o final de semana ou mais. Aviso, portanto, aos amigos que tenham planos de me visitar que o façam logo, antes que nada mais aqui seja utilidade ou de me encontrarem afogado nesse mar de "entulhos".
 
Enfim, essa é a prestação do serviço público que temos. "Todo povo tem o lixo que merece"
 
 
Teófilo Júnior
(Sab - 22.02.14)

“Eu sou ‘o do poste’! Sabe com quem está falando?” Essa é a fala do “Dimenor”-celebridade ao ser detido, roubando de novo! Ou: Ensaios sobre a cegueira

A jornalista Rachel Sheherazade foi mandada para um poste moral por conta de um comentário que fez quando um menor que costuma praticar roubos foi atado por moradores a um poste com uma tranca de bicicleta. Já escrevi a respeito e deixei claro que não concordo com boa parte da abordagem que ela fez. Mas parte da sua observação era e é procedente. Quando afirmou ser “compreensível” que moradores tomem suas próprias medidas, não quis dizer que é desejável, que o caminho é esse. Fizeram, evidentemente, uma superinterpretação de sua fala porque a consideram ideologicamente incômoda.

Muito bem! O mesmo menor voltou a delinquir e voltou a apanhar. Vocês sabem a mania que tem esse povo cruel de não gostar de ser assaltado, né? Pô! As vítimas desses “dimenores” têm de entender que estão apenas dando a sua cota a uma política informal de distribuição de renda, poxa! Mais: existe luta de classes, como todos sabemos, e os assaltados integram o grupo dos bandidos; os assaltantes é que são os verdadeiros mocinhos. Como é que ninguém percebe isso?

Reproduzo, em vermelho, trecho da reportagem de Leslie Leitão, na VEJA.com. Volto em seguida: O jovem assaltou, com outros quatro rapazes, uma turista canadense na Avenida Atlântica. Em seguida, o bando tentou roubar os pertences de um turista inglês. Esta vítima, no entanto, reagiu, e correu atrás dos garotos. Um grupo de pessoas que presenciava a cena decidiu cercar os fugitivos, mas só conseguiu deter dois deles.

Começou, então, uma sequência de tapas. Sentindo-se acuado, o menor que ficou preso pela tranca no início do mês lançou mão da fama que angariou naquele episódio: “Eu sou o do poste! Parem de bater”, gritou.

E, de fato, as agressões cessaram. Os dois jovens foram mantidos no local até a chegada da Polícia Militar. E, novamente, na delegacia, o jovem do episódio do poste voltou a se identificar como tal, para se proteger de agressões: “Você sabe com quem está falando? Eu sou o menor da tranca”, disse, aos policiais.

Voltei
Se há dote que bandido de qualquer idade ou classe social tem é o de aprender com a experiência. É evidente que o “Dimenor” percebeu que virou uma celebridade. Tive informações de que, talvez, ele seja portador de um déficit intelectual importante — hipótese que tem de ser investigada e que deve, então, merecer a devida resposta do estado —, mas a agilidade com que ele apelou ao “sabe com quem está falando?” sugere o contrário. Não estou afirmando, mas fazendo uma conjectura.

A fala do rapaz ao ser preso, mais uma vez, evidencia como aquele episódio distorceu a verdade dos fatos. Apegaram-se mais ao simbolismo piegas do que à realidade. Sintetizo o espírito de certas intervenções:
“É a imagem de um país que cultivou a escravidão por mais de 300 anos!”
“Não fosse um negro, não fariam isso”.
“Eis mais uma prova de racismo”.
“É o povo brasileiro que está no tronco”.

Quanta bobagem!
Quanta vigarice!
Quanta conversa mole!

Até parece que brancos não são linchados todos os dias Brasil afora. O YouTube traz uma penca de horrores. Até parece que fazer justiça com as próprias mãos é algo assim tão raro num país em que há mais de 50 mil homicídios por ano — sem que se saiba, na esmagadora maioria das vezes, a autoria.

Amarrar bandidos em poste resolve alguma coisa? Não! Torna ainda pior o que é ruim, mas é evidente que não é possível criminalizar, por princípio, a sociedade que reage. É preciso coibir, sim, a justiça feita pelas próprias mãos, mas é preciso compreender, então, a natureza do fato.

