quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sete anos sem Patativa do Assaré


Em 1999, a repórter Ana Dalla Pria e o cinegrafista Francisco Maffezoli estiveram no Ceará com Patativa do Assaré, e produziram uma bela reportagem sobre o poeta. Em homenagem ao grande poeta brasileiro, o Globo Rural revisitou um trecho da reportagem feita na época.

Vale do rio Jaguaribe, sertão do Ceará. O nome do vilarejo, Assaré. O passarinho cinza-azulado, de temperamento dócil e cantar melodioso é a patativa. Juntando patativa, com Assaré, o resultado é poesia.

“Sou filho das matas,
cantor da mão grossa,
trabalho na roça,
de verde vestido.

A minha choupana,
é tratado de barro,
só fumo cigarro,
de palha de milho.”

Estamos no alto da serra de Santana, lugar onde nasceu Patativa do Assaré, que serviu de inspiração para muitos dos seus poemas e que nunca abandonou, mesmo depois de ganhar fama. No local, Patativa cultivou a terra e as letras.

“Foi aqui,
nessa terra de Santana,
que no dia 5 de março de 1909,
nasceu esse seu poeta,
Patativa do Assaré.”

Pelo nome verdadeiro, Antônio Gonçalves da Silva, pouca gente sabe quem é. Mas pelo apelido Patativa do Assaré, se tornou conhecido de gente de todas as idades do nordeste do Brasil.

Aos 90 anos, Patativa mantinha lucidez de menino, e pouco se incomodava com os problemas de saúde. Ouvia mal, era cego de uma vista desde a infância, enxergava pouco com a outra e caminha com dificuldade.

O Globo Rural foi encontrá-lo no sítio onde nasceu. Patativa sempre viveu da terra. Foi agricultor igual a muitos outros desse sertão.

“Eu fui agricultor, desde criança vivi apegado à roça. Meu pai foi agricultor muito pobre e o que nos deixou foi um diminuto terreno. Gostei de viver assim, em contacto com a natureza, ouvindo cachorro latir, vaqueira boiar”, conta ele.

“Patativa do Assaré se tornou um ser intuitivo, poeticamente intuitivo e criticamente intuitivo. Ele teve pouco tempo de escola e naquela época já dizia que saída da escola porque o professor não sabia nada. Então ele não ia perder tempo ouvindo coisas erradas”, revela Assis Ângelo, jornalista.

“Não tenho sapiência,
pois nunca estudei,
apenas eu sei,
meu nome assinar.

Meu pai, coitadinho,
vivia sem cobre,
e filho dum pobre,
num pode estudar.”

“E começou então, por condições próprias, a ler Camões, José de Alencar, a descobrir os grandes poetas e romancistas da sua época”, prossegue Assis Ângelo.

“Foi com essa leitura constante que eu pude obter vocabulário com o qual eu posso reproduzir, em versos, tudo aquilo que vejo, sinto e quero. Tanto na poesia cabocla como em forma literária”, conta o poeta.

“Tendo por berço o lago cristalino,
folga a peixe a nadar todo inocente,
medo eu retenho do povo inocente,
pois vive incauto do fatal destino.

Se na ponta de um fio,
longo e fino,
a isca avista,
ferra inconsciente,
ficando o pobre peixe, de repente,
preso ao anzol do pescador ladino.

O camponês, também do nosso estado,
ante a campanha eleitoral, coitado,
daquele peixe tem a mesma sorte.

Antes de um pleito, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto,
pobre matuto do sertão no norte.”

Mesmo sem ter freqüentado um só ano de escola, Patativa do Assaré publicou cinco livros. Fez seus primeiros versos aos 13 anos, inspirado pelos cantadores de cordel. Quase 80 anos de amor pelas letras. Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades e ainda hoje é estudado na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.


O passeio pela feria de Assaré era um dos preferidos de Patativa. Aos 90 anos, ele ainda conservava o jeito galanteador. Ele encontrava fãs e amigos, e declarava sua preferência pelos mais humildes. “Não sou muito de granfino. Quanto mais pobre mais bem eu quero, porque ele merece mais atenção. Goza menos na vida e eu dou esse carinho a eles, esse prazer deles ouvir (sic) minhas poesias.”

“Pobre agregado, força de gigante,
escuta amigo, que te digo agora.

Para saíres da fatal fadiga,
do horrível julgo, que cruel te obriga,
a padecer situação precária,

Lutai altivo,
Corajoso, esperto,
pois só verás o teu país liberto,
se conseguires a reforma agrária.”

“Não há maior injustiça, como eu digo, do que o camponês não ter terra para trabalhar. É um negócio muito injusto e triste. Quase como que um crime nascer um camponês e trabalhar até o fim da vida sem possuir um palmo de terra”, lamenta Patativa.

“De noite tu vives na tua palhoça,
de dia na roça,
de enxada na mão.

Julgando que Deus é um pai vingativo,
não vês o motivo, da tua opressão.

Tu és desta vida um fiel penitente,
Um pobre inocente, no bando do réu.

Caboclo não guarde,
contigo essa crença,
a tua sentença,
não parte do céu.”

“Eu canto, tirando essa superstição que o camponês sempre tem, de achar que tudo quando sofre é permitido por Deus”, teoriza ele.

Não se aprende a ser poeta? “Não. Pode aprender a versejar, mas é uma poesia mecânica, que não tem graça.”

Além de Fágner, muitos cantores transformaram as poesias de Patativa em música. O primeiro sucesso da música dele foi “Triste partida”, na voz da Luiz Gonzaga.

Na reportagem do Globo Rural, na ocasião com 90 anos completos, Patativa continuava criando versos. E encarava o futuro com serenidade. O senhor tem medo da morte? “Não. Não tenho.”

“Cachimbando,
sem ver e nem tá ouvindo,
para mim não é absurdo,
vou meu caminho seguindo.

Nunca pensei em morrer,
quem morre cumpre um desígnio,
quando chegar o meu fim,
eu sei que a terra me come,
mas fica vivo o meu nome,
para os que gostam de mim."


Patativa do Assaré,
1909 – 2002

Confira quais são os prós e contras de ter internet banda larga


Vantagens

Abrangência: a internet via rede elétrica chega a quase todas as residências do país, onde há energia. Assim, seu o potencial de penetração é enorme, podendo chegar a lugares onde hoje não existe banda larga pela linha telefônica, por rede de TV a cabo ou, ainda, por rádio;

Facilidade de implementação pois, a rede elétrica é a mais abrangente em todos os países, e cobre 95% da população nacional

Reduz os gastos com instalação de infra-estrutura independente. Destaca-se ainda a praticidade, pois é só ligar e conectar o cabo na rede;

Alta taxa de transmissão podendo chegar a até 40Mbps nas freqüências de 1,7MHz a 30MHz. A segurança também é um ponto importante: ao contrário da rede Wi-Fi, onde um usuário pode tentar se aproveitar do sinal do próximo, no PLC quem compartilha do mesmo "relógio", não tem como compartilhar a conexão de rede, devido à criptografia com algoritmo DES de 56 bits. Os eletrodomésticos podem também usar uma rede doméstica, com dispositivos Ethernet, USB, wireless ou ponte de áudio, esta conectando o computador às caixas de som, bastando comprar módulos PLC que inclusive já estão à venda.

Desvantagens

Uma das grandes desvantagens da tecnologia é principalmente o sinal pode se perder em distâncias muito longas devido à alta velocidade;

Os fios de cobre podem interferir em aluns equipamentos eletroeletrônicos;

Alguns aparelhos podem interferir na transmissão;

Emendas, "T"s, filtros de linha, transformadores e o ligamento e desligamento de eletrônicos na rede elétrica causam ecos do sinal, por criar pontos de reflexão. Assim, pode haver corrupção dos dados.


Fonte: Por CIBELE GONELLI
Para o UOL Tecnologia

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!


Mario Quintana

Lula sanciona lei que regulamenta a profissão de motoboy


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (29) projeto que regulamenta as profissões de motoboy e mototaxista no país. A informação foi confirmada pelo ministro das Cidades Márcio Fortes, que se reuniu com Lula nesta manhã.

Segundo Fortes, o projeto aprovado no Congresso teve apenas um veto -- Lula não autorizou a regulamentação da profissão de motovigia.

Segundo dados da Fenamoto (Federação dos mototaxistas e motofretistas do Brasil), a nova lei vai regular a atividade de 2 milhões e meio de profissionais no país.

Com o reconhecimento da profissão, a categoria espera ter acesso a financiamentos e poder aderir à previdência com mais facilmente.

"O projeto vai dar dignidade à categoria. O profissional chegava no INSS e não tinha código, a profissão não existia e não tinha o que fazer. Agora isso vai mudar", conta Robson Alves Paulino, presidente da Fenamoto (Federação dos mototaxistas e motofretistas do Brasil). Antes da aprovação da lei, era comum eles serem contratados como prestadores de outros serviços em empresas de frete.

A lei modifica o Código de Transito Brasileiro de 1997. O texto original do código não prevê nenhuma das profissões dos motociclistas.

O projeto da nova lei foi apresentado em 2001 pelo então senador Mauro Miranda (PMDB-GO). Foi aprovado pelo Congresso Nacional oito anos depois, em 8 de julho.

