Cabul, 12 jan (EFE).- Com casos como o da pequena Sabira, de apenas 7 anos e cujo pai tentou vender para pagar dívidas, os defensores dos direitos humanos denunciam a terrível realidade de muitas crianças afegãs, vendidas para garantir a sobrevivência do resto da família.
"Não quero que me vendam, quero ficar com minha família", conta Sabira em Cabul e que se livrou de seu destino porque seu pai não encontrou comprador.
Em algumas regiões do Afeganistão a pobreza e as dívidas levam famílias em situação de desespero a colocarem à venda algum de seus filhos para que os outros sigam em frente.
Os pais, incapazes de enfrentar uma intensa seca, decidem casar suas filhas pequenas ou vendê-las por irrisórias somas de dinheiro, como aconteceu recentemente na região de Sari-i-Pul (norte) com uma menina de oito anos.
"Colocar crianças à venda ou as casar à força são fenômenos em alta no Afeganistão", denunciou à Agência Efe o chefe da Comissão de Direitos Humanos em Cabul, Lal Gül.
"Temos um caso no qual os pais, levados pela pobreza, aceitaram o casamento de sua filha de oito anos com um homem de 70 que já era casado com outras quatro mulheres", acrescentou.
Até agora, o fenômeno era mais freqüente nas regiões rurais que nas urbanas, mas a falta de eletricidade, água corrente ou um sistema adequado de calefação pesa na vida da maior parte dos habitantes de Cabul.
"Não sabemos como passar o dia e a noite. Caso compremos algo para comer de manhã já não teremos nada o resto do dia", conta a mãe de Sabira.
A seca, a escassez de comida e a precária situação de segurança levaram esta família a deixar sua casa no conflituoso distrito de Sangin (sul) para tentar a vida em um casebre de barro construído em um bairro muito pobre no oeste de Cabul.
Mohammad Gül, o pai de Sabira, afirma que ama seus oito filhos, mas que se viu forçado a vender um deles para pagar suas dívidas e alimentar o resto.
Agricultor de profissão, Gül tinha obtido um empréstimo de 60.000 afeganes (cerca de US$ 1.200) de um fazendeiro na província de Helmand, mas como era incapaz de pagá-lo decidiu fugir para Cabul, até onde seu credor o perseguiu.
"A pessoa que faz empréstimos chegou de noite e pediu seu dinheiro. Nos empurrou e nos ameaçou. Na manhã seguinte, meu marido levou às crianças para a rua e disse a todos que venderia Sabira se alguém pudesse lhe dar os 60.000 afeganes", conta a mãe da menina, Gül Bibi.
Bibi está sentada diante de sua choça improvisada, onde brinca sob o sol com três de seus filhos.
"Quando seu pai anunciou que a venderia comecei a gritar. Fiquei com febre e também Sabira. Esteve doente três dias. Gritava que não queria ir embora", acrescenta.
Sua família luta ainda para saldar a dívida com o fazendeiro, depois de não encontrar compradores para Sabira, que ficou traumatizada pelo episódio e que foge correndo quando um desconhecido se aproxima.
Apesar de 40 países estarem injetando fundos para o desenvolvimento do Afeganistão, mais da metade dos 28 milhões de habitantes do país continuam vivendo abaixo da linha de pobreza, diz um relatório de Direitos Humanos.
Bilhões de dólares foram destinados para ajuda o desenvolvimento do país, mas a corrupção existente limitou o alcance do investimento.
do UOL Notícias
"Não quero que me vendam, quero ficar com minha família", conta Sabira em Cabul e que se livrou de seu destino porque seu pai não encontrou comprador.
Em algumas regiões do Afeganistão a pobreza e as dívidas levam famílias em situação de desespero a colocarem à venda algum de seus filhos para que os outros sigam em frente.
Os pais, incapazes de enfrentar uma intensa seca, decidem casar suas filhas pequenas ou vendê-las por irrisórias somas de dinheiro, como aconteceu recentemente na região de Sari-i-Pul (norte) com uma menina de oito anos.
"Colocar crianças à venda ou as casar à força são fenômenos em alta no Afeganistão", denunciou à Agência Efe o chefe da Comissão de Direitos Humanos em Cabul, Lal Gül.
