terça-feira, 29 de setembro de 2020

O tele-autógrafo

 

(O Unotchit)

Observo com curiosidade o estranho hábito contemporâneo de colecionar assinaturas alheias. Fosse eu um pouco mais malicioso do que sou, imaginaria que quem pede um autógrafo está pensando em falsificar a assinatura do sujeito incauto que sai por aí mostrando a todo mundo como rubrica seus cheques. 

Surgiram desse ritual as famosas “noites de autógrafos” que todo escritor é obrigado a cumprir para divulgar seus livros. Durante uma festa ou um coquetel, o autor atende os leitores um por um, trocando algumas frases cordiais, e escrevendo uma dedicatória cortês. Livro na mão, o leitor vai para casa duplamente satisfeito: conseguiu um contato pessoal com o autor que admira, e pode prová-lo, porque na folha de rosto do livro está escrito: “Para o inteligente e talentoso Braulio Tavares, com o abraço e a admiração de Machado de Assis”. 

Surgiu agora uma invenção da canadense Margaret Atwood (autora de Madame Oráculo, O Assassino Cego, etc.), uma engenhoca que permitirá a todo mundo dar autógrafos à distância. É uma espécie de “notepad” que se conecta a uma caneta movida por uma garra eletrônica. As palavras que são escritas na superfície do notepad no terminal “A” são reproduzidas pela garra-caneta no terminal “B”. Ambos, é claro, podem estar a milhares de quilômetros de distância. 

Para reduzir a impessoalidade da ação, o sistema é conectado a um sistema de webcams com áudio, que permite ao fã conversar com o autor durante o breve encontro. Atwood é uma autora bissexta de ficção científica (A História da Aia, Oryx e Crake), embora ela não goste do rótulo. Diz ela: 

“Não posso estar fisicamente em cinco países ao mesmo tempo, mas com este sistema posso autografar em cinco países sem o desgaste físico das viagens”. 

Sábias palavras de quem tem 66 anos! A autora teve a ideia do tele-autógrafo, reuniu técnicos e criou uma firma para produzir a máquina, à qual batizou como Unotchit (que se pronuncia “you not touch it”, “você não toca nisto”). 

Tudo bem; mas é preciso lembrar que o autógrafo é uma pequena cerimônia no altar do Ego. Não o Ego do artista famoso, mas o Ego do fã anônimo, que usará o autógrafo para convencer a si mesmo e aos outros de que o Artista Famoso o conhece: não está ali uma prova insofismável? 

É fácil esquecermos que Fulano de Tal já deu dezenas de milhares de autógrafos a pessoas com as quais não se demorou mais do que trinta segundos. Os trinta segundos que nos foram dedicados são inesquecíveis e preciosos, temos a prova manuscrita do Contato, e isto nos basta para ficarmos pensando pelo resto da vida que também somos importantes. 

Nesta nossa civilização do Ego, bastam alguns minutos passados ao lado de um ídolo (e o nosso nome escrito em sua caligrafia com uma frase gentil) para que possamos alimentar durante muitos anos a sensação de que nós também existimos naquele mundo encantado que só podemos admirar à distância.
 
Bráulio Tavares
Mundo fantasmo 


 

 


É necessário coragem para mudar "nada é permanente, exceto a mudança", as únicas coisas que estão sob seu controle são seus julgamentos, opiniões e valores, é neles que você deve manter seu foco. Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

A lua foi ao cinema


A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!

Paulo Leminski

segunda-feira, 28 de setembro de 2020


O sofrimento e a dor são sempre indispensáveis para a consciência abrangente e para o coração profundo.

Fiódor Dostoiévski, in "Crime e Castigo" — Capítulo V, página 302.
Obra de arte de Christen Brun (1896).

 



E, olhos postos em ti, digo de rastros: Ah! Podem voar mundos, morrer astros, que tu és como Deus: princípio e fim!

Florbela Espanca

 


 

Nesta obra de 150x120 cm, o artista russo Ivan Alifan quis explorar texturas e usar ferramentas de pintura não tradicionais para fazer com que a figura parecesse sair da tela.

O resultado é magnífico.

domingo, 27 de setembro de 2020

 

(...) "Não há maior tristeza que a gente ver-se
longe daquele que para nós é tudo ou mais que tudo..."

( Florbela Espanca)

 


 

Pôr da Terra visto da Lua

 

Cam­panha das elei­ções mu­ni­ci­pais co­meça neste do­mingo


Os can­di­datos es­tarão li­be­rados, por exemplo, a pedir votos e di­vulgar pro­postas nas ruas, na in­ternet e na im­prensa es­crita. Já a pro­pa­ganda gra­tuita em rádio e te­le­visão do pri­meiro turno – mar­cado para 15 de no­vembro – será vei­cu­lada de 9 de ou­tubro a 12 de no­vembro.

No am­bi­ente vir­tual, em plena pan­demia do novo co­ro­na­vírus, quando a In­ternet ganha cada vez mais im­por­tância, a pu­bli­ci­dade elei­toral po­derá ser feita nos sites dos par­tidos e dos can­di­datos, em blogs, pos­ta­gens em redes so­ciais e apli­ca­tivos de men­sa­gens, como What­sApp e Te­le­gram. Já os im­pul­si­o­na­mentos de pu­bli­ca­ções feitas por ter­ceiros, o dis­paro em massa de men­sa­gens e a pro­pa­ganda em sites de quais­quer em­presas, or­ga­ni­za­ções so­ciais e ór­gãos pú­blicos, estão proi­bidos.

Outra con­duta proi­bida, na mira da Jus­tiça Elei­toral, são os con­teúdos en­ga­nosos ou des­ca­rac­te­ri­zados, uti­li­zados pelos can­di­datos. Nesses casos, eles serão res­pon­sa­bi­li­zados por pu­bli­ca­ções desse tipo.

