Homem que ainda diferencia mulher pra se divertir e mulher para casar é um meio homem. Faz tudo pela metade. Nem casa direito e muito menos se diverte.
Que me perdoem, pela fúria, esses meio machos. É que li agora no UOL, em ótima matéria da Simone Cunha sobre o tema.
Que tal o contrário, amigo, eis o recurso do método: se divertir com a que julga para casamento e casar com a que vês como ficante? Já experimentei. Funciona.
É isso ai. Caso com a mulher para se divertir; me divirto com a mulher para casar.
Bobagem, meu caro, onde enxergas a suposta virtude matrimonial, pode ter o maior rock´n´roll.
Que garantia queres, rapaz? É o medo atávico e ancestral do chifre?
Nessa hipótese do medinho de macho, não seria melhor casar com uma “vadia” (e tome aspas para o termo, colegas!), que já se divertiu muito na vida e teve muitos homens na cama?
Acompanhe meu raciocínio machista, amigo: esta mulher, teoricamente, teria menos curiosidade sobre outros vagabundos. Não acha? Muito melhor do que uma santa do pau oco.
Persistes no medo? Sei, temes que ela cante no teu ouvido aquela do Chico, “Olhos nos olhos”: quantos homens me amaram bem mais e melhor?
Ah, corta essa, meu velho, toda mulher é santa e puta. São as suas duas capacidades mais bonitas. Nem a ciência sabe onde começa uma e termina a outra. Misteriosamente elas mudam a voltagem, quando menos imaginamos.
Para tanto, porém, tem que ter merecimento. Não podes ser meio homem e ficar cheio de “ah eu tô confuso”, digo, “eu tô cafuso”, como satirizava o Didi Mocó das antigas.
Agora com licença que eu vou ali casar com uma mulher errada e volto já.
Xico Sá
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