domingo, 28 de fevereiro de 2021
O corpo humano e sua aparência são um verdadeiro reflexo do que vivemos em nosso ambiente. Essas duas imagens são exibidas juntas em um museu na Rússia com um texto que diz: "(Esquerda) O artista Eugen Stepanovich Kobytev no dia em que foi para a guerra em 1941. (Direita) Em 1945, quando ele voltou." Este é o rosto humano depois de quatro anos de guerra.
Novo "slogan" político
O homem só chegou até aqui pela sua capacidade de adaptação. O sertanejo, em particular o paraibano, é pródigo no enfrentamento das condições do semiárido. Embora hoje em menor escala, a "cangalha" ainda representa uma ferramenta importante é bastante útil no transporte de ração para os animais e alimento para o homem, realizado geralmente pelo jumento (asno/jerico/jegue). A "cangalha" é símbolo de resistência sertaneja que ainda reverencia o trabalho, o homem e o animal nessa luta inglória contra o clima seco e a escassez de chuvas e de políticas públicas.
Tempus Fugit
A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo. (Mário Quintana)
O Senhor Joaquim Cândido da Silva (92 anos) foi músico na sua juventude e hoje, já sem a visão e sentindo o peso dos anos sobre os ombros, teve a oportunidade de reviver grande emoções nos acordes musicais executados, com maestria, pelo jovem e consagrado músico pombalense "Teinha". Extreme de dúvida, é a linguagem universal da música retrocedendo no tempo, alimentando afetividade e emoção nos velhos e novos corações. Indiscutivelmente, um encontro ímpar, saudosista, revigorante e emocionante!
Teófilo Júnior
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Os taninos do vinho no combate à covid-19
Estudo de pesquisadores chineses sugere que o ácido tânico, muito presente no vinho, especialmente nos tintos, pode ajudar a reduzir infecção por covid
São Paulo – Um estudo conduzido por pesquisadores chineses sugeriu que os taninos, substância muito presente no vinho, tintos principalmente, pode ajudar a reduzir a infecção por covid-19. Publicado no prestigioso American Journal of Cancer, em dezembro, o trabalho produzido na China Medical University mostrou que o ácido tânico tem funções inibidoras duplas de bloqueio de serino-proteases virais e celulares críticas para a infecção viral.
Caro Deputado
O diálogo é atribuído a personagens de vários estados, mas os cearenses garantem que aconteceu com Crisanto Moreira da Rocha. Ele estava em campanha para deputado federal, no interior, quando parou esfomeado em um boteco e pediu seis ovos fritos para ele e acompanhantes.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
O alimento colhido no roçado não representa para o paraibano apenas um item a mais para sua subsistência em sua mesa. É muito mais que isso. A apanha é o fruto sagrado de seu suor, resultado da eclosão das sementes, de um bom ano de inverno e da paixão do agricultor pela sua terra. A colheita do feijão verde, em particular, é a comunhão entre Deus, o homem e a natureza!
Alma perdida
Toda a noite choraste....e eu chorei
Talvez porque,ao ouvir- te,adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós
Contaste tanta coisa á noite calma
Que eu pensei que tu eras a minh' alma
Que chorasse perdida em tua voz!
Florbela Espanca
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
DINHEIRO E UM BILHETE DE AMOR: Fátima Bezerra conta o que encontrou nas pastas e gavetas de Zé Maranhão
Eu já estava pensando em encerrar meus escritos sobre o Nosso Amor. Mas, Deus tem me falado de forma tão audível nesses dias, que não posso deixar de partilhar. Despertei com a incumbência, que dei a mim mesma, de mexer nas pastas pessoais e gavetas de meu marido, a fim de procurar seus contratos agrícolas e, a partir de então, cair na luta da vida real.
Encontrei um talão de cheques, junto a R$1.O25 em espécie, misturados com alguns papéis. Fato raro aparecer dinheiro nas coisas do meu marido, que, a exemplo do cuidado que tinha no trato da coisa pública, era cauteloso e seguro com suas finanças pessoais. Não me recordo de sua participação econômica nos preparativos festivos de nenhuma comemoração em nossa casa.
Mas, por outro lado, ninguém conseguia igualar a contribuição imaterial inerente à sua presença. Quando descia as escadas, o perfume Eau du Soir já anunciava sua chegada, e toda e qualquer reunião tinha um outro astral. Ele tinha um carisma incrível. Fico imaginando sua entrada no céu, que clima de alegria reluzente, na chegada ao ambiente em que todos são carismáticos.
