Por maioria, o Plenário aprovou a abertura do Processo Administrativo
Disciplinar contra o magistrado do Rio - Gil Ferreira / Agência CNJ
Rio - Pedidos de encontro e até de fotos de biquíni de estagiária
levaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a decidir afastar e abrir
processo administrativo disciplinar contra o juiz Glicério de Angiólis
Silva. O magistrado é acusado de assédio sexual e moral nas comarcas de Miracema e Laje de Muriaé, interior do estado.
As denúncias foram feitas pelo Sindicato dos Servidores do Poder
Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Justiça), em 2016, mas
arquivada pelo Tribunal de Justiça. De acordo com o processo, o
juiz era alvo de dez acusações, entre elas, falta de urbanidade com
advogados e servidores, remoção irregular de servidores, além de assédio
sexual contra duas estagiárias.
Para a conselheira Iracema do Vale é preciso aprofundar as investigações.
Ela ressaltou que há divergências entre a forma como o TJRJ descreve a
conduta do juiz, baseado em determinados depoimentos que afastam a sua
irregularidade, e a forma descrita pelas Corregedorias do tribunal do
Rio e do CNJ. “Inadmissível que um magistrado, investido
regularmente de suas funções jurisdicionais, venha a portar-se de forma
censurável, ainda mais em seu local de trabalho. Espera-se moderação,
equilíbrio e sobriedade para a preservação da autoridade do cargo”, enfatizou.
Em um dos depoimentos, uma estagiária foi taxativa ao relatar "que,
em determinada ocasião, enquanto se discutia a divisão normal de
tarefas, o Magistrado, ao final pediu uma foto de biquíni (...), o que
foi recusado; (...)”.
Adriana Cruz - O dia
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