terça-feira, 20 de março de 2018

Jeito de ser

Foi há quatorze anos numa viagem a NY que decidi que não usaria mais calças jeans. Minha mulher e o casal com quem viajávamos se fartaram de comprar as autênticas Lee e Levi´s. Provavelmente manufaturadas na China. Por que dessa decisão? Porque completara nesse ano meus sessenta anos. Achei por bem a partir dessa idade não usar mais jeans. Não que velhos e idosos não as usem, ou não possam usa-las, nada disso, Só por uma questão de estilo. Não queria mais fazer o tipo da moda. Calças largas, calças justas, bocas de sino, cano apertado e curto, cintura alta, cintura baixa, e etc... Passei a usar calças de algodão bege, brancas ou pretas. Todas folgadas e confortáveis. Raramente andei a cavalo nesses quatorze anos. Nunca mais usei botas, na verdade nem sapato de couro tenho usado ultimamente. Uso uns tênis de couro. Confortáveis, não escorregam, e de pé, parecem sapatos. Na praia, onde moro, só ando de bermuda bege, camiseta branca de algodão e havaianas. Acho graça de quem usa as tais sandálias Crocs, ou as de couro como usavam o baiano Jorge Amado e o paraibano Suassuna. Mas cada um com seu estilo.

PS- Foi depois de ter escrito o texto acima que lembrei que tenho outra história com calças. E vou aqui fazer uma homenagem a minha amiga Guaracy Mirgalowska, leitora assídua destas crônicas, e a Lidya Chammes, que nunca mais vi, mas foram as responsáveis como sócias da Mirga Confecções pela criação da Bípede, loja só de calças, ao lado da Boutique Paraphernália que existe até hoje na Alameda Franca, quase esquina da Augusta, onde esta nascendo um grande empreendimento hoteleiro capitaneado pelo  famoso chef Alex Atala, para concorrer com o Hotel Fasano. Participei modestamente da empreitada da Bípede, enorme sucesso à época. Precisamos falar mais dessa efeméride que, por curiosidade procurei, não consta do Google.  
 
Eduardo P. Lunardelli

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