Resolvi, não sei porque, mandar deixar, R$1.000 (do dinheiro que encontrei), na Casa da Vovozinha, instituição beneficente de João Pessoa, e fiquei com os R$25 restantes para o pão e o bolo do lanche da tarde. Às vezes, não temos um tostão na bolsa!
Creiam -me: os irmãos, da Casa da Vovozinha, estavam em preces, para que surgisse uma doação, a lhes possibilitar a compra de cadeiras. Precisavam exatamente da quantia que receberam.
Concomitantemente, vem Verônica Luna, minha amiga dos bons tempos da Lourdinas, e me manda a seguinte mensagem:“Você tem recebido muita força e inspiração do plano superior para atravessar esse deserto de forma tão sublime e digna. Em seus textos, tecidos não de palavras, mas de sentimentos, você se desnuda, faz confidências, oferece generosidade, partilha o seu amor com as demais pessoas, que, embora o conhecessem e o admirassem, não tiveram do privilégio da estreita convivência e afeto que só a você foram destinados.”
Minha amiga é pessoa muito espiritualizada. Especial. Creio que suas energias chegaram até o céu e Nosso Amor me levou a fazer tão singela e oportuna doação.
Também encontrei, nas suas gavetas, misturados aos pertences já mencionados, vários bilhetinhos que eu colocava nos bolsos dos seus paletós. Dentre todos, um só vou confessar: “meu amor, como você pode ser tão lindo?”
E lembro do dia, em que comentando sobre esse bilhetinho, ele deu uma boa gargalhada! Só isso!… Porque ele nunca deixou de acreditar em mim.
Fátima Bezerra Cavalcanti
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
O valioso tempo dos maduros
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!
Mário de Andrade (1893 - 1945)
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
domingo, 21 de fevereiro de 2021
sábado, 20 de fevereiro de 2021
O silêncio como elemento civilizador
“O RESTO É SILÊNCIO
Da
outra sensação à intuição da beleza, do prazer e da dor ao amor e ao
êxtase místico e à morte – todas as coisas que são fundamentais, todas
as coisas que, para o espírito humano, têm o mais profundo significado,
podem ser apenas experimentadas, e não exprimidas. O resto é sempre, em
qualquer lugar, silêncio. Depois do silêncio, aquilo que mais se
aproxima de exprimir o inexprimível é a música.”
– Aldous Huxley, em “Música da noite & outros ensaios”. [tradução Rodrigo Breunig]. Porto Alegre: L&PM, 2014.
A natureza é cheia de sons, silêncios e barulhos. Quando nascemos nos rebentamos numa explosão de prantos e gritos. Nossa primeira grande lição de socialização é sobre o barulho e o silêncio. O silêncio significa geralmente que está tudo bem; o barulho, o choro significa que algo está errado ou incompreendido.
A nossa segunda lição também está na dialética do silêncio e do barulho. Ouvimos os ruídos das vozes de nossos pais e aprendemos a linguagem. Sem o silêncio da observação, não há o sentido na linguagem, apenas barulho. Portanto, o silêncio sempre precede o aprendizado. O som emitido por sua vez, pode virar uma mensagem ou não, dependendo do ouvinte. Quando esse som não faz sentido para nós, é chamado barulho, quando faz parte do nosso universo simbólico, transforma-se em: fala, música, poesia, discurso, política, ciência etc.
Portanto, caros ouvintes, façamos do silêncio o ponto de partida para o aprendizado, para o crescimento, para a compreensão do mundo. Torna-se necessário o reaprender o tempo do silêncio e do som. Cada momento de reflexão no silêncio pode gerar um som posteriore cada som pode gerar um silêncio. Embora sejam antagônicos, eles são complementares.
* Roniel Sampaio Silva.Mestre em Educação e Graduado em Ciências Sociais. Professor do Programa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Floriano. Dedica-se a pesquisas sobre condições de trabalho docente e desenvolve projetos relacionados ao desenvolvimento de tecnologias.
Fonte: Café com Sociologia.
O alimento colhido no roçado não representa para o paraibano apenas um item a mais para sua subsistência em sua mesa. É muito mais que isso. A apanha é o fruto sagrado de seu suor, resultado da eclosão das sementes, de um bom ano de inverno e da paixão do agricultor pela sua terra. A colheita do feijão verde, em particular, é a comunhão entre Deus, o homem e a natureza!
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Um texto cheio de sentimento, saudade e poesia, escrito pela Desembargadora Fátima Maranhão.