O lugar onde o projeto passou mais tempo foi a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, onde esteve parado quase quatro anos.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA), presidente da Frente Parlamentar pela regulamentação da profissão de Mototaxista e Motoboy, atribui a demora na aprovação ao lobby de empresas de ônibus e frete. Soma-se ainda o desconhecimento e o preconceito da maioria dos deputados com a matéria.

Projeto traz normas de segurança
Com o reconhecimento da profissão, os trabalhadores sobre duas rodas terão de ser mais precavidos. Será obrigatório o uso de coletes com refletores.

No caso dos motoboys, será necessária a instalação de equipamentos de segurança ("mata-cachorros" e antenas corta-pipas). Eles serão fiscalizados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Caberá aos Estados e municípios autorizarem e regularem as profissões. Isso poderá ser feito a partir de órgãos, como o Detran e o Contran, ou de leis municipais e estaduais.

As administrações locais deverão decidir se a atuação dos profissionais estará autorizada em cada localidade. Os municípios e Estados que permitirem o trabalho dos motociclistas terão de seguir as normas da lei nacional e poderão regular outras questões -como quantos turnos eles estarão autorizados a trabalhar ou se haverá um limite de registros de motoqueiros na cidade.

Para evitar que cidades proíbam a atuação dos motoboys e mototaxistas, a Fenamoto tem estimulado os trabalhadores locais a pressionar os vereadores das suas cidades para a criação de leis municipais sobre a profissão.


Fonte:
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília

Nothing Compares, Sinead O'Connor

Juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior e sociedade de Jacarú entregam casa à família carente

O juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior, titular da comarca de Jacaraú, com a ajuda de segmentos da sociedade daquela cidade, fez a entrega de nova residência à família de Seu José e D. Rosinete, pais de sete filhos, que sobrevivem da agricultura, quando conseguem um dia de trabalho nos roçados da região. A mobilia também foi doada.

A iniciativa de fazer um mutirão e construir a casa para abrigar a família necessitada sensibilizou o magistrado que considera Jacaraú uma cidade bastante carente. “Há 2 anos, quando cheguei aqui, vi que a jurisdição precisava atuar no sentido de uma prestação de serviço mais voltada para o drama social, sobretudo a miséria humana”, afirmou.

“Certo dia, ao terminar uma palestra em uma escola, fui convidado a conhecer uma família que morava nas proximidades. Pobreza absoluta. O casebre estava totalmente destruído. Encontramos sete crianças pelo chão, que dividam o espaço com um cachorro. Naquele dia, havia um pouco de feijão e farinha na casa”, frisou Antônio Carneiro

Ao retornar ao fórum, o magistrado decidiu promover um grande mutirão na comarca com a finalidade de demolir o que restava da casa e construir um novo lar para aquela família. De acordo com o magistrado, a intenção não era apenas edificar uma nova residência, mas um novo lar, com o início de uma nova vida, com esperança e sinais vivos de dignidade, solidariedade e respeito à pessoa humana.

O juiz disse que durante os 13 anos de magistratura, já vivenciou muitas experiências de drama e conflitos humanos. “Confesso que a situação daquelas crianças, uma delas com sintomas de transtornos mentais, exigiu uma ação imediata e efetiva”, justifica.

O Conselho Tutelar de Jacaraú também participou de forma atuante. O próprio Presidente do Conselho Tutelar, Cristiano Félix, funcionou como pedreiro da obra. “Disseminar um ideal de fraternidade e solidariedade na comunidade, como forma de amenizar uma realidade tão cruel, foi a parte mais gratificante do projeto”, disse o juiz Antônio Carneiro.

Esperança no Poder Judiciário - Indagado sobre novas possibilidades de organizar outras ações sociais, o juiz afirmou que: “O Poder Judiciário, em especial o juiz, são considerados uma esperança de transformação social. A sociedade atual não mais admite aquela figura do magistrado distante, conservador e inacessível. As aflições e as dores dos nossos jurisdicionados não devem ser relegados a um mero caderno processual”.

Mais doações – Nesta quinta-feira (30), às 15h, a presidente da Aemp, Diana Vita, vai fazer a entrega de lençóis, toalhas, utensílios domésticos, roupas e calçados a família de Seu José e D. Rosinete. A doação será entregue ao juiz daquela comarca. “A parceria com a Aemp, por meio da dra. Diana Vita, além de emprestar um caráter institucional à iniciativa, também serviu para mostrar o alcance social do próprio Tribunal de Justiça nas causas de interesse público, como é o caso da infância e juventude”, disse o juiz Antônio Carneiro.


Fonte: TJ-PB
Por Kubitschek Pinheiro


terça-feira, 28 de julho de 2009

Ednardo - Dono dos Teus Olhos e Kalu

Virgulino Lampião, Deputado Federá


Seus Dotôres Deputado
falo sem tutubiá
pra mostrá que nós matuto
sabe se pronunciá
dizê que ta um presídio
com dó e matuticídio
a vida nesse lugá

O Brasí surgiu de nós
nós tudo que vem da massa
deram um nó no mêi de nós
que nós desse nó não passa
e de quatro em quatro ano
vem vocês com o veio plano
desata o nó e se abraça

Tamo chêi dessa bostice
de promessa e eleição
dos que vem de vem em quanto
se rindo, estendeno a mão
candidato a caloteiro
aprendiz de trapaceiro
corruto, falso e ladrão.

A coisa ta enveigada
ta ruim de devenveigá
meu sistema neuvosíssimo
vejo a hora se estorá
se estóra eu não engano
cuma diz o americano
na matança eu tem norrá.

Quero que vocês refrita
o falá da minha fala
pelo cano do revóve
magine o tamãe da bala.

Vocês que véve arrimado
nas bengala do podê
dou um chuto na bengala
mode alejado corrê
dou dedo, faço munganga
canto Ouvira do Ypiranga
e mando tudo se fudê.

Acunho logo a tramela
nas porta da corrução
toco fogo na lixeira
e passo de mão em mão
corto língua de quem mente
quebro três ou quatro dente
dos Deputado risão.

Político que come uva
em plena safra de manga
vai pra lei dos desperdiço
nas faca dos meus capanga.

Se eu der um tiro no mato
e bater num marinheiro
é porque tem mais honesto
do que cabra trambiqueiro
diante dessa nutiça
não haverá injustiça
é a lei dos cangaceiro.

Os deputado bom de pêia
eu tiro o "W" do nome
tiro vírgula dos discurso
reticença e pisilone
sapeco lei pra matuto
meto bala nesses puto
e um viva no microfone.

Matuto que tem saúde
pro trabaio ele é capaz
nós se vira, arruma água
as sementes e o preço em paz
não vai sê protecionismo
é a lei do Nordestinismo
dos Problemas Matutais.

Debuiado este discurso
pros Dotôre e Deputado
ta dizido minha meta
pra cem bilhão de roçado
depois não venham dizê
que foi golpe de pudê
proque não foram avisado

Partido dos Cangaceiro
o PC dos natura
pela lei da ignorança
do Congresso Federá
assinado Capitão
Virgulino Lampião
Deputado Federá.


Jessier Quirino

Ednardo - Enquanto engomo a calça

Divórcio pode causar câncer e doenças crônicas


O divórcio faz mais mal à saúde do que se poderia imaginar. Pelo menos é o que diz uma pesquisa feita nos Estados Unidos. O desgaste do fim de uma relação deixa as pessoas mais vulneráveis às doenças.

O divórcio mexe com o emocional, com o bolso... E com a saúde.

A pesquisa da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, ouviu cerca de oito mil pessoas, com idade entre 51 e 61 anos. E os divorciados tinham 20% mais problemas de saúde, como, por exemplo, câncer, do que os solteiros.

Mas a pesquisa mostrou também que parte da cura dos divorciados pode estar em um segundo casamento.

Aqueles que se separaram e depois arrumaram uma outra pessoa para dividir o teto passaram a ter uma saúde igual à de quem nunca se separou. Não significa o fim das doenças.

De acordo com a pesquisa, os casados têm 12% mais problemas de saúde do que os solteiros. Menos que os divorciados.

Diante dessa constatação teve pesquisador dizendo que o estudo é um sinal amarelo para quem pensa em desistir do casamento no primeiro sinal de crise. Só valeria a pena se separar quando a relação for mesmo muito destrutiva.


Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo
Rodrigo Bocardi - Nova York

As diferenças entre diet, light e zero

É só ir às compras para ver a quantidade destes produtos que invadiram as prateleiras. Antes de colocar no carrinho fique atento aos rótulos de cada produto.

Foi-se o tempo em que eles ficavam num corredor só. Os produtos diet e light tomaram as prateleiras.

“Eu compro suco, refrigerante, leite condensado, creme de leite”, diz Melly d´Agostinho, dama de companhia.

Por aqui também estão aos montes os chamados produtos "zero". Da salada à sobremesa só dão eles.

As embalagens nunca tiveram tantas informações. São frases na frente, tabelas no verso e laterais. Até aí perfeito porque é importante conhecer o que vamos comprar.
Mas será que as pessoas sabem mesmo o que significam essas palavras que diferenciam um produto do outro?

“Não sei!”, diz Diva Nascimento de Almeida, dona de casa.

“Olha falar sério mesmo eu sei que tem uma diferença mas eu não sei bem qual é”, diz Dirce Leite, dona de casa.

Não é uma só não... São muitas as diferenças.

Produto diet é o que tem teores mínimos de algum nutriente, geralmente o açúcar. E é indicado para diabéticos.

