Os testes de segurança nas urnas eletrônicas e componentes do sistema eletrônico de votação que serão utilizados nas eleições de 2010 chegaram ao fim nesta sexta-feira (13) sem que nenhum dos investigadores tenha conseguido atingir o seu objetivo. De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, essa é uma evidência de que o eleitor pode ficar totalmente tranqüilo na hora de votar.
Os últimos testes realizados hoje (13) foram de técnicos da Procuradoria Geral da República (PGR), especialista do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de um perito da Polícia Federal (PF). O perito da PF, Tiago Cavalcanti, explicou que a tentativa de sua equipe foi no sentido de executar códigos que permitissem alterar os programas de votação que vai para a urna.
“Existe uma máquina geradora de mídias que vai criar os cartões de memória que vão alimentar as urnas com bases de leitoras e com os programas, a idéia era, nesse ponto de origem, tentar alterar o código que vai para as urnas, antes do voto do eleitor”, afirmou Cavalcanti ao dizer que não alcançou sucesso porque a máquina geradora de mídias é protegida por um sistema que impede usuários não autorizados, e até mesmo usuários autorizados, de executarem programas não permitidos.
Ele lembrou ainda que o sistema de informática é só um dos pontos de segurança do processo eleitoral. “Mesmo que eu conseguisse executar um programa que mudasse toda votação a meu favor, essas mídias ainda poderiam ser auditadas. Todo o procedimento envolve vários pontos de auditoria que permitem aos partidos e a outros cidadãos verificar que os programas que estão indo pra urna são os programas reais, aqueles que deveriam ir”, disse.
Ele elogiou, por fim, a iniciativa do TSE de abrir os sistemas para os testes, pois em sua opinião, “a segurança por esconder nunca é a melhor segurança”. Para o investigador, “a segurança por transparência é sempre o melhor caminho”.
Boletim de urna
Já o representante do TST, Carlos Eduardo Negrão, informou que o seu teste tentou alterar o boletim de urna, que é a parte impressa de comprovação do voto. “Consegui com algum sucesso imprimir um boletim que nós tínhamos preparado, agora o problema é que na hora de cortar, o papel não sai do mesmo tamanho”, disse ao explicar que a tentativa de burlar o procedimento não saiu perfeita.
Uma das melhorias sugeridas por ele é quanto ao lado do papel colocado na impressora, pois de um lado ele imprime, mas do outro não. Na hipótese de o TSE realizar novos testes para outras eleições, a sugestão de Negrão é para que os investigadores possam trazer seus equipamentos. “Seria melhor do que instalar aqui. Fica aí uma sugestão para o TSE”, afirmou.
Sistema operacional
Os representantes da PGR foram os últimos a deixar a sala de testes e tentaram substituir o sistema operacional oficial da urna (LINUX) e, se tivessem obtido sucesso, tal procedimento poderia resultar no domínio de todos os programas da urna.
Os quatro investigadores que representaram a procuradoria utilizaram várias estratégias e ataques, mas não conseguiram fazer a substituição do sistema operacional.
Resultados
Giuseppe Janino disse estar muito satisfeito com os resultados e, principalmente, pela realização desse procedimento histórico para o processo eleitoral brasileiro e inédito no mundo.
“Não há registro de que nenhuma instituição eleitoral tenha aberto os seus processos, sejam eles automatizados ou não, para uma investigação de testes públicos”, disse.
Para ele, o último dia de testes sem nenhuma violação da urna contribui para consolidar o que já imaginava que é a comprovação da robustez, da segurança e da maturidade do processo que hoje está instalado, principalmente com relação aos seus dispositivos de segurança.
Os investigadores que participaram do processo, em sua opinião, são do mais alto nível de qualidade e investigaram vários aspectos desde procedimentos simples até o nível de criptografia e chaves digitais.“Os testes tiveram o objetivo de quebrar o sigilo do voto, alterar os resultados ou simplesmente desestabilizar o sistema. Todos eles encontraram extrema resistência nas barreiras implementadas. Tanto é que nenhuma das barreiras, hoje estabelecidas dentro do sistema, foi efetivamente vencida", disse Giuseppe.
Giuseppe afirmou que o relatório geral será consolidado pela Comissão Avaliadora e as sugestões neles apontadas serão estudadas por seus técnicos. “Estamos totalmente abertos e vamos estudar com muito cuidado, muito critério essas sugestões com o objetivo de complementar e prosseguir o nosso objetivo de melhoria contínua do processo eleitoral brasileiro”, garantiu.
Premiação
Na próxima sexta-feira (20), o ministro Ricardo Lewandowski, que coordenou a preparação e a realização dos testes de segurança, fará a entrega dos prêmios aos participantes que tiverem oferecido as melhores contribuições para o aperfeiçoamento do sistema, conforme análise a ser feita pela Comissão Avaliadora. Os prêmios são nos valores de R$ 5.000, R$ 3.000 e R$ 2.000.
