Tarantino é
daqueles grandes diretores que fazem filmes para se amar ou odiar. Não
se fica indiferente diante de suas obras. Gosta de verborragia e a usa
com grande humor e graça. Gosta de tiro e sangue. Não é fácil, para um
diretor do seu calibre (por falar em armas), deixar de comparar um
filme com outro. Inegável que todos tem seu DNA. No "Os oito odiados
"que assisti ontem, acabei só nos dois terços finais do filme. Minha
mulher saiu da sala, assim como sete outras pessoas que ''odiaram" o
filme. É longo (167 minutos). As ações se passam numa diligência no meio
de uma tela enorme repleta de neve, e numa estalagem de madeira. As
tomadas internas parece peça de teatro. Muitos diálogos, bom trabalho de
atores, e muito tiro e mais sangue. Tarantino faz uma crítica severa
aos costumes norte americanos. Fala de intolerância racial, e consegue
numa trama engenhosa e surpreendente fazer dos oito odiados nenhum
herói. Um filme só de bandidos.
Eduardo P. Lunardelli
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