A
lista de admiradores de Gabriel García Márquez ao redor do mundo é
imensa e passa por nomes como Luis Fernando Verissimo, Isabel Allende,
Gilberto Gil e até Barack Obama. Seu prestígio e importância são
inquestionáveis, mas você já parou para pensar quem são os ídolos desse
grande escritor?
Listamos 5 dos autores por quem Gabo nutria grande respeito e adoração:
1. William Faulkner
Nobel de Literatura de
1949, Faulkner foi entusiasta da técnica do Fluxo de Consciência,
presente em muitas das obras de Gabriel García Márquez. Luz em agosto (1932) foi uma das obras de Faulkner que marcou a trajetória do colombiano: “(...) comecei a fumar, à minha maneira de então, acendendo um na beata do outro, enquanto relia Luz em agosto, de William Faulkner, que era então o mais fiel dos meus demônios tutelares.”. Em sua autobiografia, Gabo deixa clara sua obsessão pelo trabalho do escritor norte-americano, fundamental para sua formação.
2. Ernest Hemingway
Autor de obras como Morte à tarde (1932), As verdes colinas da África (1935), Por quem os sinos dobram (1940) e O velho e o mar
(1952), Hemingway foi Nobel de Literatura em 1954. O americano foi
modelo de técnica e disciplina na escrita para García Márquez. Ele mesmo
explica que “Faulkner é um escritor que teve grande influência
em meu espírito, mas é Hemingway a quem mais devo em termos de estilo –
não só por seus livros mas por seu assombroso conhecimento do domínio
artesanal que se requer no exercício da escrita.”. Segundo Gabo, Hemingway o ensinou lições como, por exemplo, “quando escrever se torna difícil vale a pena reler as próprias obras para recordar que sempre foi árduo escrevê-las.”.
3. James Joyce
Irlandês, James Joyce
foi um escritor complexo cuja profundidade trouxe importantes renovações
na literatura universal. O início da carreira de García Márquez foi
marcado por comentários sobre os traços joyceanos presentes em seus
contos. O romance Ulisses (1922), obra que narra 19 horas de um
dia na vida de Leopold Bloom, foi marcante na história de Gabo. Sobre
ela, o escritor declara: “li aos bocados e aos tropeços até que a
paciência não me chegou para mais. Foi uma temeridade prematura. Anos
mais tarde, já adulto domesticado, entreguei-me à tarefa de relê-lo a
sério e não só foi a descoberta do mundo próprio de que nunca suspeitei
dentro de mim, como também uma ajuda técnica inapreciável para a
liberdade da linguagem, o manejo do tempo e as estruturas dos meus
livros.”.
4. Virginia Woolf
A britânica Adeline Virginia Woolf escreveu obras hoje consideradas clássicos do romance moderno. To the lighthouse (1927) foi considerada pela crítica sua obra-prima, embora Orlando
(1928), obra que leva no título o nome da protagonista, é tida como sua
principal personagem literária. Em Woolf, Gabriel encontrou inspiração
na técnica do monólogo interior que, segundo ele, ela manipulava como
ninguém. Sobre a prática, muito utilizada por James Joyce, ele explica
que “mais tarde, a descobri também em Virgínia Woolf, e de fato gosto mais como ela manipula a narrativa que o próprio Joyce.”. Essa referência foi predominante no primeiro romance de García Márquez, A revoada, de 1955.
O 5º nome é também a autora do livro de dezembro do clube.
O próximo livro
surpresa do clube é de autoria de uma das escritoras favoritas de García
Márquez. A autora, ainda pouco conhecida no Brasil, é uma catalã que
percorreu diversos gêneros, como o conto, o teatro, a poesia e o romance
- esse último considerado seu maior êxito literário. “Poucas
pessoas sabem, fora da Catalunha, quem foi essa mulher invisível que
escrevia em um catalão esplêndido uns romances lindos e consistentes
como não se encontram muitos nas letras atuais [...]. Seus livros
permitem vislumbrar uma sensibilidade quase excessiva e um amor pela sua
gente e pela vida de sua vizinhança que talvez seja o que dá um alcance
universal a seus romances”.
Fonte e créditos aqui
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