Por esse nome se entende um dos símbolos nacionais,
sua bandeira. A nossa foi oficialmente criada em 19 de novembro de 1889,
substituindo a bandeira do Império do Brasil.
O conceito foi criado por Raimundo Teixeira Mendes,
com a colaboração de Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Villares. É um dos
símbolos nacionais brasileiros, ao lado do Laço Nacional, do Selo Nacional, do
Brasão de Armas e do Hino Nacional.
O campo verde e o losango dourado da bandeira imperial
anterior foram preservados – o verde representava a Casa de Bragança de Pedro
I, o primeiro imperador do Brasil, enquanto o ouro representava a Casa de
Habsburgo de sua esposa, a imperatriz Maria Leopoldina. O círculo azul com 27 estrelas brancas de cinco
pontas substituiu o brasão de armas do Império. As estrelas, cuja posição na bandeira
refletem o céu visto no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1889, representam
as unidades federativas - cada estrela representa um estado específico, além do
Distrito Federal.
As palavras "Ordem e Progresso" são inspiradas no lema do positivismo de Auguste Comte: "L'amour pour principe et
l'ordre pour base; le progrès pour but"
("O amor como princípio e a ordem como base; o progresso como meta").
Outro dias li nos jornais que há quem queira
colocar o "amor" na frase da bandeira. Mais uma bobagem.
O
objetivo desta minha arenga sobre a bandeira é para assinalar como os costumes
e hábitos mudam em tão pouco tempo. Já foi os dias em que a bandeira era coisa
sagrada, reverenciada com posturas solenes. Era crime, e acredito que continua
sendo, qualquer desrespeito à aquele pedaço de pano que representa o país.
Queimar ou ultrajar era pecado mortal. E nós brasileiros mais temíamos esse
pavilhão, do que o amávamos. Ao contrário dos Estados Unidos onde cada cidadão
demonstra seu amor pelo país portando uma bandeira, ou ostentando-a nas sacadas
de suas casas ou janelas de seus veículos. Campanhas aqui foram feitas, e
apesar das leis restritivas, o povo vem abraçando a bandeira de forma mais
descontraída. Já não se vê polícia prendendo, ou alguém se ofendendo com moças
de lindos corpos bronzeados usando a bandeira como canga para esconder um fio
dental mínimo. Rapazes que jogam vôlei nas praias cariocas já andam com a
bandeira brasileira nos ombros como se fosse um xale. Nada disso mais é
"crime" lesa pátria, muito pelo contrário, demonstra amor de fato. Não
é preciso escrever na bandeira.
Eduardo P. Lunardelli
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