Possuída não só dos inocentes
Mas até dos viciosos, criminosos
De ter uma (...)
Sem constantemente analisar
O que vai no seu ser, essa pureza
Que faz a vida leve mesmo ao mais
Sério, que nunca nos de todo afasta
Da criança em nós, essa simplicidade
Perdi-a e só me resta um vácuo imenso
Que o pensamento friamente ocupa.
Medo da morte não; horror da morte.
Horror por ela ser, pelo que é
E pelo inevitável (...)
Fausto
- Tragédia Subjectiva. Fernando Pessoa. (Texto estabelecido por Teresa
Sobral Cunha. Prefácio de Eduardo Lourenço.) Lisboa: Presença, 1988. -
69.
1ª versão: “Primeiro
Fausto” in Poemas Dramáticos. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e
notas de Eduardo Freitas da Costa.) Lisboa: Ática, 1952 (imp.1966, p.88,
132).
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