O light tem que ter pelo menos 25% de redução em algum item. E o zero é zero mesmo em pelo menos um ingrediente. Pode ser gordura trans, lactose. E assim vai...

Pra ajudar a entender levamos uma nutricionista ao supermercado. De cara uma dica importante sobre o biscoito recheado.

“Neste biscoito light a gente vai ter 161 calorias por porção. Enquanto que no original você vai ter 156 calorias. São cinco calorias a menos que o produto light nos mesmos 3 biscoitos e meio”, diz Camila Garcia, nutricionista.

Neste caso, o light do rótulo significa que o biscoito tem mais de 25% de redução de açúcar, mas em compensação tem muito mais gordura. Por isso pra comprar certo, tem que ler tudo sim.

“Tem que ler mesmo para você saber o que está consumindo”, diz Melly d´agostinho, dama de companhia.


Fonte: G1
Monalisa Perroni - São Paulo

Paraíba registra a primeira morte pela nova gripe H1N1

A vítima era um homem que estava internado num hospital em João Pessoa, na Paraíba. Em SP, a secretaria da educação determinou a suspensão das aulas na rede pública estadual até 17 de agosto.

Nesta terça-feira foi anunciada a primeira morte por causa da nova gripe no Nordeste. Um homem que estava internado num hospital universitário em João Pessoa, na Paraíba.

“Ele era portador de uma doença pulmonar crônica, com várias descompensações. Ele tinha história de insuficiência respiratória, de outros episódios, de necessidade de respirador em outras ocasiões”, declara Neide Rodrigues, ajudante de cozinha.

Na região Sul, o governo do Rio Grande do Sul vai comprar respiradores e abrir mais leitos de UTI nos hospitais do interior, onde o número de casos é maior.

Em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, a prefeitura suspendeu a volta às aulas e proibiu eventos públicos.

Já no Paraná, o laboratório central do estado começa nesta terça a fazer exames para identificar o vírus da nova gripe. Antes isso era feito no Rio de Janeiro. O objetivo é que agora os resultados saiam em, no máximo, dois dias.

Funcionários com máscara na reunião com agentes da Vigilância Epidemiológica. Foi a única movimentação na creche municipal fechada depois de um surto da nova gripe.

Três funcionários estão com a doença e as aulas foram suspensas por 15 dias. Oitenta pessoas estão sendo monitoradas. As outras creches da cidade continuam funcionando, mas as mães estão preocupadas.

"Eu estou pensando em deixar ele em casa, ou então deixar ele de máscara na escola, porque está difícil”, diz uma mãe.

“A gente traz, mas fica preocupado com tudo isso que está acontecendo sobre essa gripe de hoje”, diz Manuel José Lima, porteiro.

Os funcionários de outra creche, próxima da que foi interditada, também estão assustados. “Porque o contagio é muito grande dentro de uma escola de educação infantil onde a criança permanece 12 horas”, diz Vera da Cunha Claro, monitora da creche.

A secretaria de saúde investiga ainda outros sete locais com possíveis surtos da doença em Campinas. São hotéis, empresas, um hospital e mais uma creche. Em cada um deles, pelo menos três pessoas estariam com a doença.

Em sete cidades da região as férias de escolas municipais foram prorrogadas por mais uma semana. Até agora foram registradas cinco mortes na região metropolitana de Campinas e outras doze ainda aguardam a confirmação dos exames.

Na tarde desta terça-feira, a secretaria da educação de São Paulo determinou a suspensão das aulas na rede pública estadual até 17 de agosto por causa da nova gripe.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ney Matogrosso canta Rosa de Hiroshima

Se eu fosse um Padre

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!


Mário Quintana

domingo, 26 de julho de 2009

Nando Cordel canta Gostoso Demais

Lavrador fica preso 11 anos sem ir à julgamento no Espírito Santo


O Conselho Nacional de Justiça descobriu o que considera ser um dos casos mais graves da história do Judiciário no país: o lavrador Valmir Romário de Almeida, 42, passou quase 11 anos preso no Espírito Santo sem nunca ter sido julgado.

Valmir é acusado de ter matado com uma machadada na cabeça um ex-cunhado, em 1998. Passou por quatro presídios e não teve direito de sair da prisão nem mesmo para o enterro da mãe, em 2007. O tempo que ficou na cadeia é um terço da pena máxima que pode ser aplicada no Brasil (30 anos).

Seu advogado, um defensor público da cidade de Ecoporanga (328 km de Vitória), sempre alegou que ele tinha problemas psiquiátricos, mas nunca pediu um habeas corpus. Valmir confessou o crime e disse à polícia que matou o ex-cunhado porque um dia apanhou dele.

Se tivesse sido julgado e condenado, pelo tempo que passou na cadeia, Valmir já teria direito a progressão de regime -cumprir o resto em prisão aberta (com a obrigação de se apresentar frequentemente ao juiz) ou semiaberta (quando só dorme na penitenciária).

O lavrador só saiu da prisão em maio, quando um assessor jurídico recém nomeado para o presídio em que ele estava, debruçou-se sobre uma pilha de casos e ficou sensibilizado. Em dez dias, conseguiu libertá-lo.

Embora seja considerado recorde no país, o caso de Valmir não é único. Segundo o CNJ, 42,9% dos 446,6 mil presidiários cumprem prisão provisória. A situação vem se agravando. Em 1995, menos de um terço (28,4%) dos 148,7 mil presos não tinham sido julgados.

Outros casos excepcionais foram encontrados pelo CNJ. No Maranhão uma pessoa ficou oito anos presa quando sua pena era de quatro anos. No Piauí e em Pernambuco, foram encontrados presos que já haviam sido absolvidos pela Justiça.

"Criou-se um mundo a parte. Nesse caso (do lavrador) falharam todos do sistema judicial", diz o presidente do CNJ, Gilmar Mendes.

Para Paulo Brossard, ex-ministro do STF e da Justiça, alguém ficar detido por 11 anos sem ser julgado é inaceitável.

Marcas

Os quase 11 anos de prisão deixaram sequelas em Valmir. A família diz que ele saiu do presídio "mais maluco". "Ele não consegue trabalhar e não fala coisa com coisa", diz a irmã Sirlene de Almeida.

Livre, o lavrador ficou um mês na casa da irmã em Ecoporanga. Em junho, foi para Vitória ver um irmão, que não queria recebê-lo. "Coloquei ele no ônibus no mesmo dia que chegou", diz o irmão João Batista.

Desde então, Valmir não foi mais visto. Como assinou na Justiça um termo se comprometendo a não sair da cidade, agora é considerado foragido. Detalhe, o julgamento ainda não foi marcado.


Fonte:
AFONSO BENITES
do enviado especial da Folha de S.Paulo a Ecoporanga (ES)

O exemplo de Incitatus


Nos conta a história que Calígula (Gaius Caesar Germanicus), terceiro imperador de Roma, numa extravagância de fazer inveja a alguns políticos atuais, nomeou seu cavalo favorito, Incitatus, para compor o Senado.

O ato, inusitado, provocou profundo mal-estar entre os senadores e o patriciado do Império Romano, mas a idéia do imperador louco não foi tão desastrosa assim, ao menos para a administração pública da época. Ao que se sabe, Incitatus jamais atentou contra o erário, não consta que conhecesse um só lobista de empreiteira, não tinha fazendas, não nomeou nenhum parente para o seu gabinete, não praticou atos secretos nem traficava com sua influência política e não forjava papéis (em seu tempo o papel ainda não existia.)

Como se vê, ao menos em termos éticos, parece que o cavalo romano deixou algumas lições para a posteridade.

sábado, 25 de julho de 2009

STF pode suspender processos de poupadores

Depois de um intenso lobby do Ministério da Fazenda e do Banco Central, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) já admitem nos bastidores que estão "sensibilizados" com o argumento do governo contrário ao pagamento de indenizações a poupadores da caderneta de poupança que foram prejudicados por regras de planos econômicos da década de 80 e do início dos anos 90.

Ministros ouvidos pela Folha já não descartam a possibilidade de o plenário do STF conceder uma liminar que paralise todas as ações judiciais em tramitação no país até que o tribunal decida como deve ser calculada a correção das cadernetas existentes no lançamento dos planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).

O governo escalou um time de primeira grandeza para tentar fazer valer seu argumento. O ministro Guido Mantega (Fazenda) esteve pessoalmente com os ministros do STF. O mesmo fizeram o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli.

Foi depois de toda essa movimentação que o ministro Ricardo Lewandowski decidiu levar a discussão para o plenário do STF. Em março, o ministro negou liminar à Consif (Confederação Nacional do Sistema Financeiro), que pedia a paralisação das ações.

Pelas regras do STF, só haveria necessidade de os outros dez ministros confirmarem essa decisão se Lewandowski houvesse concedido a liminar. A Justiça tem dado ganho de causa aos poupadores. As ações mais comuns estão ligadas aos planos Bresser e Verão.


Fonte: site do Ricardo Noblat

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Perla canta Pequenina

Quem viveu os dourados anos 70, certamente não se esquece dela. Perla encantou toda a nossa geração e embalou os nossos sonhos ao som de "Pequenina" e muitos outros sucessos como "Galopeira", "Índia" e "Una paloma blanca".

A canção "Pequenina", é uma versão adaptada da original gravada pelo fantástico grupo ABBA, também extinto.