O rapaz atado ao poste não era expressão de racismo, da crueldade com que são tratados os pobres, da perversidade das elites, nada disso! Até porque, atenção!, ESSES JUSTIÇAMENTOS SÃO FEITOS POR POBRES — a esmagadora maioria de pobres que decide trabalhar, que decide estudar, que decide ganhar a vida honestamente. Um país em que o rendimento médio do trabalhador é pouco superior a R$ 1.900 — você que me lê: tente morar com isso, pagar escola com isso, ir ao cinema com isso, comer com isso — é um país… pobre!




A reação àquele episódio lamentável foi para o lado errado! Os pruridos politicamente corretos vieram à flor da pele como urticária ditada pela boa consciência. E só.

Mesmo discordando de boa parte da fala de Sheherazade — que foi mandada para o poste —, a verdade insofismável é que ela estava mais no assunto do que boa parte dos textos lacrimejantes e hipócritas que se escreveram a respeito.
 
Por Reinaldo Azevedo

O neoescravagismo cubano

O governo federal não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos que recebem 10% do que ganham os demais estrangeiros

A Constituição Federal consagra, no artigo 7º, inciso XXX, entre os direitos dos trabalhadores: "XXX "" proibição de diferença de salários, de exercício de função e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil".
O governo federal oferece para todos os médicos estrangeiros "não cubanos" que aderiram ao programa Mais Médicos um pagamento mensal de R$ 10 mil. Em relação aos cubanos, todavia, os R$ 10 mil são pagos ao governo da ilha, que os contratou por meio de sociedade intitulada Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S/A. Pela cláusula 2.1 "j" desse contrato, receberia cada profissional no Brasil, apenas 400 dólares por mês, depositando-se em Cuba outros 600 dólares.

Em face da cláusula 2.1 "n", deve o profissional cubano guardar estrita confidencialidade "sobre informações não públicas que lhe sejam dadas". Pela cláusula 2.2 "e", deve abster-se de "prestar serviços e realizar outras atividades diferentes daquelas para que foi indicado", a não ser que autorizado pela "máxima direção da missão cubana no Brasil". Não poderá, por outro lado, "em nenhuma situação, receber, por prestação de serviços ou realização de alguma atividade, remuneração diferente da que está no contrato".

Há menção de vinculação do profissional cubano a um regulamento disciplinar (resolução nº 168) de trabalhadores cubanos no exterior, "cujo conhecimento" só o terá quando da "preparação prévia de sua saída para o exterior". Na letra 2.2 "j", lê-se que o casamento com um não cubano estará sujeito à legislação cubana, a não ser que haja "autorização prévia por escrito" da referida máxima direção cubana.

Pela letra 2.2 "q", só poderá receber visitas de amigos ou familiares no Brasil, mediante "comunicação prévia à Direção da Brigada Médica Cubana" aqui sediada. Pela letra "r", deverão manter "estrita confidencialidade" sobre qualquer informação que receba em Cuba ou no Brasil até "um ano depois do término" de suas atividades em nosso país.

Por fim, para não me alongar mais, pela cláusula 3.5, o profissional será punido se abandonar o trabalho, segundo "a legislação vigente na República de Cuba".

A leitura do contrato demonstra nitidamente que consagra a escravidão laboral, não admitida no Brasil. Fere os seguintes artigos da Constituição brasileira: 1º incisos III (dignidade da pessoa humana) e IV (valores sociais do trabalho); o inciso IV do art. 3º (eliminar qualquer tipo de discriminação); o art. 4º inciso II (prevalência de direitos humanos); o art. 5º inciso I (princípio da igualdade) e inciso III (submissão a tratamento degradante), inciso X (direito à privacidade e honra), inciso XIII (liberdade de exercício de qualquer trabalho), inciso XV (livre locomoção no território nacional), inciso XLI (punição de qualquer discriminação atentatório dos direitos e liberdades fundamentais), art. 7º inciso XXXIV (igualdade de direitos entre trabalhadores com vínculo laboral ou avulso) e muitos outros que não cabe aqui enunciar, à falta de espaço.

O governo federal, que diz defender os trabalhadores --o partido no poder tem esse título--, não poderia aceitar a escravidão dos médicos cubanos contratados, que recebem no Brasil 10% do que recebem os demais médicos estrangeiros!!!

