quarta-feira, 31 de agosto de 2022


Segundo estudiosos tradicionais, esta ponte teria mais ou menos 200-400 anos de idade, mas muitos moradores afirmam que esta estrutura de madeira está lá há muito mais tempo - cerca de 700-900 anos, de acordo com o que ouviram de seus antigos ancestrais. Mas há algo ainda mais interessante sobre essa estrutura: nem um único prego foi usado para construí-la.

A ponte está localizada perto da vila de Gulli (outra pronúncia é Juli) da região de Tabasaran, no Daguestão, e pode ser considerada um monumento histórico, bem como um monumento arquitetônico.

Apesar de sua idade e dos materiais de construção utilizados, o projeto da ponte parece muito avançada, resistente e único - e também provou ser extremamente confiável para a passagem de veículos pesados. Os idosos da região lembram que os touros que puxavam carroças pesadas costumavam atravessar a ponte regularmente sem problemas e, de fato, ela pode suportar facilmente o peso de um carro de passeio até hoje.

A estrutura de 10 metros de altura foi feita com toras de madeira e vigas grossas - mas completamente sem pregos. Por quê? Porque os moradores locais só tinham madeira e pedra à sua disposição para construí-la. O suporte de metal, que pode ser visto de um lado da ponte, não desempenha nenhum papel funcional e apareceu claramente depois da própria estrutura - provavelmente apenas colocado no local. Na verdade, não sabemos por que ele foi colocado lá.

A ponte foi construída pelos Tabasarans, um povo que vive no Daguestão. Vários pesquisadores acreditam que esse nome tenha origem iraniana, enquanto outros pensam que os tabasarans, como um povo separado, são originários da Albânia caucasiana, um grande império que surgiu nos primeiros séculos aC.

Segundo a lenda, os Tabarasans eram bons guerreiros, mas quando não precisavam mais lutar, passaram a profissões pacíficas como criação de gado, vários tipos de artesanato e (em locais planos) jardinagem e cultivo de uvas.

O mistério por trás do engenho dessa ponte permanece até hoje.. Muitos consideram essa construção uma das grandes maravilhas tecnológicas do passado.

Ufologia Global

 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

segunda-feira, 29 de agosto de 2022


Na década de 1960, os bares de Istambul, Turquia, contratavam homens do cesto para levarem seus clientes bêbados de volta para suas casas.

Esses homens do cesto trabalhavam como carregadores de dia e como recebiam baixos salários a noite ofereciam seus serviços aos donos de bar.

domingo, 28 de agosto de 2022

 

Apenas os loucos e os solitários se podem dar ao luxo de serem eles próprios.Os solitários não têm ninguém para agradar, e os loucos não se importam se agradam ou não."

Charles Bukowski

sábado, 27 de agosto de 2022

 


 


 


 


 


 
"... cada um de nós vê o mundo com os olhos que tem, e os olhos vêem o que querem, os olhos fazem a diversidade do mundo e fabricam as maravilhas, ainda que sejam de pedra, e altas proas, ainda que sejam de ilusão."

Saramago - in 'A Jangada de Pedra'

 


 


 

Conhecer a tua própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas de outras pessoas. Ajudaria você ter uma visão pessoal dos segredos da alma humana. Caso contrário, tudo continua a ser um truque intelectual inteligente, consistindo em palavras vazias e levando a conversas vazias.

Carl Jung

 


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

 


 


 


 

"É uma sabedoria básica. Onde quer que a multidão vá, corra na outra direção. Eles estão sempre errados. Por séculos estiveram errados e sempre estarão errados."

Bukowski

 



Somos tão estrangeiros nesta vida!
Vivemos doloridos e insatisfeitos.
Há sempre uma farpa
Cravada num nervo sensível.
Em tudo, sempre uma ausência,
Um travo de imperfeição.
 
Helena Kolody
In: Correnteza
Literatura Gota a Gota (Marisa Belo)


"Eu não tenho paredes.
Só tenho horizontes (...)"