Que saudades!!!

Épico indicado ao Oscar retrata juventude de Genghis Khan


O mito antes do mito. Este é o foco de "O Guerreiro Genghis Khan", o épico do diretor russo Sergei Bodrov ("O Prisioneiro das Montanhas") que recria a biografia do famoso conquistador mongol (1162-1227), focalizando seu período de transformação no temido e implacável líder. A produção foi indicada ao Oscar de filme estrangeiro em 2008.

O roteiro, do próprio Bodrov e de Arif Aliyev (também parceiro em "O Prisioneiro das Montanhas"), segue o personagem desde a infância, quando ele ainda era conhecido por seu nome, Temudgin (Odnyam Odsuren). É o ano de 1172 e o garoto tem nove anos. Filho de um chefe tribal (Ba Sen), o menino tem sua vida drasticamente mudada por uma tragédia - seu pai é envenenado por um clã rival e os próprios servidores voltam-se contra ele. Por pouco, Temudgin não é morto.

O garoto torna-se fugitivo. Errando pelas estepes nevadas, é ajudado por outro menino, Jamukha (Amarbold Tuyshinbayar). Começa aí uma amizade profunda, que leva os dois a tornarem-se irmãos de sangue. No futuro, essa amizade será desfeita, pois Temudgin (adulto, interpretado pelo ator japonês Tadanobu Asano, de "Zatoichi") e Jamukha (agora, o ator chinês Honglei Sun, de "O Caminho para Casa") se tornarão rivais de morte.

Outra figura essencial na vida de Temudgin é sua mulher, Borte (interpretada pela estreante mongol Khulan Chuluun). Escolhida ainda criança, como era o hábito da época, pelo próprio menino na fatídica viagem que culminou com a morte do pai dele, Borte será sempre uma companheira e conselheira disposta aos maiores sacrifícios para segui-lo - como ela demonstra ao ir ao seu encontro, quando Temudgin passa longo período preso no reino de Tangut. Uma prisão que foi resultado de um primeiro confronto como o ex-irmão de sangue, Jamukha.

Filmado em locações entre o Cazaquistão, a China e a Mongólia, o filme, que estreia em circuito nacional, exigiu uma logística notável. O motivo é que retrata inúmeras batalhas a cavalo, exigindo a participação de centenas de dublês e figurantes, sem contar pesados figurinos e armas de época.


Fonte: Reuters
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Ne Me Quitte Pas - Nina Simone

Pássaro pega mau hábito do dono e é viciado em cigarro

Se não fumar, pelo menos, três vezes por dia, ave fica insuportável.

O pássaro myna chamado "Xi Zi" pegou o mau hábito de fumar de seu proprietário, o chinês Zhang Li, que mora na cidade de Xuzhou, segundo o jornal inglês "The Sun".

"Assim que ele me vê de manhã, a primeira coisa que ele diz é que quer um cigarro", disse Li, destacando que seu pássaro de estimação ficou viciado em nicotina.

No início, segundo o dono, o pássaro se contentava com a metade de um cigarro por dia, mas, agora, se não fumar, pelo menos, três vezes por dia, ele fica insuportável.

Assim como os papagaios, os pássaros da espécie myna, muito comuns na Ásia, conseguem aprender a falar.

Fonte: G1

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Kate Bush canta Wuthering Height - Indicação do internauta e colaborar Dagvan Formiga

O que é sensibilidade?

Chamamos sensibilidade ao conjunto de nossos sentimentos e sensações e ao modo como os experimentamos.

Nossa sensibilidade pode ser mais bruta ou mais elaborada. Podemos, entretanto, dizer que alguém não tem sensibilidade. Neste caso, nos referimos às pessoas que denominamos de “frias” e que, em geral, pensamos ser aquelas que fazem um uso mais assíduo da razão. Usamos a metáfora da frieza em oposição à outra bem conhecida, a que se refere ao calor dos sentimentos. Assim expressamos que os sentimentos aproximam, enquanto a razão afasta; eles aconchegam, enquanto ela põe limites. O sentimento é, por sua vez, o mais íntimo de cada um, algo que não se pode comunicar, por isso, os artistas procuram “expressões” para eles. O esforço de compreensão dos sentimentos é sempre poético e intuitivo.

A clássica oposição entre razão e sensibilidade, que culminou na filosofia e na literatura dos séculos XVIII e XIX, é o fruto da necessidade de sistematização das faculdades humanas, mas também obedece a um fator antropológico que coloca a razão como hierarquicamente superior aos demais atributos e capacidades humanos.

A sensibilidade envolve também a questão das sensações. Sensação é a informação que os sentidos recebem do mundo exterior ao corpo. Os gregos usavam a palavra Aisthesis para significar a sensação em geral ou a capacidade de perceber. Depois, e ao longo da tradição filosófica, tais informações seriam trabalhadas pela razão capaz de recolher os dados confusos e elaborar conceitos e juízos a partir deles. Platão pensava que a sensação era uma capacidade humana insuficiente para o alcance da verdade. Baumgarten usará o termo dos gregos para fundar no século XVIII a disciplina chamada “Estética” que se ocupará, segundo ele, do conhecimento dos sentidos.

Sensações são o que podemos conhecer por meio de nossos sentidos, ou seja, o que sabemos, em última instância, por meio de nosso corpo. Por isso, podemos pensar que o corpo inteiro, e não apenas os tradicionais cinco sentidos, é um lugar de conhecimento. Todavia, podemos não prestar atenção ao que informam os sentidos, em outras palavras, ao que diz o nosso corpo. Por exemplo, não costumamos prestar atenção ao que ocorre conosco quando dançamos. Sensibilidade é também a capacidade de perceber e interpretar as nossas sensações.

Os filósofos antigos já procuravam explicações para o mistério da sensação tão importante também para os modernos e até hoje, para nós. As sensações, como os sentimentos, também foram desvalorizadas. É com os filósofos que tem a razão como instrumento de trabalho na compreensão do mundo que temos a fundamentação do preconceito contra a sensibilidade. O trabalho do conceito com o qual se ocuparam resultou em falta de atenção à produção da sensibilidade. Mas nem todos foram desatentos a isso: Rousseau, no século XVIII falava que era preciso formar o homem sensível para que ele pudesse ser racional. É preciso, neste ponto, saber da importância da “educação artística” que mais do que um treinamento para as artes deve ser um trabalho na formação da sensibilidade baseada na atenção aos sentidos, aos sentimentos e ao corpo.

Tal posição é a que devemos defender hoje: a sensibilidade é uma categoria do conhecimento e uma categoria política. Ela é a base, a via de acesso ao mundo externo ao nosso corpo, o modo como se estabelece nossa relação com as coisas, justamente por ser um modo como experimentamos nosso corpo e os demais corpos. É o modo como olhamos para as coisas, como ouvimos, mas também como as pensamos.

O que melhor resume a sensibilidade é que ela é uma capacidade de ter atenção às coisas, o modo como nos dispomos ao que não somos e não conhecemos. O uso da razão, a produção do pensamento, depende desse gesto inicial de disposição, que envolve silêncio, a boa passividade e a escuta. O esforço de cada um, de todos os seres que sentem e usam a razão (sejam profissionais das artes, da filosofia, ou não), deve ser o de reunir, estabelecer pontes, reintegrar as capacidades. Toda nossa relação com a natureza e com o outro – além da relação com nosso próprio corpo, nosso próprio eu - depende deste esforço de integração do que está separado.


Marcia Tiburi

terça-feira, 21 de julho de 2009

Homenagem a Pombal

Fonte: youtube.com

Maringá, pelo violeiro Roberto Côrrea - Parabéns Pombal

A caixa de brinquedos

A vida não se justifica pela utilidade. Ela se justifica pelo prazer e pela alegria.

A idéia de que o corpo carrega duas caixas – uma de ferramentas e uma de brinquedos –me apareceu quando lia um antiqüíssimo texto de Santo Agostinho.

Santo Agostinho disse do jeito dele. Eu digo do meu jeito, depois de havê-lo devorado e digerido. Ele disse na grave linguagem dos teólogos e filósofos. E eu digo a mesma coisa na leve linguagem do riso. Pois ele disse que todas as coisas que existem se dividem em duas ordens distintas.

A ordem do uti (ele escrevia em latim) e a ordem do frui. Uti, útil, utilizável, utensílio: uma coisa de se usa para obter outra. Frui, fruir, usufruir, desfrutar, amar uma coisa por causa dela mesma.

A ordem do uti é o lugar do poder. As ferramentas são inventadas para tornar o corpo mais poderoso. A ordem do frui, ao contrário, é a ordem do amor. As coisas dessa ordem não são ferramentas, não servem para nada, não são úteis, não são para serem usadas; existem para serem gozadas.

Faz tempo preguei uma peça num grupo de cidadãos da terceira idade. Velhos aposentados, inúteis. Comecei a minha fala solenemente. “Então os senhores e as senhoras finalmente chegaram à idade em que são totalmente inúteis ...” foi um pandemônio! Ficaram bravos e trataram de apresentar as provas da sua utilidade. Da sua utilidade dependia o sentido de suas vidas.

