Há mais de um década atendendo em consultório, reflito constantemente por que há tantas mulheres insatisfeitas com a vida sexual.
A sexualidade é um processo, primeiramente e primordialmente, intrínseco. Ela é criada na mente e executada pelo nosso corpo. Lembrando que o maior órgão sexualidado e sensualizado que possuímos é a nossa pele. Assim, todo o corpo da mulher pode e deve ser explorado e sensualizado, ajudando assim na fase excitatória.
Sexualidade saudável e plena reporta-se a como você se sente e como você pensa, e não como você aparenta fisicamente. Aparência é superficial e passageira.
Homens abram os ouvidos e arregalem os olhos ao ler. O sexo, para a maioria das mulheres, tem muito a ver com o vínculo emocional. As preliminares bem feitas ( e demoradas) não são apenas importantes, são essenciais e fundamentais para que a relação seja satisfatória para elas! Aprenderam essa lição? Então, vou seguir nas minhas divagações...
Mas não vou me deter apenas a uma reeducação sexual masculina. Por isso, mulheres se perguntem: O que você precisa para sentir-se estimulada sexualmente? O que lhe faria sentir desejo? Qual frequência sexual seria suficiente para você? O que é orgasmo para você? Você tem necessidade de senti-lo sempre?
A instastisfação sexual é encarada diferente para homens e mulheres. Para a maioria dos homens, representaria uma forte crise conjugal e uma fonte de preocupação grave inclusive com a sua própria identidade da masculinidade. Para as mulheres, é encarada mais como uma frustração, porém não representando uma séria ameaça ao seu senso de identidade. Escuto assim em meu consultório: "Dra. conseguimos transar mesmo que eu não esteja excitada".
A natureza sexual feminina é um entrelaçamento sutil, porém real, da mente e do corpo. Atitudes e sentimentos ao mesmo tempo. E o órgão sexual fundamental das mulheres é o cérebro. É lá onde tudo se processa e se transformará em realidade comportamental durante um ato sexual. Sempre costumo brincar quando estou nos meios de comunicação respondendo a enquetes sobre sexualidade, e me perguntam: "Onde é o ponto G da mulher?" Sempre respondo: No ouvido!
Como disse a fantástica e sábia Simone de Beauvoir: "Não se nasce mulher: torna-se."
Dra. Karina Simões
Psicóloga Clínica Cognitivo Comportamental
*Pescado do blog da autora
http://psicokarinasimoes.blogspot.com/
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