Mário Quintana

 


Frase

 

A atração mental é muito mais forte do que a física. De uma mente você não se liberta nem fechando os olhos.

Giovane Conink

 


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

 


 



Como uma flor ao seu perfume,
estou atado a tua lembrança imprecisa.

Pablo Neruda

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Monga e o monossílabo


Fui criada no meio de eufemismos. Em casa, e na vizinhança.
 
Quando se ia mandar um dinheiro para alguém, o dinheiro se transformava em uma palavra misteriosa: a “encomenda”. Mamãe dizia: “Neusa recebeu a encomenda?”
 
Não se falava em tuberculose: era “a fina”, ou “a magra”. Fulano está com “a fina”. E câncer, nem pensar. Dizia-se “aquela doença”. “Fulano está com aquela doença”.
 
Não se dizia parir, ter menino, dar à luz: o termo era “descansar”. Menstruar era palavrão. Naquele tempo, as mulheres ficavam “incomodadas”; e quando uma das moças da vizinhança “se perdia” não era porque a criatura não encontrasse o caminho de casa: era porque havia perdido a virgindade.
 
Papai chegou ao ponto de inventar palavras de xingação, como “leqüera”, assim mesmo, com trema no “u”, para quando queríamos insultar uns aos outros; e inventou também a palavra “lunfa”, que queria dizer uma mulher de vida mais livre sem chegar realmente a ser prostituta.
 
É bem verdade que vez por outra, no calor das discussões, as muralhas da boa educação caíam por terra e saíam todos os deliciosos palavrões que hoje se diz com tanta frequência e tão abertamente. “Sua puta sem-vergonha, chifreira, eu sei que seu marido é corno, viu, sua rapariga?” Nós, crianças, ouvíamos entre assustados e deliciados as brigas, até que alguém notava e baixava o volume da voz.
 
Lembrei disso tudo vendo a TV, onde, depois do anúncio de um medicamento, aparece o letreiro: “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”, frase complexa e pedante, que faz você pensar umas três vezes antes de entender direito o que ela quer dizer.
 
Isso me levou de volta no tempo, a uma placa que havia na porta do Restaurante Maré Mansa, em Macau-RN, famosíssimo pelo seu camarão divino. Hoje essa placa não existe mais – o camarão continua divino – mas na década de 1980 eu fiz uma foto dela – que obviamente nunca consigo achar quando preciso. A placa diz: “Se acompanhado, não se aproxime com mulher de vida livre”. É o cúmulo do arrodeio para dizer: “Proibido entrar com puta”.
 
Mas o exagero do eufemismo eu ouvi dizer numa história contada pelo poeta e contador de causos Jessier Quirino. Ele conta que estava num parque de diversões e foi entrando para ver Monga, a mulher Gorila. Naquela sala escura, lotada de gente de pé, ele entra com uma das mãos atrás, protegendo “o monossílabo”. Quem já entrou para ver Monga – eu já – sabe que é de suma importância fazer isso, porque há cem por cento de risco de se levar uma, como direi, “dedada” no “monossílabo”, é claro…
 
Clotilde Tavares
 

 


terça-feira, 23 de agosto de 2022

 
"A linguagem criou a palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude para expressar a glória de estar sozinho”.

Tillich

 


 


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

 


 

"Há um provérbio africano que diz “eu sou os outros”, e a literatura relembra isso em cada história, em cada livro, que nós somos o que somos porque somos os outros.”

Mia Couto.
Lesley Oldaker art.

 


domingo, 21 de agosto de 2022

 "Fique tranquilo, o tempo cuida de colocar cada rei no seu trono e cada palhaço em seu circo."

Frase

"Somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Estamos nele como as árvores da floresta: uma é atingida em plena maturidade e potência, e tomba. Outra nem chega a crescer, e fenece; outra, velhíssima, retorcida e torturada, quase pede para enfim descansar… mas ainda pode ter dignidade e beleza na sua condição."

Lya Luft

 


sábado, 20 de agosto de 2022

 

"Todos temos dentro de nós uma insuspeita reserva de força que emerge quando a vida nos põe à prova."