Não se compreende como as autoridades brasileiras tenham concordado com tal iníquo regime de escravidão e de proibições, em que o Direito cubano vale --em matéria que nos é tão cara (dignidade humana)--, mais do que as leis brasileiras!

A fuga de uma médica cubana --e há outros que estão fazendo o mesmo-- desventrou uma realidade, ou seja, que o Mais Médicos esconde a mais dramática violação de direitos humanos de trabalhadores de que se tem notícia, praticada, infelizmente, em território nacional. Que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas necessárias para que esses médicos deixem de estar sujeitos a tal degradante tratamento.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 79, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra.
 
 
Fonte: Folha de São Paulo

Hora do recreio - Matando passarinho na aula de matemática


Na aula de Matemática, a professora pergunta:
- Havia três passarinhos no galho de uma árvore e você atira em um deles, quantos passarinhos ficam?
Joãozinho pensou e respondeu:
- Nenhum professora!
- Como nenhum, Joãozinho? Se tinha três e você matou um, logo ficaram dois.
- Não professora. É que com o barulho da arma, os outros dois voaram.
A professora pensou e disse:
- Taí, Joãozinho. Gostei da sua linha de raciocínio.
O Joãozinho não perdeu tempo e mandou:
- Professora, posso fazer uma pergunta, agora?
- Claro!
- Havia 3 mulheres tomando sorvete. A primeira estava mordendo o sorvete, a segunda o estava lambendo e a terceira o estava chupando. Qual das três era a casada?
A professora pensou, pensou e respondeu:
- A que estava chupando o sorvete.
- Não professora. A que tinha a aliança na mão esquerda! Mas gostei da sua linha de raciocínio...

Retiro de carnaval 2014

O berço e o terremoto

Os versos, em geral, são versos de embalar, como eu às vezes os tenho feito, não sei se por simples complacência… ou pura piedade.
Contudo, os verdadeiros versos não são para embalar – mas para abalar.
 
Mesmo a mais simples canção, quando a canta um Camela Lorca, desperta-te a alma para um mundo de espanto.
 
 
 
 Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 334

Um ano de caminhadas regulares faz seu cérebro ficar dois anos mais jovem

Caminhar em ritmo acelerado três vezes por semana faz o cérebro aumentar, segundo o estudo

Um estudo mostra que fazer três caminhadas de 40 minutos, em ritmo acelerado, durante a semana pode fazer o cérebro crescer e rejuvenescer.

Segundo o trabalho, que contou com a participação de 120 homens e mulheres de 55 a 80 anos, a caminhada é capaz de aumentar o tamanho do hipocampo, centro da memória no cérebro que é uma das primeiras regiões a serem afetadas pela doença de Alzheimer.

Normalmente, o cérebro encolhe com a idade. Mas exames realizados nos participantes após um ano de caminhadas mostraram que as principais regiões cerebrais - inclusive o hipocampo - haviam crescido até 2%.

Dois anos a menos

De acordo com os pesquisadores, esse crescimento equivale a voltar o ponteiro do relógio do cérebro em dois anos, uma mudança que eles consideram uma enorme melhora. Um outro grupo que havia sido convidado para fazer uma série simples de exercícios de alongamento ao longo do ano teve as mesmas regiões do cérebro encolhidas em 1,5%.

Os resultados foram apresentados na conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), nos Estados Unidos.

Ao Daily Mail, o líder da pesquisa afirmou que o exercício pode não ser uma pílula mágica contra a demência, mas parece ser uma das melhores maneiras de manter a mente afiada. "Você não precisa de atividade física altamente vigorosa para ver esses efeitos", acrescentou Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh.

Quanto antes, melhor

O pesquisador também observou que o cérebro permanece modificável após os 50 anos. Ainda que haja encolhimento e declínio na capacidade cognitiva, parece que isso não é tão inevitável quanto se pensava.

Segundo Erickson, aliar atividade física e exercícios mentais, como resolver quebra-cabeças, pode ser uma boa ideia para preservar o cérebro. Claro que quanto antes a pessoa incluir os hábitos na rotina, melhor. Mas ele salientou que nunca é tarde demais para começar.
 

Fonte: UOL