Banco Central quer usar cédulas que viram lixo para fazer adubo e tijolos
Gabriela Valente, O Globo
Quem nunca sonhou com uma árvore de dinheiro? Alguns pesquisadores brasileiros sonharam. E foram até a fábrica atrás de matéria-prima. Pediram ao Banco Central (BC) restos de notas velhas, tiradas de circulação, para misturar com terra ou com restos de comida para fazer adubo.
É claro que a pretensão não é colher cédulas ou moedinhas, mas descobrir técnicas que podem mudar o rumo da reciclagem de papel moeda em todo o planeta. E transformar dinheiro em fertilizantes, tijolos e até móveis — e ainda lucrar com isso.
Enquanto a maioria dos países incinera toneladas de notas antigas por dia, empresários e professores de universidades no Brasil buscam um destino nobre ao papel que não tem mais valor. Para o BC, é uma saída para evitar que R$ 30 bilhões acabem em aterros sanitários todos os anos.
Isso é o quanto "valem" notas danificadas que são retiradas anualmente de circulação, o equivalente ao pacote de investimentos em mobilidade urbana (transporte de massa) anunciado pelo governo no mês passado.
A iniciativa de um "BC verde" poderá servir de exemplo ao mundo daqui a oito meses na conferência Rio+20, que reunirá líderes das principais economias globais para discutir como frear a destruição do planeta.
Um comentário:
"Dinheiro nas paredes"...
"dinheiro-adubo";
"bilhões de notas";
e quantas famílias vencidas ainda têm que viverem desamparadas, por
ter que inventar reciclagem de vida e miséria?...
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