Isabel Allende -

 
Esta obra se chama "Undine Rising from the Waters" (Undine surgindo das águas), ela foi esculpida em mármore em 1884, pelo artista estadunidense Chauncey Bradley Ives, que era um especialista em esculturas em estilo neoclássico como essa.

Esta obra prima é um dos ícones do movimento neoclássico americano, sendo selecionada para compor as capas de pelo menos três livros sobre escultura dos Estados Unidos, sendo eles: American Sculpture at Yale University , Marble Queens and Captives e A Marble Quarry , onde a parte de trás da estátua também serve como contracapa do livro. Ives também fez outra escultura parecida com essa, que se chama "Undine Rising from the Fountain". (Undine surgindo de uma fonte).

sexta-feira, 19 de agosto de 2022


Dói-te alguma coisa?

— Dói-me a vida, doutor.
— E o que fazes quando te assaltam essas dores?
— O que melhor sei fazer, excelência.
— E o que é?
— É sonhar.
 
Mia Couto

Ernest Hemingway com o seu gato Cristobal, 1960.

 


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

 


 

"A melhor coisa do mundo é saber pertencer a si mesmo•"

Michel de Montaigne

Sobrevivência


Em 2016, os artistas chineses Sun Yuan e Peng Yu construíram a obra chamada "Não Posso me Ajudar", um robô industrial de um braço mecânico e sensores visuais. Ele foi colocado atrás de paredes de acrílico transparente e tinha um dever específico: conter um líquido viscoso vermelho-escuro dentro de uma área próxima a ele.

O líquido hidráulico era necessário para o robô funcionar, e parecer sangue real foi uma escolha deliberada dos artistas. De forma que o braço puxar o líquido para si funcionava como uma tarefa de "sobrevivência". Quando os sensores detectavam que o fluido escorria demais, o braço robótico puxava-o para si.

Os artistas também deram ao robô a capacidade de fazer "danças felizes" e fazer movimentos que não eram necessários para manter o líquido hidráulico por perto. Quando tinha tempo o suficiente para não puxar o líquido para si, o braço mecânico saudava os espectadores. Inicialmente o robô interagia com a multidão com frequência, mas com o decorrer do tempo o braço mecânico dançava cada vez menos, pois a quantidade de líquido tornava-se cada vez maior.

Através dos anos o robô passou a ter tempo apenas para tentar manter-se vivo, e por causa da escassez da lubrificação tornou-se cada vez mais ruidoso, gerando guinchos mecânicos que causavam impressão de cansaço e desespero.

A metáfora da obra é que nós nos matamos mental e fisicamente o tempo todo, morremos sempre e ansiamos por viver. Sacrificamo-nos pelos outros, por dinheiro, por atenção, por sucesso, lentamente nos afogando com cada vez mais responsabilidades, e temos cada vez menos tempo livre para desfrutar da vida.

Mas há uma mensagem além do sisifismo da batalha pela sobrevivência. É verdade que não há escapatória do tempo. É verdade que o ciclo de todos se completa, e que nenhum de nós sai vivo deste mundo. Mas nós não somos máquinas, há tempo para que você se cure, descanse e ame.


Nós sempre teremos tempo para dançar.


terça-feira, 16 de agosto de 2022

 

Os nossos agradecimentos a Empresa Eletrolar pelo apoio ao projeto do Pombal Esporte Clube!

 


 

“Vou perdendo morada Na súbita lentidão De um destino Que me vai sendo escasso”.

(Mia Couto)
 Photo: @j.hackradt

segunda-feira, 15 de agosto de 2022


O ÚLTIMO BRINDE

(Por: Anna Akhmátova)

Bebo à casa arruinada,
às dores da minha vida,
à solidão, lado a lado
e a ti também eu bebo –
aos lábios que me mentiram,
ao frio mortal no olhar,
ao mundo rude e brutal
e a Deus que não nos salvou
 
(ANNA AKHMÁTOVA - Poetisa Russa - 1889/1966)
"The Drunkards", 1883
(James Ensor)