quarta-feira, 17 de junho de 2009

Minc compara maconha ao cigarro e defende legalização


Ministro foi chamado na Câmara para explicar participação em marcha pró-droga

Minc classificou de "pífios" os resultados de políticas antidrogas pelo mundo e propôs investimentos no tratamento de dependentes.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) comparou ontem o efeito da maconha ao do cigarro e do álcool ao defender a legalização da droga em audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara.

"O álcool faz 25 vezes mais vítimas do que as drogas ilegais somadas. Se o que faz mal deve ser ilegal, a comissão deveria propor que álcool e cigarro fossem declarados ilegais", argumentou o ministro, que se apresentou aos deputados como "estudioso" do tema.

Minc foi convocado a explicar na Câmara sua participação na Marcha da Maconha, manifestação que reuniu cerca de 2.000 pessoas no Rio de Janeiro, em maio. Para Laerte Bessa (PMDB-DF), o ministro fez apologia do crime na ocasião.

"Seria apologia o estímulo do consumo da droga ou a defesa do descumprimento da lei. Eu participei de uma manifestação autorizada pela Justiça", disse várias vezes Minc durante mais de três horas de audiência, que lotou a sala da comissão.

O crime de uso da maconha deixou de ser punido com pena de prisão em 2006.


Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Marta Salomon

Um comentário:

Unknown disse...

Essa é uma questão muito complexa; pois sabemos que o cigarro é uma droga terrível, porém é exposta a venda e o governo de forma bem tardia chegou a conclusão que não compensa os altos impostos arrecadados em comparação com os bilhões de reais que são gastos para combater os efeitos da mesma,(saúde) isso sem falar nas mortes e nos dramas familiares. acho que o melhor é fazer uma campanha maciça em cima da juventude para que pelo menos as futuras gerações não acabem presas ao vício. legalizar é muito perigoso; se a coisa já está feia, pode ficar ainda pior.