“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”. ( John Dewey)
De fato, os ares do novo século não conseguiram trazer consigo um rumo ou um porto seguro onde aportar as questões mais iminentes e cruciais que circundam toda a problemática da educação no Brasil.
Além de todas as nuances insertas em sua missiva, uma outra pulula com tamanha gravidade: a educação brasileira carece de uma identidade própria, capaz de ser suficiente para formar pessoas na mais ampla concepção da palavra. O que vemos é um sistema indeciso e mediatista, voltado para resultados e pontuações quantitativas, e o que é pior, alheio à necessidade de realizar profundas mudanças a médio e curto prazo. Um sistema que não consegue equacionar, promover e consolidar a situação de seus próprios agentes de ensino, não pode ter respeito com o passado nem compromisso com o futuro. Qualquer medida séria de incremento em qualquer sistema educacional no mundo passa, obrigatoriamente, pela preparação e consolidação desses heróis professores.
Entrementes, o quadro educacional brasileiro é tão grave que seus tímidos resultados não são visíveis apenas entre os educandos, eles se exteriorizam sobremaneira nos educadores, desestimulados ante um quadro de astenia que parece não ter fim.
Mas, precisamos não perder as esperanças, adormecer os sonhos.
Quiçá estejamos próximos de uma revolução percuciente, sem armas, suficiente para colocar a educação desse país verdadeiramente dentro da sala de aula, alcançando a todos.
Teófilo Júnior
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