sábado, 3 de outubro de 2009

Pombal em direção a produção orgânica


A produção de produtos orgânicos sem sombra de dúvidas é o grande mote da nossa era. Alimentos mais saudáveis, sem agrotóxicos, vem impulsionando o consumo cada vez mais desse especificidade alimentar no mundo inteiro.

Como se sabe, embora a nossa cidade de Pombal tenha a "dádiva" de ter um rio perene, diariamente escorrendo suas águas por nossas terras, 95% das hortaliças e frutas que consumimos importamos da cidade de Campina Grande-PB.

A cultura agrícola de nossa terra vem sendo ao longo dos anos direcionada a plantão de arroz, feijão e, acreditem, capim. Com uma das maiores bacias leiteiras da Paraíba, a nossa cidade "precisa" ocupar as nossas terras com o alimento dos bovinos, embora não se produza na mesma escala os alimentos para o homem. Ocorre que essa tradição agricola, passada e incentivada de pai para filho, até o presente, não potencializou significativamente a nossa economia rural nem trouxe grandes respostas financeiras ao nosso município, exemplo disso é que aqui não contamos com nenhuma instalação de indústria de lacticínios ou derivados do leite. A produção de queijos continua sendo feita de forma artesanal e polarizada entre dois tipos de queijo: o de manteiga e o de coalho.

Mudar essa situação? difícil a curto prazo. Parece que essa característica de nossa economia rural, voltada unicamente a produção do leite e da agricultura de subsistência está incrustada não apenas na ausência do domínio e implantação de novos conhecimentos tecnológicos para uma melhor adequação de seus recursos naturais e aponta para um norte de uma necessária e lenta transformação. Em outras palavras: é preciso interferir no traço cultural de nossos produtores rurais, do grande ao pequeno.

Mas nem tudo é desânimo e algumas referências já começam a nortear o rumo da produção de hortaliças, frutas e legumes em Pombal, em especial, na comunidade de Várzea Comprida onde já é produzido produtos "ecologicamente corretos". Aqui, chamo atenção para o fato de que não devemos ainda confundir esses produtos como sendo genuinamente "orgânicos", mas não resta dúvida de que essa meta precisa e é legítima de ser almejada em um futuro próximo com o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Vigilância Sanitária.

A foto acima ilustra a produção real de um desses produtos (tomates) "ecologicamente corretos" dispostos em nossa feira livre de Pombal ao alcance dos consumidores, com destaque para o selo ecológico confeccionado pelos próprios produtores rurais de Várzea Comprida.
Já é um bom começo e exemplo a ser aperfeiçoado.

2 comentários:

Unknown disse...

Esses produtos poderão atingir em especial uma fatia significativa do mercado que quer ter uma alimentação mais saudável) p.s.Todos querem/ porém que garantias podemos ter que tais tomates de fatos são produzidos sem agrotóxicos ? fica difícil; porém dá para acreditar bastando verificar a rigidez e a aparência do produto; pois infelismente com a tendencia de crescimento deste setor, vai aparecer muito produtor embalando tomate só para vender o mesmo a um preço melhor; mesmo contendo em seu plantio e desenvolvimento a adição de defensivos agrícolas. Parece que o negócio é rezar e acreditar; sem deixar de escolher e analisar cada produto.

Jairo Alves disse...

Acrescento em cima do que o nosso amigo Dagvan ressaltou, em relação ao fato de outros comerciantes, provavelmente, vendo a produção dar melhor aceitação, renda e desempenho,alguns podem sim, camuflar essa embalagem, e, sim, abastecer a lavoura de agrotóxicos, para obterem maiores lucros, frente o novo avanço, que está perfeitamente correto.
Tanto vai erriquecer a nossa saúde, quanto vamos ter um comércio bastante lucrativo e com esperânças futuras, na agrícultura de subsistência garantida! E, para que isso não venha ocorrer, ainda porque estamos dando os primeiros passos rumo aos produtos de qualidade em nossa terra, seria necessário a presença do Ministério e da Vigilância Sanitária. Assim garantimos em nossas casas, alimentos verdadeiramente puros e saudáveis.