Com atraso de alguns anos, finalmente concluí a leitura do livro "Memória de minhas putas tristes", de Gabriel García Márquez. Muito bom. Como tudo que já escreveu o velho "Gabo".
Alguns leitores chegam a comparar o livro a "Cem anos de solidão" face a duração do "estar só", da solidão e do isolamento tão presentes no enredo.
Em Memória de minhas putas tristes Gabriel García Márquez traz em sua narrativa o nonagésimo aniversário de um velho jornalista que, de repente, resolve lhe dar de presente uma noite de amor com uma virgem.
O solitário jornalista passa a vida nos prostíbulos, contudo nunca teve um amor de verdade. Tinha medo de amar. Resolve ligar para Rosa, uma velha conhecida, dona de uma casa, que lhe arranja Delgadina, uma jovem com corpo de menina. O jornalista se prepara com seu terno de linho e encontra Delgadina dormindo de costas na cama. A partir daí, começa a deslumbrar o corpo da menina, sente seu o corpo arder, mas não a acorda, prefere assim. Nos próximos encontros, Delgadina continua dormindo, mas parece que há um diálogo mental entre os dois, e o velho se apaixona como nunca antes. O texto se enche de humanidade, o homem percebe que continua potente, porém quer simplesmente um amor, uma companhia. Descobre que nunca é tarde para amar, para ser amado e começar uma vida que nunca havia vivido. Uma vida mais completa, sem a monotonia de só escrever sua coluna dominical, ou seja, uma vida que tem razão.
Ficha Técnica: Ano de lançamento: 2005. Editora Record. N° de páginas: 132
Um ótimo livro.
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