Comecei, então, mansamente, a argumentar. “Então vocês encontram sentido para suas vidas na utilidade... vocês são ferramentas. Não serão jogadas no lixo. Vassouras, mesmo velhas, são úteis. Uma música do Tom Jobim é inútil. Não há o que se fazer com ela. Os senhores e as senhoras estão me dizendo que se parecem mais com as vassouras que com a música do Tom... papel higiênico é muito útil. Mas um poema de Cecília Meireles é inútil. Não há o que fazer com ele. Os senhores e as senhoras estão me dizendo que preferem a companhia do papel higiênico à companhia do poema da Cecília...”

De repente os seus rostos se modificaram e compreenderam... A vida não se justifica pela utilidade. Ela se justifica pelo prazer e pela alegria. E foi precisamente isso que disse Santo Agostinho. As coisas da caixa de ferramenta nos dão meios para viver. Mas elas não nos dão razões para viver.

Coisas inúteis que dão prazer tem o nome de “brinquedos”. Armar quebra-cabeças, empinar pipas, rodar pião, jogar xadrez, bilboquê, jogar sinuca, dançar, ler um conto, ver caleidoscópio não levam a nada. Não existem para levar a coisa alguma. Quem está brincando já chegou. Compare a intensidade das crianças brincando com o seu sofrimento ao fazer fichas de leitura. Afinal de contas, para que servem as fichas de leitura? São úteis? Dão prazer?

Arte e brinquedo são a mesma coisa: atividades inúteis que dão prazer e alegria. Poesia, música, pintura, escultura, dança, teatro, culinária, são brincadeiras que inventamos para que o corpo encontre a felicidade, ainda que em breves momentos de distração, como diria Guimarães Rosa.

Assim vocês, professores e professoras, ao tentar ensinar algo aos seus alunos, devem se perguntar: isso é útil? Se não for útil tem de ser brinquedo... faz os alunos sorrir? Esse é o resumo da minha filosofia da educação.

P.S.: você é ferramenta ou brinquedo?


Rubem Alves

A carta


Meu caro poeta,

Por um lado foi bom que me tivesses pedido resposta urgente, senão eu jamais escreveria sobre o assunto desta, pois não possuo o dom discursivo e expositivo, vindo daí a dificuldade que sempre tive de escrever em prosa. A prosa não tem margens, nunca se sabe quando, como e onde parar. O poema, não; descreve uma parábola tracada pelo próprio impulso (ritmo); é que nem um grito. Todo poema é, para mim, uma interjeição ampliada; algo de instintivo, carregado de emoção. Com isso não quero dizer que o poema seja uma descarga emotiva, como o fariam os românticos. Deve, sim, trazer uma carga emocional, uma espécie de radioatividade, cuja duração só o tempo dirá. Por isso há versos de Camões que nos abalam tanto até hoje e há versos de hoje que os pósteros lerão com aquela cara com que lemos os de Filinto Elísio. Aliás, a posteridade é muito comprida: me dá sono. Escrever com o olho na posteridade é tão absurdo como escreveres para os súditos de Ramsés II, ou para o próprio Ramsés, se fores palaciano. Quanto a escrever para os contemporâneos, está muito bem, mas como é que vais saber quem são os teus contemporâneos? A única contemporaneidade que existe é a da contingência política e social, porque estamos mergulhados nela, mas isto compete melhor aos discursivos e expositivos , aos oradores e catedráticos. Que sobra então para a poesia? - perguntarás. E eu te respondo que sobras tu. Achas pouco? Não me refiro à tua pessoa, refiro-me ao teu eu, que transcende os teus limites pessoais, mergulhando no humano. O Profeta diz a todos: "eu vos trago a verdade", enquanto o poeta, mais humildemente, se limita a dizer a cada um: "eu te trago a minha verdade." E o poeta, quanto mais individual, mais universal, pois cada homem, qualquer que seja o condicionamento do meio e e da época, só vem a compreender e amar o que é essencialmente humano. Embora, eu que o diga, seja tão difícil ser assim autêntico. Às vezes assalta-me o terror de que todos os meus poemas sejam apócrifos!

Meu poeta, se estas linhas estão te aborrecendo é porque és poeta mesmo. Modéstia à parte, as disgressões sobre poesia sempre me causaram tédio e perplexidade. A culpa é tua, que me pediste conselho e me colocas na insustentável situação em que me vejo quando essas meninas dos colégios vêm (por inocência ou maldade dos professores) fazer pesquisas com perguntas assim: "O que é poesia? Por que se tornou poeta? Como escrevem os seus poemas?" A poesia é dessas coisas que a gente faz mas não diz.

A poesia é um fato consumado, não se discute; perguntas-me, no entanto, que orientação de trabalho seguir e que poetas deves ler. Eu tinha vontade de ser um grande poeta para te dizer como é que eles fazem. Só te posso dizer o que eu faço. Não sei como vem um poema. Às vezes uma palavra, uma frase ouvida, uma repentina imagem que me ocorre em qualquer parte, nas ocasiões mais insólitas. A esta imagem respondem outras. Por vezes uma rima até ajuda, com o inesperado da sua associação. (Em vez de associações de idéias, associações de imagem; creio ter sido esta a verdadeira conquista da poesia moderna.) Não lhes oponho trancas nem barreiras. Vai tudo para o papel. Guardo o papel, até que um dia o releio, já esquecido de tudo (a falta de memória é uma bênção nestes casos). Vem logo o trabalho de corte, pois noto logo o que estava demais ou o que era falso. Coisas que pareciam tão bonitinhas, mas que eram puro enfeite, coisas que eram puro desenvolvimento lógico (um poema não é um teorema) tudo isso eu deito abaixo, até ficar o essencial, isto é, o poema. Um poema tanto mais belo é quanto mais parecido for com o cavalo. Por não ter nada de mais nem nada de menos é que o cavalo é o mais belo ser da Criação.

Como vês, para isso é preciso uma luta constante. A minha está durando a vida inteira. O desfecho é sempre incerto. Sinto-me capaz de fazer um poema tão bom ou tão ruinzinho como aos 17 anos. Há na Bíblia uma passagem que não sei que sentido lhe darão os teólogos; é quando Jacob entra em luta com um anjo e lhe diz: "Eu não te largarei até que me abençoes". Pois bem, haverá coisa melhor para indicar a luta do poeta com o poema? Não me perguntes, porém, a técninca dessa luta sagrada ou sacrílega. Cada poeta tem de descobrir, lutando, os seus próprios recursos. Só te digo que deves desconfiar dos truques da moda, que, quando muito, podem enganar o público e trazer-te uma efêmera popularidade.

Em todo caso, bem sabes que existe a métrica. Eu tive a vantagem de nascer numa época em que só se podia poetar dentro dos moldes clássicos. Era preciso ajustar as palavras naqueles moldes, obedecer àquelas rimas. Uma bela ginástica, meu poeta, que muitos de hoje acham ingenuamente desnecessária. Mas, da mesma forma que a gente primeiro aprendia nos cadernos de caligrafia para depois, com o tempo, adquirir uma letra própria, espelho grafológico da sua individualidade, eu na verdade te digo que só tem capacidade e moral para criar um ritmo livre quem for capaz de escrever um soneto clássico. Verás com o tempo que cada poema, aliás, impõe sua forma; uns, as canções, já vêm dançando, com as rimas de mãos dadas, outros, os dionisíacos (ou histriônicos, como queiras) até parecem aqualoucos. E um conselho, afinal: não cortes demais (um poema não é um esquema); eu próprio que tanto te recomendei a contenção, às vezes me distendo, me largo num poema que vai lá seguindo com os detritos, como um rio de enchente, e que me faz bem, porque o espreguiçamento é também uma ginástica. Desculpa se tudo isso é uma coisa óbvia; mas para muitos, que tu conheces, ainda não é; mostra-lhes, pois, estas linhas.

Agora, que poetas deves ler? Simplesmente os poetas de que gostares e eles assim te ajudarão a compreender-te, em vez de tu a eles. São os únicos que te convêm, pois cada um só gosta de quem se parece consigo. Já escrevi, e repito: o que chamam de influência poética é apenas confluência. Já li poetas de renome universal e, mais grave ainda, de renome nacional, e que no entanto me deixaram indiferente. De quem a culpa? De ninguém. É que não eram da minha família.

Enfim, meu poeta, trabalhe, trabalhe em seus versos e em você mesmo e apareça-me daqui a vinte anos. Combinado?


Mario Quintana

Sobre a morte e o morrer


O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?

Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.


Rubem Alves

Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3.

Como Comecei a Escrever


Já contei em uma crônica a primeira vez que vi meu nome em letra de forma: foi no jornalzinho "O ltapemirim", órgão oficial do Grêmio Domingos Martins, dos alunos do colégio Pedro Palácios, de Cachoeiro de Itapemirim. O professor de Português passara uma composição "A Lágrima" — e meu trabalho foi julgado tão bom que mereceu a honra de ser publicado.

Eu ainda estava no curso secundário quando um de meus irmãos mais velhos — Armando — fundou em Cachoeiro um jornal que existe até hoje — o "Correio do Sul". Fui convidado a escrever alguma coisa, o que também aconteceu com meu irmão Newton, que fazia principalmente poemas.

Eu escrevia artigos e crônicas sobre assuntos os mais variados; no verão mandava da praia de Marataizes uma crônica regular, chamada "Correio Maratimba". Quando fui para o Rio (na verdade para Niterói) por volta dos 15 anos, mandava correspondência para o Correio. Continuei a fazer o mesmo em 1931, quando mudei para Belo Horizonte.