Os últimos testes realizados hoje (13) foram de técnicos da Procuradoria Geral da República (PGR), especialista do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de um perito da Polícia Federal (PF). O perito da PF, Tiago Cavalcanti, explicou que a tentativa de sua equipe foi no sentido de executar códigos que permitissem alterar os programas de votação que vai para a urna.
“Existe uma máquina geradora de mídias que vai criar os cartões de memória que vão alimentar as urnas com bases de leitoras e com os programas, a idéia era, nesse ponto de origem, tentar alterar o código que vai para as urnas, antes do voto do eleitor”, afirmou Cavalcanti ao dizer que não alcançou sucesso porque a máquina geradora de mídias é protegida por um sistema que impede usuários não autorizados, e até mesmo usuários autorizados, de executarem programas não permitidos.
Ele lembrou ainda que o sistema de informática é só um dos pontos de segurança do processo eleitoral. “Mesmo que eu conseguisse executar um programa que mudasse toda votação a meu favor, essas mídias ainda poderiam ser auditadas. Todo o procedimento envolve vários pontos de auditoria que permitem aos partidos e a outros cidadãos verificar que os programas que estão indo pra urna são os programas reais, aqueles que deveriam ir”, disse.
Ele elogiou, por fim, a iniciativa do TSE de abrir os sistemas para os testes, pois em sua opinião, “a segurança por esconder nunca é a melhor segurança”. Para o investigador, “a segurança por transparência é sempre o melhor caminho”.
Boletim de urna
Já o representante do TST, Carlos Eduardo Negrão, informou que o seu teste tentou alterar o boletim de urna, que é a parte impressa de comprovação do voto. “Consegui com algum sucesso imprimir um boletim que nós tínhamos preparado, agora o problema é que na hora de cortar, o papel não sai do mesmo tamanho”, disse ao explicar que a tentativa de burlar o procedimento não saiu perfeita.
Uma das melhorias sugeridas por ele é quanto ao lado do papel colocado na impressora, pois de um lado ele imprime, mas do outro não. Na hipótese de o TSE realizar novos testes para outras eleições, a sugestão de Negrão é para que os investigadores possam trazer seus equipamentos. “Seria melhor do que instalar aqui. Fica aí uma sugestão para o TSE”, afirmou.
Sistema operacional
Os representantes da PGR foram os últimos a deixar a sala de testes e tentaram substituir o sistema operacional oficial da urna (LINUX) e, se tivessem obtido sucesso, tal procedimento poderia resultar no domínio de todos os programas da urna.
Os quatro investigadores que representaram a procuradoria utilizaram várias estratégias e ataques, mas não conseguiram fazer a substituição do sistema operacional.
Resultados
Giuseppe Janino disse estar muito satisfeito com os resultados e, principalmente, pela realização desse procedimento histórico para o processo eleitoral brasileiro e inédito no mundo.
“Não há registro de que nenhuma instituição eleitoral tenha aberto os seus processos, sejam eles automatizados ou não, para uma investigação de testes públicos”, disse.
Para ele, o último dia de testes sem nenhuma violação da urna contribui para consolidar o que já imaginava que é a comprovação da robustez, da segurança e da maturidade do processo que hoje está instalado, principalmente com relação aos seus dispositivos de segurança.
Os investigadores que participaram do processo, em sua opinião, são do mais alto nível de qualidade e investigaram vários aspectos desde procedimentos simples até o nível de criptografia e chaves digitais.“Os testes tiveram o objetivo de quebrar o sigilo do voto, alterar os resultados ou simplesmente desestabilizar o sistema. Todos eles encontraram extrema resistência nas barreiras implementadas. Tanto é que nenhuma das barreiras, hoje estabelecidas dentro do sistema, foi efetivamente vencida", disse Giuseppe.
Giuseppe afirmou que o relatório geral será consolidado pela Comissão Avaliadora e as sugestões neles apontadas serão estudadas por seus técnicos. “Estamos totalmente abertos e vamos estudar com muito cuidado, muito critério essas sugestões com o objetivo de complementar e prosseguir o nosso objetivo de melhoria contínua do processo eleitoral brasileiro”, garantiu.
Premiação
Na próxima sexta-feira (20), o ministro Ricardo Lewandowski, que coordenou a preparação e a realização dos testes de segurança, fará a entrega dos prêmios aos participantes que tiverem oferecido as melhores contribuições para o aperfeiçoamento do sistema, conforme análise a ser feita pela Comissão Avaliadora. Os prêmios são nos valores de R$ 5.000, R$ 3.000 e R$ 2.000.
TSE
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