Um livro que vale a pena ler e ter para consulta. É o resultado de décadas de
pesquisas feitas por Matthew White sobre os crimes cometidos contra populações,
por guerras ou outras operações de perseguição contra grupos sociais.
Em mil páginas, ele apresenta 111 capítulos, um para cada guerra ou
perseguição. É um livro de História de Terror que nos deixa com uma sensação de
desconfiança contra nossa espécie, homo sapiens.
Ele começa na Pérsia e termina na última guerra civil no Congo. No total,
apresenta a morte de 315 milhões de pessoas em tempos de guerra, dos quais 266
milhões foram civis.
Em tempos de paz, os mortos foram 141 milhões, o que eleva para 466 milhões o
número total de seres humanos mortos por razões de insanidade coletiva ou por
ordem de algum dirigente político ou militar. Destes dirigentes, ele informa que
68% morreram tranquilamente, de causas naturais durante seus governos ou no
exílio. Os demais foram assassinados, julgados e mortos na prisão ou se
suicidaram.
Mesmo que na maior parte dos casos possamos localizar responsáveis, em muitos
momentos o terror foi apenas espontâneo pelas massas, como incentivado por
dirigentes e políticos eleitos com o apoio do povo.
Depois de ler o livro de Matthew fica a pergunta: será possível humanizar a
raça humana?
O Livro Negro da Humanidade, Matthew White, publicado
pela Editora Crítica de Barcelona.
Cristovam Buarque, senador pelo PDT do Distrito Federal
e ex-reitor da Universidade de Brasília, resenhará aqui, toda segunda-feira, um
livro publicado no exterior.
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