A essa altura meu irmão Newton trabalhava na redação do "Diário da Tarde" de Minas. Em começo de 1932 ele deixou o emprego e voltou para Cachoeiro; herdei seu lugar no jornal.

Passei então a escrever diária e efetivamente, e fui aprendendo a redigir com os profissionais como Octavio Xavier Ferreira e Newton Prates. Quando terminei meu curso de Direito, resolvi continuar trabalhando em jornal.

Fazia crônicas, reportagens e serviços de redação. Ainda em 1932 tive uma experiência bastante séria: fuI fazer reportagem na frente de guerra da Mantiqueira missão aventurosa porque a direção de meu jornal'era favorável à Revolução Constitucionalista dos paulistas, e eu estava na frente getulista. Acabei preso e mandado de volta.

A essa altura eu já era um profissional de imprensa, e nunca mais deixei de ser.


Rubem Braga

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pesquisa revela que casamento engorda


Uma pesquisa decide esclarecer, de uma vez por todas, a polêmica que acompanha todo casal: casamento engorda?

A pesquisa da universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, divulgada este mês, ouviu sete mil homens e mulheres casadas. E concluiu: o perigo está nos primeiros dois anos do casamento. É principalmente nesse período que os casais têm o dobro de chance dos solteiros de se tornarem obesos.

"A maioria das pessoas que eu conheço depois que casam engordam” , diz a auxiliar de escritório Valeska Dahan, que tem três anos de casada.

"A tendência é engordar mesmo, porque o sedentarismo toma conta de quem é casado", afirma o estilista Alan Neves.

"Se você for fazer uma estatística, as mulheres engordam mais do que os homens”, diz o psicanalista Paulo Lessa.

"A mulher tem uma tendência a beliscar mais do que o homem. A pessoa se sente mais segura no afeto. Já tem alguém que goste dela e relaxa em termos físicos, em termos de aparência", acrescenta o psicanalista.

A pesquisa confirma a tese do psicanalista. Entre os dois principais motivos para os casais engordarem depois do casamento, ela destaca: por já terem um parceiro definido, as pessoas deixam de se cuidar. E ainda: as refeições se tornam um momento importante na vida do casal.

"Ela faz comidas gostosas para me agradar. Eu faço para ela. E aí, a gente acaba engordando", conta o inspetor de qualidade Marcelo Almeida.


Fonte: G1

domingo, 19 de julho de 2009

Paulo Diniz - Pingos de Amor

Cômodo (180 a 192 d.C)


Marco Aurélio Cômodo Antonino, filho do Imperador Marco Aurélio e de sua mulher Faustina, nasceu em 161 d.C, em Lanuvium. Participou de campanhas militares com seu pai, ao longo da fronteira com o Danúbio. Quando seu pai morreu, ele estava com 19 anos e logo depois de ser aclamado Imperador, trocou seu nome para Lucio Vero Aurelio Cômodo.

Começou seu reinado fazendo concessões às tribos do norte, e entrou em acordo com os germânicos. Seu interesse era obter ao menos uma trégua, pois queria começar os preparativos para os funerais de seu pai. A paz, depois de vinte anos de guerras, agradou ao povo de Roma, que o saudou alegremente, acreditando que ele faria um governo tão bom quanto seu pai.

Mas sua decisão de liberar as províncias ao longo da fronteira com o Danúbio não agradou ao Senado nem à classe dominante que via nessa interrupção das batalhas e manutenção ou conquistas de novos territórios, a perda de cargos e benefícios. A corrupção passou a ser comum, inclusive nos tribunais, o que até então fora impensável. A péssima fama de Cômodo, considerado o pior imperador romano, talvez tenha surgido daí, mas muito contribuiu para isso, sem dúvida, sua vida pessoal desregrada.

Assim como sua arrogância e vaidade. Rebatizou Roma Colônia Comodiana; começou a se vestir como o herói grego Hercules, chegou a comparecer ao Senado vestido assim e dizem que adotou oficialmente o titulo de Hercules em 192 d.C.

Apaixonado por lutas, entrava na arena e lutava com os mais temidos gladiadores e até contra feras, apenas para mostrar ao povo sua coragem e força. “Vencia” todas as batalhas, é claro, fazendo de si mesmo um mito, como era seu objetivo.

Rebatizou os meses do ano; passou a chamar os Romanos de Comodianos, o senado de Afortunado Senado Comodiano, a frota que fazia o transporte do trigo da África para Roma de Comodiana Togada de Alexandria e intitulou o dia em que trocara todos os nomes de Dia Comodiano.

Foi tolerante com os cristãos, mas também não se apercebeu que os novos ideais religiosos começavam a superar o poder imperial. Muitos atentados foram feitos contra sua vida, até que, com a ajuda de sua amante Márcia, o campeão de lutas Narciso o estrangulou no banho, em 31 de dezembro de 192 d.C.

Seu busto é dos mais interessantes: além da pele do leão da Neméia, podemos ver os outros símbolos dos 12 trabalhos de Hércules.


Fontes: www.museicapitolini.org/ - www.roman-emperors.org/commod.htm

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O homem da luz


Há pessoas que por sua natureza parecem ter eternamente pousada sobre o ombro uma borboleta. E a gente fica distante, longe a admirá-las, munido, quem sabe, de extremo sentimentalismo, com receio de calcular uma aproximação mais ruidosa e desfazer o encanto arribando num voo a mariposa. Seu Joaquim é uma dessas criaturas admiráveis que a gente vive a cercar com os olhos, porém, em respeitosa distância. Mas outro dia, com o devido cuidado, peculiar e próprio aos naturalistas, cuidei de encurtar essa lonjura e tratei de ter com ele um bocadinho de prosa, uma chance de desvendar aquele encanto e conhecer melhor o “homem da luz.” Uma conversa divorciada dos relógios, sem tempo para intervalos nem interrupções, exceto pelo insistente canto de um pássaro craúna que teimava em também querer fazer parte daquele diálogo, não fosse o óbice de sua gaiola pendurada numa parede sonorizando os afazeres domésticos de D. Nedina.

“O tempo é uma rede de balanço que nos embala de lá pra cá”, já vaticinava o poeta repentista. É impossível prosseguir adiante sem se reportar ao passado, sobretudo, quando o passado é o alicerce do presente e exemplo para o futuro. A conversa se deu numa tarde, assim como naquela tarde de Pombal em que outubro agonizava na quentura ardida do sertão, nos idos de 1950, onde, a passos firmes, caminhava pelas ruas da cidade um jovem alto, esguio, magro, aparentando 21 anos de idade, indo em direção a casa do motor da luz, para às 17:30 horas acioná-lo distribuindo luminescência às vielas e logradouros do outrora Arraial de Piranhas. Com a luz nos postes de madeira a alumiar a rua podia-se encompridar uma conversinha até mais tarde na calçada do vizinho ou dar motivos para o debulhe de um carteado até as 23:00 horas, nem um tempinho a mais que isso. Cinco minutos antes daquele mundaréu de luz se escurecer de vez, o jovem Joaquim Cândido da Silva, tinha o cuidado de dar uma piscadela nas lâmpadas, desligando e religando o velho motor da luz movido a óleo. Era o sinal do recolhimento às suas casas naquela gleba do sertão, o prenúncio de muitos “até amanhã comadre”, o fim do jogo de ludo ou de baralho e derradeira oportunidade para o primeiro ou último beijo dos namorados na pracinha da matriz. Era a hora de apagar a luz! Somente a lua, teimosa, serena como ela é pendurada lá no céu, e um sem-número de estrelas, assumiam a responsabilidade de clarear a noite a partir dali.

Esse era o cenário das tantas noites de antigamente na cidade de Pombal. Luz, apenas das 17:30 às 23:00 horas, intervalo luminoso para os passeios dos casais, homens, mulheres e crianças. E seu Joaquim, de certa forma, era um dos responsáveis por esta claridade mágica movida à óleo.

Como tantos outros timoneiros, o jovem que clareava a cidade, aqui aportou ainda muito cedo, aos três anos de idade, vindo da zona rural da cidade de Paulista-PB, numa época em que os caminhos pareciam mais longos, viagens difíceis, feitas a pé ou em montaria. O menino Joaquim optou pela montaria. Viajou dia e meio escambichado no ombro do seu cunhado Henrique. Trajeto impensável para uma criança de tão tenra idade, mesmo em montaria, enfrentando as intempéries do tempo, o vermelhidão da planície sertaneja e o peso cansado das alpercatas. O sol os castigavam e esgotavam suas forças, revigoradas à noite nalguma areia fofa de riacho seco ou ao abrigo das folhagens dos juazeiros, rodeados de xiquexique e mandacarus. O calendário denunciava o ano de 1932.

Já em Pombal, Joaquim Cândido ingressou nos bancos escolares prolongando os estudos até a 4ª série primária, ano em que foi aluno da professora D. Jardilina Pereira Nóbrega. Apesar das “poucas letras” não esquece de D. Aurora, sua primeira professora, tampouco lhe foge a memória D. Marta e Marieta que lhe mostraram a conjugação das palavras e o sentido das frases no 1° e 2° ano primários, respectivamente, na escola dirigida pelo professor e historiador Wilson Nóbrega Seixas, cujos recursos pedagógicos eram a palmatória de cumaru, a cartilha do abc e a cartilha do povo. Nada mais que isso!