"Temos um caso no qual os pais, levados pela pobreza, aceitaram o casamento de sua filha de oito anos com um homem de 70 que já era casado com outras quatro mulheres", acrescentou.
Até agora, o fenômeno era mais freqüente nas regiões rurais que nas urbanas, mas a falta de eletricidade, água corrente ou um sistema adequado de calefação pesa na vida da maior parte dos habitantes de Cabul.
"Não sabemos como passar o dia e a noite. Caso compremos algo para comer de manhã já não teremos nada o resto do dia", conta a mãe de Sabira.
A seca, a escassez de comida e a precária situação de segurança levaram esta família a deixar sua casa no conflituoso distrito de Sangin (sul) para tentar a vida em um casebre de barro construído em um bairro muito pobre no oeste de Cabul.
Mohammad Gül, o pai de Sabira, afirma que ama seus oito filhos, mas que se viu forçado a vender um deles para pagar suas dívidas e alimentar o resto.
Agricultor de profissão, Gül tinha obtido um empréstimo de 60.000 afeganes (cerca de US$ 1.200) de um fazendeiro na província de Helmand, mas como era incapaz de pagá-lo decidiu fugir para Cabul, até onde seu credor o perseguiu.
"A pessoa que faz empréstimos chegou de noite e pediu seu dinheiro. Nos empurrou e nos ameaçou. Na manhã seguinte, meu marido levou às crianças para a rua e disse a todos que venderia Sabira se alguém pudesse lhe dar os 60.000 afeganes", conta a mãe da menina, Gül Bibi.
Bibi está sentada diante de sua choça improvisada, onde brinca sob o sol com três de seus filhos.
"Quando seu pai anunciou que a venderia comecei a gritar. Fiquei com febre e também Sabira. Esteve doente três dias. Gritava que não queria ir embora", acrescenta.
Sua família luta ainda para saldar a dívida com o fazendeiro, depois de não encontrar compradores para Sabira, que ficou traumatizada pelo episódio e que foge correndo quando um desconhecido se aproxima.
Apesar de 40 países estarem injetando fundos para o desenvolvimento do Afeganistão, mais da metade dos 28 milhões de habitantes do país continuam vivendo abaixo da linha de pobreza, diz um relatório de Direitos Humanos.
Bilhões de dólares foram destinados para ajuda o desenvolvimento do país, mas a corrupção existente limitou o alcance do investimento.
do UOL Notícias
Um comentário:
Na áfrica inteira, em especial em países localizados ao norte do continente (região do saara) isso tornou-se fato comum. acontece tambem em vários países pobres da Ásia, como por exemplo Bangladesh, onde em uma reportagem inesquecível, o reporter Roberto Cabrini, hoje na tv record, se passa por um estrangeiro que quer comprar uma menina, mas no final da reportagem, ele revela que não é esse o seu desejo; quem assistiu sabe que foi uma reportagem simplesmente chocante; eu inclusive derramei lágrimas, pois sou pai e eu pensei que fosse algo que jamais pudesse existir neste planeta. me lembro da menininha pedindo para ficar com a mãe; onde a genitora , meio que tímida, não concorda com a venda; mas o pai, insiste em uma frieza sobrecomum; chegando inclusive a sorrir na hora da negociação. Meu Deus!!! ESTAMOS VIVENDO NO TEMPO EM QUE A BÚBLIA CHAMA DE ÚLTIMOS DIAS. NÃO TENHO DÚVIDA NENHUMA DISSO . OUVIREIS FALAR DE GUERRAS E RELATOS DE GUERRA...PORQUE NAÇÃO SE LEVANTARÁ CONTRA NAÇÃO E REINO CONTRA REINO E HAVERÁ ESCASSEZ DE VÍVERESE TERREMOTOS EM UM LUGAR APÓS O OUTRO (MATEUS 24...) / sabe porém isto que nos últimos dias, haverá tempos críticos; difíceis de manejar, pois os homens serão amantes de si mesmos; pretensiosos ,soberbos,blasfemadores, desobediente aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos,caluniadores,,sem auto domínio, ferozes, sem amor a bondade , traidores, ,teimosos, enfunados de orgulho; mais amantes de prazeres do que amantes de Deus. (2 Timóteo 3) Será que eu preciso dizer mais alguma coisa ?
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