quarta-feira, 7 de março de 2012

Um relacionamento fala sério

Não custa nada fazer o alerta de novo.

Você amigo, você fofolete, acaba o casamento, o romance, a novela, o caso, o rolo, mas continuam acompanhando a vida do(a) ex no Orkut, no Facebook, no twitter, nas redes sociais mais intimistas.

Um desastre.

À guisa de alerta, a canção das antigas: “Risque meu nome do seu caderno/ Pois não suporto o inferno/Do nosso amor fracassado”.

Risque o meu nome do seu Facebook…

Podendo evitar, meu caro, minha princesa, evitem. Salte fora, meu rapaz, corra, Lola, corra.

Aproveitem que os laços foram cortados no plano real e passem a régua também nas espumas da virtualidade.

O mais é sofrimento à toa, reacender a fogueira do ciúme, masoquismo, perversão, sacanagem. Um risco que não vale mesmo a pena.

Qualquer recado ou post, mesmo os mais inocentes ou sem propósito, viram um inferno na terra. Para completar, tem sempre alguém mais sacana ainda e entra no jogo, dando linha na pipa da maldade.

Prefira não, amigo, caia fora mesmo, Lola.

Não adianta nem tentar dizer que não liga, que é apenas virtual, que leva na buena, que acabou tudo bem e que é civilizadíssimo. Melhor evitar aperreios no juízo.

Você já prestou atenção, meu jovem, na fartura de tragédias amorosas que tiveram como espoleta da discórdia um simples comentário na Internet, uma foto sensual no Orkut, uma alteração no status do relacionamento?

E tem outra: precisa ser muito tranqüilo para não ficar fuçando a vida do(a) entidade chamada ex. Quem resiste ai levante o dedo.

Melhor evitar o brinquedo assassino chamado ciúme, esse satanás de chifre.

Sim, tem que ser forte para cair fora, para bloqueá-lo(a), para dar um tempo inclusive na amizade forçada –não há civilização no fim do amor, a barbárie e a selvageria sempre prevalecem.

Não basta o sofrimento mais do que real da ressaca amorosa? Basta.

Ninguém segura essa onda. Claro que só uma minoria maluca chega à violência, ao inconcebível.

A maioria, mesmo silenciosa, sofre horrores, se acaba, o velho pote até aqui de mágoa, como diria o xará Buarque, faça não, caia fora, faz bem para manter a sanidade.

Risque o meu nome do seu Facebook, não me siga no twitter, eu não sou novela.

Mude o status amoroso, faça troça do brinquedo: estou em um relacionamento “fala sério”…

Xico Sá

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