Aos 22 anos, o “homem da luz”, cedeu aos encantos de uma morena que lhe rendeu um namoro que enfatizava ele ter começado na praça Getúlio Vargas, devagarzinho e se estendeu sem pressa durante quatro anos, para em 1951, depois de galanteios e serenatas, desposar Francisca Benigno de Sousa, a sua “Chiquinha”, como carinhosamente se reporta, que lhe daria filhos e um remanso tranqüilo de paz e bem querer.

Com o passar dos anos e a chegada da energia elétrica vindo de Coremas-PB para clarear Pombal, o “homem da luz” arribou em direção a outros ofícios, alguns nascidos da experiência da lida mecânica com o velho e aposentado motor da luz movido a óleo, com cinco cavalos de potência, 600 rotações e um alternador, pertencente ao Major Arruda, razão porque não foi dificultoso tornar-se um eletricista, pois se de um lado tinha a convivência prática com o ofício, por outro, se detinha com os ensinamentos dos companheiros Saturnino e Davi, que também eram responsáveis pelo motor a óleo.

Já aos 25 anos de idade e casado, trabalhou na usina de algodão de Paulo Pereira Vieira; laborou com Vicente Farias na construção de bombas manuais de puxar água; foi comerciante no ramo de venda de materiais elétricos e peças de bicicletas na Casa Vênus, loja de sua propriedade, além de ter sido sócio em uma das marcenarias mais antigas da cidade.

Em Cajazeiras, no SENAI, aperfeiçoou a arte de consertar motores elétricos, instalando uma modesta oficina em sua própria casa.

Mais o périplo do “homem da luz” não parou por aí. Boêmio, tratou cedo em aprender as lições do maestro Eliseu Veríssimo, tornando-se músico com singular habilidade no trato com o clarinete e o saxofone. Integrou a banda de música municipal e em 1950 foi debulhar os dobrados na recepção ao presidente Getúlio Vargas na vizinha cidade de Sousa-PB.

Naquela época não existiam os “showmícios”, mas as campanhas eleitorais eram embaladas ao som de retretas de bandas musicais. Assim, o “homem da luz” se fez músico, animando comícios do Partido Social Democrático (PSD), dando sonoridade aos intervalos dos discursos de memoráveis políticos como Ruy Carneiro, Janduy, Azuil Arruda e Avelino.

“Família grande é família protegida”, sentencia o nordestino. As adversidades do tempo e as intempéries da natureza tornam o homem sertanejo um forte, desbravador na mais íntima concepção da palavra. Sua pujança e fortaleza são indomáveis e se exterioriza até na procriação. Seu Joaquim Cândido e sua “Chiquinha” tiveram nove filhos, cujos nomes teve o zelo e o cuidado de, um a um, citá-los todos: Ana Maria Benigno da Silva, Neuma Benigno da Silva, Maria do Socorro Benigno da Silva, Vera Lúcia Benigno da Silva, Maria Sueli Benigno da Silva, Joaquim Cândido da Silva Filho, Paulo Roberto Benigno da Silva, Gutemberg Benigno da Silva e Miriam Benigno da Silva. De quem mais gosta ? – De todos mestre! Aduziu ele, para em seguida se derramar numa lágrima, demonstração líquida dos sentimentos da alma, apego paternal ao agrado da filha “Socorrinha”. – Ela faz os meus dengos, está mais comigo, mestre! Justificou o “homem da luz”.

Apesar das “poucas letras”, atinou muito cedo a necessidade de oferecer educação aos filhos, não medindo esforços, Seu Joaquim e D. Chiquinha, viram, a muito suores, os filhos, pouco a pouco, caminharem com suas próprias pernas, trilharem seus caminhos, criarem asas por esses rincões de meu Deus.

Mas aquele jovem do motor da luz continuava a se encantar com tudo que lhe clareava a vista e, num arroubo de caixeiro viajante ou de mascate de ilusões, percorreu essas plagas com um projetor cinematográfico de marca RCA, 16mm, nas costas e alguns rolos de filmes nas mãos, e saiu por aí levando a alegria, a comédia e a tragédia da sétima arte, conduzindo cultura e entretenimento às cercanias do sertão, projetando filmes em escolas, clubes, associações, igrejas e onde fosse possível se acotovelar os expectadores. Mesmo em Pombal, onde já existia o Cine Lux, o “homem da luz” projetou roteiros, alguns deles pareciam contar-lhe a própria história.

Hoje aquele menino que aqui chegou conta com a idade de 80 anos e conservando a mesma lucidez de sempre, cercado pelo carinho dos filhos, o peso dos dias faz companhia à borboleta pousada no ombro. Percorre com certa dificuldade o seu pequeno e diário percurso entre a sua casa, a oficina do filho e as visitas a cunhada Nedina. Imposição do tempo talvez, capricho indolente e inexplicável dos anos que foram chegando, chegando, e se acomodando em seu corpo sem pedir licença nem explicações, e de inopino, sem consultar-lhe as horas, furtou-lhe o brilho dos olhos, logo a ele, o homem da luz!



Teófilo Júnior
Julho/2009

TRE-PB tem servidor premiado nos Estados Unidos

O servidor José Augusto de Oliveira Neto foi contemplado com o prêmio de melhor artigo (best paper award) da conferência IFIP/IEEE (International Workshop on BDIM), realizada em junho deste ano, em Nova York, Estados Unidos.

O evento reuniu pesquisadores e indústrias em torno da área de Gerência de Tecnologia de Informação Orientada por Métricas de Negócio e recebeu a submissão de 31 artigos oriundos de quatro continentes, sendo doze trabalhos selecionados para apresentação.

O artigo premiado de José Augusto, intitulado "Value-based IT Decision Support" (Decisões de TI baseadas no valor gerado para o negócio) é fruto do trabalho acadêmico de Doutorado em Informática na área de Gerência de Serviços de TI, desenvolvido na UFCG, com previsão para conclusão em março de 2010.

Desde março de 2008, José Augusto atua na consultoria de apoio à gestão e a implantação de práticas de sucesso no desenvolvimento de projetos da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.


Fonte: TRE-PB

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Adriano (117 a 138 d.C)


Adriano, nascido em 76 d.C., perdeu o pai aos 10 anos. Seu pai era primo de Trajano, que se tornou guardião e tutor do menor. Quando Adriano estava com 20 anos, seu tutor tornou-se Imperador. Sua carreira política foi rápida: aos 30 anos já era Cônsul Romano e aos 38, Governador da Síria.

Trajano faleceu em 117 d.C e Adriano o sucedeu. Imediatamente após sua ascensão como Imperador, Adriano ignorou e dispensou a consulta ao Senado, pois não esquecera uma conspiração dos senadores contra sua vida. Além dessa disputa com o Senado, ele não era benquisto pelo povo. Dedicou-se então à sua conquista: cortou impostos e organizou extravagantes jogos e lutas entre gladiadores. E deu continuidade à política criada por Nerva e aprimorada por Trajano: o auxílio às crianças de Roma.

O feito mais notável de seu reinado foram as viagens que empreendeu por todo o Império. Adriano acreditava que o Império não devia ser ampliado e que o importante era guardar as fronteiras que ocupava. Para isso construiu fronteiras e muralhas, sendo que uma delas pode ser vista ainda hoje: as conhecidas Muralhas de Adriano que ele fez erguer no norte da região que hoje corresponde à Grã-Bretanha.

Ele viajou por toda a extensão do Império, das Muralhas de Adriano até o Egito e a Grécia; criou o hábito de marchar com seu exército ao longo das fronteiras, quando ia de um lugar para outro, a fim de fiscalizar e treinar o exército que ocupava os fortes.

Sua relação homossexual com Antínoo foi fato marcante em sua vida e na vida do Império. Antínoo morreu durante uma travessia no Nilo e Adriano, enlouquecido pela dor, o divinizou e deu início a uma série de cultos para que o povo o adorasse. Além disso, batizou muitas cidades romanas com o nome de sua paixão.

Morreu em 138 d.C, aos 60 anos e foi com custo que seu herdeiro, Antonino, conseguiu que o Senado aceitasse sua divinização. Adriano foi Imperador de Roma por 20 anos e tem para si a honra de ter mantido o Império intacto.

O busto mostra Adriano com veste de general e com a armadura dos centuriões romanos, que tem no centro uma górgona. Em mármore branco, tem 90 cm de altura.


Fontes: www.museicapitolini.org/ - www.roman-emperors.org/hadrian.htm

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Carinhoso, Marisa Monte e Paulinho da Viola

Obra de Ariano Suassuna entra em cartaz no Santa Roza


Ambientada em um cenário castigado pela seca do sertão nordestino, a peça “O Rico Avarento” retoma a obra publicada em 1954 pelo poeta, dramaturgo e romancista paraibano Ariano Suassuna. O espetáculo que integra o projeto À Boca da Noite, desenvolvido pelo Setor de Cultura do SESC, estará em cartaz nesta terça-feira, 14, às 19h, no Teatro Santa Roza. A entrada é gratuita para os comerciários portando a carteira atualizada do SESC e custa R$ 3,00 (três) Reais para o público em geral.


“O Rico Avarento” é uma adaptação do Grupo Cara Dupla de Teatro, dirigida por Romildo Rodrigues, contando com elenco formado por Luciana Oliveira, Neto Alves e próprio Romildo Rodrigues. O texto de Ariano Suassuna é baseado na obra do escritor francês Moliére.

