sábado, 31 de janeiro de 2009

Debaixo do tamarindo


No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilissimos trabalhos!

Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógios
De minha vida e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!



Augusto dos Anjos

2 comentários:

Unknown disse...

ISSO AÍ TÁ PARECENDO COM UMA OUTRA COISA!!!! AH,AH,AH...

Unknown disse...

SERIA ISSO UMA MENSAGEM SUBLIMINAR DA NATUREZA ? ( COM ESSA PLANTA SE FAZ O CHÁ DO PAU QUE BABA. AH,AH,AH...)