Já foi bonita essa mulher que passa,
Essa mulher que vês, assim velhinha,
Já foi outrora o símbolo da graça
Quando no rosto mocidade tinha!
Era nobre mulher de fina raça,
Quando entre galas orgulhosa vinha,
Magnetizava a multidão na praça,
Reverberando risos de Rainha...
Vejo-te agora nas manhãs da vida,
Dizem também que és símbolo da graça,
Que és uma estrela dos Azuis caída...
Mas...quando velha andares pela praça,
Há de dizer a multidão sentida:
Já foi bonita essa mulher que passa!
Américo Falcão
*Américo Falcão (1880-) nasceu na praia de Lucena, pertencente, hoje, ao Município de mesmo nome, na Paraíba. Publicou os seguintes livros: Auras Parahybanas, Praias, Náufragos, Visões de outrora, Rosa de Alençon e Soluços de realejo
Nenhum comentário:
Postar um comentário