Tinha no olhar cetíneo, aveludado,
A chama cruel que arrasta os
corações,
Os seios rijos eram dois brasões
Onde fulgia o simb’lo do
Pecado.
Bela, divina, o porte emoldurado
No mármore sublime dos
contornos,
Os seios brancos, palpitantes, mornos,
Dançavam-lhe no colo
perfumado.
No entanto, esta mulher de grã beleza,
Moldada pela mão da
Natureza,
Tornou-se a pecadora vil. Do fado,
Do destino fatal, presa,
morria
Uma noute entre as vascas da agonia
Tendo no corpo o verme do
pecado!
Augusto dos Anjos
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