A história de Chapeuzinho Vermelho a que nos habituamos, não é a versão de Charles Perrault. A lenda da menina que se depara com o lobo na floresta, e que circulava oralmente por toda a Europa havia muitos e muitos anos, recebeu de Perrault não só tratamento literário, como um fundo moral acentuado: em quem e como confiamos, é o que determinará as conseqüências que sofreremos.
Gustave Doré, o grande ilustrador francês do século XIX, autor de algumas das mais famosas gravuras de todos os tempos, como as que fez para a “Divina Comédia”, de Dante Alighieri, captou perfeitamente bem o espírito da trágica história de Chapeuzinho Vermelho na versão de Perrault. O olhar curioso e meio assustado da menina, o lobo mal disfarçado de avó, os contrastes e matizes que consegue, a dramatização rebuscada, fazem dessa lâmina um dos mais característicos exemplos do talento de Doré.
O lobo é um predador natural na floresta e é mais natural aqui do que bruxas ou ogres. É quase sempre uma metáfora para o homem sexualmente predador. A maioria das versões posteriores procura omitir a conotação sexual do convite do lobo disfarçado de avó: “Venha deitar-se ao meu lado”. Mas como nos mostra Doré, Charles Perrault conta a história de modo realista, confirmando seu conselho de que não se deve falar com estranhos.
Não aparece caçador algum, e o lobo acaba por devorar a menina.
Ilustração de Gustave Doré (1832-1883) para o livro “Contes de Perrault”, edições Stahl-Hetzel, 1862
Fontes: http://en.wikipedia.org/wiki/
http://lescontesdefées.free.fr
www.pitt.edu/~dash/perrault.html
http://www.surlalunefairytales.com/
Gustave Doré, o grande ilustrador francês do século XIX, autor de algumas das mais famosas gravuras de todos os tempos, como as que fez para a “Divina Comédia”, de Dante Alighieri, captou perfeitamente bem o espírito da trágica história de Chapeuzinho Vermelho na versão de Perrault. O olhar curioso e meio assustado da menina, o lobo mal disfarçado de avó, os contrastes e matizes que consegue, a dramatização rebuscada, fazem dessa lâmina um dos mais característicos exemplos do talento de Doré.
O lobo é um predador natural na floresta e é mais natural aqui do que bruxas ou ogres. É quase sempre uma metáfora para o homem sexualmente predador. A maioria das versões posteriores procura omitir a conotação sexual do convite do lobo disfarçado de avó: “Venha deitar-se ao meu lado”. Mas como nos mostra Doré, Charles Perrault conta a história de modo realista, confirmando seu conselho de que não se deve falar com estranhos.
Não aparece caçador algum, e o lobo acaba por devorar a menina.
Ilustração de Gustave Doré (1832-1883) para o livro “Contes de Perrault”, edições Stahl-Hetzel, 1862
Fontes: http://en.wikipedia.org/wiki/
http://lescontesdefées.free.fr
www.pitt.edu/~dash/perrault.html
http://www.surlalunefairytales.com/
3 comentários:
Eu sou o lobo mau, lobo mau, lobo mau, eu pego as criancinhas pra fazer mingau. (veja só que absurdo ! eram músicas com letras assim que embalavam o nosso sono quando éramos crianças; e outras do tipo: atirei o pau no gato tô, mas o gato tô, não morreu,reu,reu (e depois perguntam porquê a nossa sociedade é tão violenta. MEU DEUS !!)
teófilo; esse comentário é meu; Dagvan, acho que tem alguma coisa errada no meu computador que tá saindo o nome de outra pessoa, talvez seja um virus, não sei.
eu não sei quem é esse tal de george.
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