Olhos para o alto, mãos firmes segurando a enxada inseparável, e a esperança renovada de um ano de bom inverno. Na crença do sertanejo, o dia de São José (19 de março) prenuncia como será o inverno no Semiárido nordestino. Se chover é sinal de que o ano vai ser bom para a agricultura.
A fé do homem do campo que move montanhas tem fundamento climático. Março é o mês de maior quantidade de chuvas no Sertão. Em 2014, o terceiro mês do ano é aguardado com expectativa. Depois de enfrentar três anos de estiagem severa, as previsões climáticas para a região são mais alentadoras. Especialistas apostam que esse ano ainda pode chover abaixo da média histórica, mas nada comparado aos índices de 2012 e 2013. A água precisa cair para reverter a situação crítica dos reservatórios e garantir a retomada da produção agropecuária.
O dia de São José é especial é um dia de ansiedade e esperança para milhares de agricultores nordestinos, que, prejudicados pela seca que afeta a região há mais de dois anos, esperam encontrar no céu uma promessa de prosperidade para suas plantações.
Conforme a tradição religiosa, é preciso chover neste Dia de São José, para que o ano seja bom em termos de chuva e a colheita satisfatória. A boa notícia para esses agricultores é que, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), a probabilidade de ocorrência de chuva no Estado é de 80%. A meteorologista da AESA Marlem Bandeira, explica que as experiências do homem simples do campo, tem fundamento científico, e tem relação com as condições climáticas e oceânicas que favorecem a ocorrência de chuvas nesse período no Nordeste do Brasil.
Em Campina Grande a exemplo de outros município da Paraíba choveu durante a madrugada e o dia amanheceu nublado, aumentando a esperança do agricultor. A crença no santo, considerado o padroeiro dos agricultores, é tão forte que muitos deles já começaram a preparar a terra, na expectativa de que, com as bênçãos de São José, esse ano a colheita seja melhor que nos anos anteriores. É o caso da agricultora Antônia Domingos, que tem 55 anos e trabalha com a terra desde criança.
Em uma pequena propriedade no município de Lagoa Seca, Antônia planta milho, feijão e batata. Há cerca de um mês ela já vem preparando a terra e plantando as sementes, na esperança de que nos próximos meses a chuva faça crescer a plantação.“De uns dias para cá está chovendo um pouquinho e eu já aproveitei para plantar, pois todo tempo é tempo. Mesmo assim, a tradição do Dia de São José é muito antiga e todo agricultor reza para que ele nos abençoe e mande chuva para que a plantação dê certo”, afirmou ela, que acredita em um bom volume de chuva entre abril e maio. Terra molhada, lavoura crescendo e perspectiva de boa colheita. Esta é a expectativa dos agricultores de Campina Grande. Com fé no santo querido, e olhar firme para os céus, eles esperam pela chuva neste dia de São José na esperança de uma boa colheita. “Se chover no dia de São José é um bom sinal”, diz o agricultor José da Silva, que tem uma propriedade de terra no assentamento Santa Cruz na zo narural da cidade.
Muitos agricultores que preparam a terra na perspectiva de plantar no dia 19 de março, ficaram esperando a chuva que não veio no dia de São José. “Eu já preparei a terra para plantar neste dia de São José tudo seco”, contou o agricultor João Flor do Nascimento, 83 anos morador do assentamento Santa Cruz.. João Flor deixou a terra preparada, mas só vai plantar após a chegada das primeiras chuvas. Ele mal espera as primeiras chuvas caírem para ocupar os mais de 2 hectares de terra com as “covas” de milho e feijão.
Se o inverno for bom, a perspectiva do agricultor é que a colheita aconteça entre os meses de julho e julho. Isso porque, entre o plantio até a colheita são 3 meses de espera. Com a inseparável enxada na mão, limpando a terra, João Flor garante que todos os agricultores do assentamento Santa Cruz, aguardam com muita expectativa a chuva neste dia 19 de março. O roçado do agricultor Severino João Nascimento também está preparado para receber a semente. “Só vamos colher em julho. Agora a perspectiva é de boa colheita já que tem esperança de chover muito. A terra vai ficar molhada”, revelou.
