Sempre fui um bom escutador de histórias. Cresci ouvindo os meus avós debulharem inúmeras aventuras reais e outras apenas penduradas na imaginação deles, e depois, cuidadosamente guardada na minha.
Sinto falta dessas histórias hoje. De alguma forma elas construíram o meu enredo do futuro.
Mas a arte antiga e delicada de contar histórias, aos poucos, vai se perdendo em meio aos desenhos animados e aos filmes infantis a disposição em nossas salas.
A TV substituiu os velhos contadores de histórias, sepultou aquela sutil habilidade que tanto dava asas a minha imaginação.
Debalde sobre teias a tradição oral, aquele traço que se transmite de geração em geração. Está em perigo a memória, a permanência dos sonhos, as lendas, os mitos, e em extinção aqueles adoráveis mentirosos de outrora.
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