A iniciativa, do Ministério da Justiça, do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, não poderia ser mais oportuna e adequada: um mutirão nacional, coordenado por um órgão especial, o Enasp (Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública), com gente trabalhando além do horário e levando trabalho para casa, visando retomar e terminar, até o fim do ano passado, 143 mil inquéritos – exclusivamente versando sobre homicídios ou tentativas de homicídio – abertos até o ano de 2007 pela Polícia Civil dos Estados e que estavam amontoados em delegacias e abandonados.
Esse trabalho meritório está dando com os burros n’água: dos 147 mil inquéritos, só foram examinados 28 mil, e, desses, 80% foram arquivados de vez devido à má apuração dos fatos.
De todo modo, 4.652 inquéritos foram concluídos como se deve e remetidos para o Ministério Público dos Estados oferecer denúncia.
Mas esse total é um magro, magérrimo percentual de apenas 3% dos 147 mil que o Enasp tinha como alvo.
O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, Jânio Bosco Tandra, atribuiu o fato à “falta de estrutura” para as investigações.
É claro!
Blog de Ricardo Setti
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