O tempo é indivisível. Dize,
Qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas e fica a árvore,
Contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível. Mesmo
A que se julga mais dispersa
E pertence a um eterno diálogo
A mais inconsequente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre...
Todas as horas são horas extremas!
(QUINTANA, Mário. Pequeno poema didático. In: - . Nova antologia poética. São Paulo: Globo, 12. ed., 2007, p. 78, "Coleção Mário Quintana".)
*Enviado por e-mail pelo amigo Adauto Neto
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