O espetáculo conta a história de um Coronel, rico e avarento, e Tirateima, um rapaz humilde que, por falta de emprego, aceita ser o mestre sala do Coronel. Dia após dia, Tirateima vai conhecendo o caráter avarento de seu patrão, o qual nega esmola e comida para os pobres e mendigos que vão até sua casa. Até que um dia, o rico avarento recebe uma visita inusitada: O chefe do inferno e seus “cães” vêm buscá-lo pelo seus pecados.

Já participaram este ano do projeto À Boca da Noite os espetáculos “Zezé no país das Maravilhas” do Novo Grupo de Comédia, com direção de Eduardo Guedes; “A Cantora Careca” do grupo experimental da UFPB, com direção de Guilherme Schulve; “A farsa do poder” da Cia Os Fodidário, dirigido pela professora da UFPB Cristina Streva; e “O Judas no Sábado de Aleluia” produzido pelo grupo Tenda de Teatro, com direção do Geraldo Jorge.

Cara Dupla

Os integrantes da Cara Dupla Cia de Teatro vem inovando no teatro paraibano com espetáculos como “As avarento de Scooby-doo”, “Os três segredos do castelo” – ambos infantis de 2005, numa adaptação de Romildo Rodrigues e direção de Wagner Nascimento; “As duas filhas de Francisca” (2006), texto de Romildo Rodrigues, direção Edilson Alves; “As branquelas em busca da fama” (2008), texto e direção Romildo Rodrigues; “Espantaram o espantalho”, texto Romildo Rodrigues e direção Tony Silva. Atualmente a Companhia está em cartaz, também, no teatro Santa Roza, com a nova montagem “Scooby-doo em game over”, com texto de Romildo Rodrigues e direção Wagner Nascimento.

Ariano Suassuna

Poeta, dramaturgo e romancista, Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa-PB, no ano de 1927. É no Sertão da Paraíba que Ariano passou boa parte da infância no município de Taperoá. Em 1942, a família Suassuna fixa-se em Recife, capital de Pernambuco. É em Recife que Ariano inicia a sua vida literária, com a publicação do poema Noturno, a 07 de outubro de 1945, no Jornal do Commercio. Ao ingressar na Faculdade de Direito, em 1946, liga-se ao grupo de estudantes que retoma, sob nova inspiração teórica, o Teatro do Estudante de Pernambuco (TEP). Em 1947, escreve a sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol.



Fonte:
Íntegra da Redação
WSCOM Online


Arte - Catedral de Estrasburgo


A cidade de Estrasburgo fica entre a França e a Alemanha. De todos os seus encantos talvez o mais exuberante seja a catedral gótica que impressiona pelo tamanho, pela magnífica arquitetura, pelos mais de 70 deslumbrantes vitrais, por sua torre em espiral com 141 metros de altura, pelo lindo órgão que tem um som celestial, pela rosácea deslumbrante e também pelo Relógio Astronômico em seu interior.

O famoso relógio de Estrasburgo foi montado pela primeira vez em 1352 e ficou conhecido como o Relógio dos Três Reis. Tinha lindas figuras e vários detalhes mecânicos tais como um calendário e um astrolábio. A principal imagem era a da Virgem com o Menino Jesus nos braços. Quando recebia a visita dos Reis Magos, a hora era anunciada por um dispositivo que fazia soar um sino. No início do século 14, parou de funcionar.
Foi restaurado duas vezes, cada vez de forma mais elaborada que a outra. Mas foi inteiramente desmontado em 1547, refeito em outro local dentro da catedral e recebeu o mecanismo que o transformou num dos relógios astronômicos mais perfeitos da Europa.

Dividido em três partes, fica encostado em uma das paredes da igreja como se fosse um grande altar. Desde o século 16 apresenta um globo celestial que mostra a posição do sol, da lua, das estrelas, um calendário perpétuo, e um dispositivo que mostra os eclipses por vir. Além, é claro, da linda procissão de figuras em madeira.

Depois da Revolução ficou parado até que, em 1843, Jean-Baptiste Schwilgué deu-lhe vida nova. Matemático, físico, relojoeiro e artista, esse mestre passou um ano preparando seus 30 ajudantes antes de começar a reconstrução do relógio. Trabalhou de 1838 a 24 de junho de 1843. O relógio foi reinaugurado em 31 de dezembro de 1842, mas o professor não estava satisfeito e trabalhou nele mais seis meses. Foi ele quem instalou em um relógio, ao que se saiba, o primeiro “computus” eclesiástico, que calcula as datas das festas móveis da religião cristã, dispositivo que ele criara em 1816.

A procissão das figuras acontece diariamente às 12:30 hs. Nesse exato momento os apóstolos começam a desfilar diante de Jesus Cristo. Quando é a vez de Pedro, ouve-se o bater de asas e o canto do galo. Mais em baixo, as diversas idades do homem, uma criança, um jovem, um adulto e um velho, passam pela imagem da Morte. Todas as figuras são esculpidas em madeira e impressionam pela beleza e perfeição dos movimentos.


Fonte: www.strasbourg.info/cathedral/
Larousse

sábado, 11 de julho de 2009

Por que alguns mictórios têm rodelas de limão e gelo?


Porque ajudam a diminuir o cheiro desagradável da urina. Muitas mulheres provavelmente não sabem, mas muitos bares têm essa combinação no banheiro masculino. O limão, que apresenta grande quantidade de óleo essencial, serve para mascarar o odor da urina. O fruto tem um aroma forte, capaz de esconder outros – por isso ele também é usado em desinfetantes e detergentes. Já o gelo usa outra tática contra o fedor. A temperatura baixa reduz a volatilidade de substâncias da urina como a amônia, responsáveis pelo desagradável cheirinho.

Mas ele ainda possui outras funções: o ambiente frio dificulta a proliferação de bactérias e a presença dos cubinhos de gelo diminui o fluxo de xixi para fora do mictório, já que a maioria dos homens gosta de “mirar” no gelo durante a operação. Normalmente, a técnica do gelo e limão – que também pode ser trocado por naftalina – é mais usada em banheiros de bares e casas noturnas, que, além de terem alta freqüência de usuários, contam com uma carga considerável de álcool misturada à urina. E o álcool descartado pelo corpo aumenta a concentração de amônia, substância que deixa o odor do xixi ainda mais forte.


Fonte: http://mundoestranho.abril.uol.com.br/cotidiano/pergunta_398768.shtml
por LUÍS JOLY

Vídeo erótico com vereadora do interior de SP vaza na web


Cenas de sexo gravadas no celular de um namorado casual em 2004, quando era enfermeira de um posto de saúde, transformaram a vida da atual vereadora Andrea Puríssimo e da tranquila Santo Anastácio, cidade de 20 mil habitantes localizada a 589 km da capital paulista.

O vídeo vazou para celulares e para a internet em maio, pouco depois de Andrea assumir seu primeiro mandato. O suplente de Andrea, Antônio Carlos dos Santos, pediu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, mas Andrea teve apoio dos colegas e a proposta foi rejeitada por unanimidade. "Por incrível que pareça, a maioria dos moradores ficou do meu lado e contra quem divulgou as imagens. Também tive apoio da minha filha, que embora tenha 12 anos, mostrou-se de uma maturidade incrível", disse Andrea.

Os advogados da vereadora entraram na quarta-feira (8) com ação na Justiça para garantir a retirada do vídeo da internet. Eles também querem identificar os computadores e vão pedir à polícia para investigar os endereços reais das pessoas que armazenaram e transmitiram as imagens.

"É uma coisa que aconteceu há muito tempo e acabou caindo na mão de gente interessada em me prejudicar. Foi uma coisa absurda e eu nunca imaginei passar por isso. Minha vida virou do avesso. Você não consegue imaginar a proporção que tomou", disse a vereadora ao G1.


Integrante de uma família religiosa, ela temeu apenas pela reação de seu irmão diante da exposição que o caso teve. "Eu estou falando com você agora, mas até semana passada eu só chorava", disse ela.

Andrea conta que teve um relacionamento casual com o rapaz que também aparece no video. "Não era um namorado, era um caso", disse ela.

O motorista Antônio Carlos dos Santos, que pediu a cassação de Andrea, afirma que o vídeo causou repercussão em toda a região e ele tinha obrigação de informar a Câmara."Requeri que montassem uma CPI para analisar o video e tomassem a decisão cabível", disse ele. "Alguns advogados me informaram que isso seria contra a lei, mas os vereadores arquivaram o meu requerimento", afirmou.

"Primeiro vi com a molecada na rua. Isso foi uma febre aqui. O meu menino chegou em casa com o celular. Foi um conhecimento que abrangeu toda a região. Se cogitou muito isso daí", afirmou Santos.

O advogado Leandro Martins Alves diz que ingressou na Justiça de Santo Anastácio com duas ações para obrigar dois endereços da internet a retirar o conteúdo relativo à vereadora, como também bloquear a transmissão de e-mails com arquivos do caso. "Conseguimos a antecipação de tutela e isso deve ser providenciado rapidamente", disse o advogado.

De acordo com ele, ainda não é possível determinar quem vazou o vídeo. "A Andrea simplesmente disse que foi buscar informações junto a quem também aparece no vídeo e ele diz que perdeu o celular. O vídeo simplesmente surgiu. Assim que ela assumiu, os vídeos começaram a aparecer", afirmou.


Fonte: G1