Diógenes de Sinope foi exilado de sua cidade natal e se mudou para
Atenas, onde teria se tornado um discípulo de Antístenes, antigo pupilo
de Sócrates. Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas,
fazendo da pobreza extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num
grande barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando
uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto.
Numa primeira análise, a saga de Diógenes pelas vielas de Atenas nos
remonta a necessidade contemporânea de continuarmos com a sua lanterna
nas mãos a procura de alguma saída para uma sociedade que parece
perdida, as escuras, mergulhada na desesperança e no desassossego ético e
moral que assola a todos nós.
A priori, a corrupção incrustada entre os Poderes nasce da individualidade de cada um de nós. O pensar coletivo do homem vem se perdendo frente a marcante expiação de suas necessidades mediatas, o que sugere que o importante é a satisfação egocêntrica de cada umbigo.
Ademais, a produção política do nosso país não retrata apenas o erro simples de nossas escolhas, não, ela é mais grave, traduz um cenário mais profundo e opaco onde a formação aducacional e familiar, ao que denota-se, não tem conseguido fazer frente a uma "cultura" do imobilismo e da partidarização da figura do "eu".
A formação política de um povo é forjada em sua formação familiar, no papel exercido pelos pais, na posição dos filhos, na distribuição e cobrança das responsabilidades e nos gestos de comunhão e partilha. Precisamos ser mais pais e menos amigos irresponsáveis de nossos filhos. Talvez assim possamos ser mais luzes e não nos importemos tanto de onde deva, verdadeiramente, estar Diógenes!
Teófilo Júnior
A priori, a corrupção incrustada entre os Poderes nasce da individualidade de cada um de nós. O pensar coletivo do homem vem se perdendo frente a marcante expiação de suas necessidades mediatas, o que sugere que o importante é a satisfação egocêntrica de cada umbigo.
Ademais, a produção política do nosso país não retrata apenas o erro simples de nossas escolhas, não, ela é mais grave, traduz um cenário mais profundo e opaco onde a formação aducacional e familiar, ao que denota-se, não tem conseguido fazer frente a uma "cultura" do imobilismo e da partidarização da figura do "eu".
A formação política de um povo é forjada em sua formação familiar, no papel exercido pelos pais, na posição dos filhos, na distribuição e cobrança das responsabilidades e nos gestos de comunhão e partilha. Precisamos ser mais pais e menos amigos irresponsáveis de nossos filhos. Talvez assim possamos ser mais luzes e não nos importemos tanto de onde deva, verdadeiramente, estar Diógenes!
Teófilo Júnior
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