- Téta, que roupa linda! De onde é?
- Ah, é uma coprodução Pernambuco/Estados Unidos. Feita com material de lixo hospitalar!
Esse diálogo é fictício, mas bem que poderia ter sido verdadeiro.
Isso porque um Zé Mané da estrela, empresário do ramo de confecção do maior pólo têxtil do Estado, achou que iria ser bacana comprar lixo hospitalar dos americanos e transformar os lençóis e batas médicas (sujos de sangue) em forros para bolsos!
Veja bem, que ideia de jerico. #bandido
E não pense você, cidadão de Brasília, São Paulo ou Curitiba que só nós, nordestinos, estamos sujeitos às peripécias mal intencionadas do desonesto empresário (que atende pelo nome de Altair Teixeira).
Se você tem uma calça jeans, coisa bem provável, existe uma possibilidade grande do seu bolso ter sido feito com o resto de algum lençol de um enfermo terminal gringo.
É, caros, Seu Altair também vendia seu produto para outros Estados!
Num é mole não.
Dudu (leia-se, o Governador deste digníssimo Estado), está virado na moléstia (como se diz no interior, quando o cabra tá revoltado). E não é pra menos!
Um empresário só foi capaz de derrubar 60% das vendas de um dos negócios mais lucrativos e estáveis da região.
É sacanagem, pô.
Santa Cruz do Capibaribe, cidade a 180 km do Recife, onde fica a tratante empresa Império dos Forros, tem empresas sérias e pessoas honestas. Aí, chega esse larápio e mancha (de sangue hospitalar) a reputação de uma cidade inteira! De um Estado inteiro.
E Dona Maria, que tem uma maquininha de costura na sua garagem e vende pijamas na feira de Caruaru e de Santa Cruz, para sustentar honestamente seus 4 filhos, como fica nessa história toda? Ela nem sabe onde fica os Estados Unidos e está sem entender porque ninguém mais quer comprar seus pijamas.
Sim, este é um clássico exemplo de quando uma maçã podre estraga todo o cesto de maçãs.
E Obama? E a consulesa dos EUA no Nordeste que disse que, pelas leis americanas, é permitido exportar lixo?
Manda exportar lá pra casa da mãe dela. Aqui não, minha filha...
É muita falta de absurdo!
Por mim, era prisão perpétua pra Seu Altair e para os americanos “espertos” que, com essa maracutaia, atrasam o crescimento e desenvolvimento de uma região que luta, com todas as forças, para superar as dificuldades do Agreste castigado pelo sol e pela seca.
Dudu (Eduardo Campos), colega, antes de prender esse cabra, dá uns cascudos nele por mim, beleza?
Téta Barbosa
Jornalista e publicitária
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