Acreditando que o ano seria bom de inverno, alguns agricultores esperam plantar após o dia de São José, mesmo com o clima seco. É o caso do agricultor conhecido no assentamento Santa Cruz como José Preto. Em muitos roçados existentes na zona rural de Campina Grande, o cenário é o mesmo. A terra ainda não estar molhada, mas a esperança é de uma boa colheita. Previsão - No Dia de São José, uma boa notícia. A Paraíba terá um inverno regular este ano, com chuvas até 20% acima da média histórica, no Litoral, Sertão, Brejo e Cariri, segundo previsão feita, ontem, pelo PhD em Meteorologia, Luiz Carlos Baldicero Molion, pesquisador do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
As previsões meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas espaciais (Inpe) e a Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa), apontam que as chuvas devem ficar dentro da média.
Severino Lopes
PBAgora
Em Campina Grande a exemplo de outros município da Paraíba choveu durante a madrugada e o dia amanheceu nublado, aumentando a esperança do agricultor. A crença no santo, considerado o padroeiro dos agricultores, é tão forte que muitos deles já começaram a preparar a terra, na expectativa de que, com as bênçãos de São José, esse ano a colheita seja melhor que nos anos anteriores. É o caso da agricultora Antônia Domingos, que tem 55 anos e trabalha com a terra desde criança.
Em uma pequena propriedade no município de Lagoa Seca, Antônia planta milho, feijão e batata. Há cerca de um mês ela já vem preparando a terra e plantando as sementes, na esperança de que nos próximos meses a chuva faça crescer a plantação.“De uns dias para cá está chovendo um pouquinho e eu já aproveitei para plantar, pois todo tempo é tempo. Mesmo assim, a tradição do Dia de São José é muito antiga e todo agricultor reza para que ele nos abençoe e mande chuva para que a plantação dê certo”, afirmou ela, que acredita em um bom volume de chuva entre abril e maio. Terra molhada, lavoura crescendo e perspectiva de boa colheita. Esta é a expectativa dos agricultores de Campina Grande. Com fé no santo querido, e olhar firme para os céus, eles esperam pela chuva neste dia de São José na esperança de uma boa colheita. “Se chover no dia de São José é um bom sinal”, diz o agricultor José da Silva, que tem uma propriedade de terra no assentamento Santa Cruz na zo narural da cidade.
Muitos agricultores que preparam a terra na perspectiva de plantar no dia 19 de março, ficaram esperando a chuva que não veio no dia de São José. “Eu já preparei a terra para plantar neste dia de São José tudo seco”, contou o agricultor João Flor do Nascimento, 83 anos morador do assentamento Santa Cruz.. João Flor deixou a terra preparada, mas só vai plantar após a chegada das primeiras chuvas. Ele mal espera as primeiras chuvas caírem para ocupar os mais de 2 hectares de terra com as “covas” de milho e feijão.
Se o inverno for bom, a perspectiva do agricultor é que a colheita aconteça entre os meses de julho e julho. Isso porque, entre o plantio até a colheita são 3 meses de espera. Com a inseparável enxada na mão, limpando a terra, João Flor garante que todos os agricultores do assentamento Santa Cruz, aguardam com muita expectativa a chuva neste dia 19 de março. O roçado do agricultor Severino João Nascimento também está preparado para receber a semente. “Só vamos colher em julho. Agora a perspectiva é de boa colheita já que tem esperança de chover muito. A terra vai ficar molhada”, revelou.
Acreditando que o ano seria bom de inverno, alguns agricultores esperam plantar após o dia de São José, mesmo com o clima seco. É o caso do agricultor conhecido no assentamento Santa Cruz como José Preto. Em muitos roçados existentes na zona rural de Campina Grande, o cenário é o mesmo. A terra ainda não estar molhada, mas a esperança é de uma boa colheita. Previsão - No Dia de São José, uma boa notícia. A Paraíba terá um inverno regular este ano, com chuvas até 20% acima da média histórica, no Litoral, Sertão, Brejo e Cariri, segundo previsão feita, ontem, pelo PhD em Meteorologia, Luiz Carlos Baldicero Molion, pesquisador do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
As previsões meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas espaciais (Inpe) e a Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa), apontam que as chuvas devem ficar dentro da média.
Severino Lopes
PBAgora
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