Foi há quatorze anos numa viagem a NY que decidi
que não usaria mais calças jeans. Minha mulher e o casal com quem viajávamos se
fartaram de comprar as autênticas Lee e Levi´s. Provavelmente
manufaturadas na China. Por que dessa decisão? Porque completara nesse ano meus
sessenta anos. Achei por bem a partir dessa idade não usar mais jeans. Não que
velhos e idosos não as usem, ou não possam usa-las, nada disso, Só por uma
questão de estilo. Não queria mais fazer o tipo da moda. Calças largas, calças justas,
bocas de sino, cano apertado e curto, cintura alta, cintura baixa, e etc...
Passei a usar calças de algodão bege, brancas ou pretas. Todas folgadas e
confortáveis. Raramente andei a cavalo nesses quatorze anos. Nunca mais usei
botas, na verdade nem sapato de couro tenho usado ultimamente. Uso uns tênis de
couro. Confortáveis, não escorregam, e de pé, parecem sapatos. Na praia, onde
moro, só ando de bermuda bege, camiseta branca de algodão e havaianas. Acho
graça de quem usa as tais sandálias Crocs, ou as de couro como usavam o baiano
Jorge Amado e o paraibano Suassuna. Mas cada um com seu estilo.
PS- Foi depois de ter escrito o texto acima que
lembrei que tenho outra história com calças. E vou aqui fazer uma homenagem a
minha amiga Guaracy Mirgalowska, leitora assídua destas crônicas, e a Lidya
Chammes, que nunca mais vi, mas foram as responsáveis como sócias da Mirga
Confecções pela criação da Bípede, loja só de calças, ao lado da Boutique
Paraphernália que existe até hoje na Alameda Franca, quase esquina da Augusta,
onde esta nascendo um grande empreendimento hoteleiro capitaneado pelo
famoso chef Alex Atala, para concorrer com o Hotel Fasano. Participei
modestamente da empreitada da Bípede, enorme sucesso à época. Precisamos falar
mais dessa efeméride que, por curiosidade procurei, não consta do Google.
Eduardo P. Lunardelli
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