Nas ruas, ficam per­mi­tidas ban­deiras mó­veis entre 6h e 22h, desde que não atra­pa­lhem o trân­sito de veí­culos e pe­des­tres. Os carros de som só serão per­mi­tidos em car­re­atas, pas­se­atas ou du­rante co­mí­cios e reu­niões. Os can­di­datos também podem co­locar em mesas ma­te­riais im­pressos de cam­panha.

Para re­ceber de­nún­cias de ci­da­dãos, além do re­gistro em car­tó­rios elei­to­rais e no Mi­nis­tério Pú­blico Elei­toral, o apli­ca­tivo Pardal, es­pe­cí­fico para in­formar ir­re­gu­la­ri­dades de cam­pa­nhas também es­tará dis­po­nível. Todas as de­nún­cias pre­cisam iden­ti­ficar o ci­dadão de­nun­ci­ante.

Saiba o que pode e o que não pode nesse pe­ríodo:

Rua (li­be­rados)

Dis­tri­buição de san­ti­nhos e ade­sivos será per­mi­tida até as 22h da vés­pera das elei­ções (14 de no­vembro);

Co­lo­cação de ade­sivos em bens pri­vados como au­to­mó­veis, ca­mi­nhões, mo­to­ci­cletas e ja­nelas re­si­den­ciais, desde que não ex­cedam a di­mensão de 0,5m2. O ma­te­rial deve conter o

CNPJ ou CPF do res­pon­sável pela con­fecção, bem como de quem o con­tratou, e também a res­pec­tiva ti­ragem;

Até 12 de no­vembro: Co­mí­cios , das 8h às 0h, desde que avi­sado pelo menos 24 horas antes à au­to­ri­dade po­li­cial. Apre­sen­tação de ar­tistas estão ve­dadas;

Até 13 de no­vembro: anún­cios na im­prensa es­crita desde que res­peitem o ta­manho má­ximo do anúncio por edição;

Até o dia 14 de no­vembro: Alto-fa­lantes ou am­pli­fi­ca­dores de som podem ser uti­li­zados das 8h às 22h, ob­ser­vando-se as res­tri­ções de local. Os equi­pa­mentos porém, não podem ser usados a menos de 200 me­tros de lo­cais como as sedes dos Po­deres Exe­cu­tivo e Le­gis­la­tivo, quar­téis e hos­pi­tais, além de es­colas, bi­bli­o­tecas pú­blicas, igrejas e te­a­tros (quando em fun­ci­o­na­mento).

Ban­deiras e mesas para dis­tri­buição de ma­te­riais são ad­mi­tidas ao longo das vias pú­blicas, desde que não atra­pa­lhem o trân­sito de pes­soas e veí­culo;

Carros de som ou mi­ni­trios são per­mi­tidos apenas em car­re­atas, ca­mi­nhadas, pas­se­atas ou du­rante reu­niões e co­mí­cios, res­pei­tando o li­mite de 80 de­ci­béis e res­tri­ções de local;

Proi­bidos

Pro­pa­gandas via te­le­mar­ke­ting em qual­quer ho­rário.

Dis­paro em massa de men­sa­gens ins­tan­tâ­neas sem per­missão do des­ti­na­tário.
Na In­ternet (li­be­rados)

Pro­pa­gandas elei­to­rais são per­mi­tidas em sites dos can­di­datos, par­tidos e co­li­ga­ções. O en­de­reço ele­trô­nico deve ser co­mu­ni­cado à Jus­tiça Elei­toral e hos­pe­dado em pro­vedor es­ta­be­le­cido no país.

Men­sa­gens ele­trô­nicas são per­mi­tidas apenas para en­de­reços pre­vi­a­mente ca­das­trados gra­tui­ta­mente pelo can­di­dato, par­tido po­lí­tico ou co­li­gação.

A cam­panha por meio de blogs, redes so­ciais, apli­ca­tivos de men­sa­gens ins­tan­tâ­neas, mas o con­teúdo deve ser ge­rado ou edi­tado pelos can­di­datos, par­tidos ou co­li­ga­ções. Todo im­pul­si­o­na­mento de­verá conter, de forma clara e le­gível, o nú­mero de ins­crição no CNPJ ou CPF do res­pon­sável, além da ex­pressão “Pro­pa­ganda Elei­toral”.

Não pode

Vei­cular pro­pa­ganda elei­toral em sites de pes­soas ju­rí­dicas, com ou sem fins lu­cra­tivos, e em por­tais ofi­ciais ou hos­pe­dados por ór­gãos ou en­ti­dades da ad­mi­nis­tração pú­blica di­reta ou in­di­reta;

Im­pul­si­o­na­mentos de posts e men­sa­gens por ter­ceiros.

De­bates

Per­mi­tidos – até de 12 de no­vembro – em rá­dios ou ca­nais de te­le­visão, as­se­gu­rada a par­ti­ci­pação de can­di­datos dos par­tidos com re­pre­sen­tação no Con­gresso Na­ci­onal de, no mí­nimo, cinco par­la­men­tares.
 
Karine Melo - AgênciaBrasil

sábado, 26 de setembro de 2020


"Não é segurando nas asas que se ajuda um pássaro a voar. O pássaro voa simplesmente porque o deixam ser pássaro."

Mia Couto, Jesusalém

A arte do enfrentamento

Tancredo Neves sustentava nos anos 1980, em palestra a estudantes, que às vezes o enfrentamento é necessário. Contou que era vereador em São João Del Rey, e, atacado, escreveu uma furiosa carta de três páginas para o adversário.

“Qual foi a reação dele?”, perguntou um rapaz. “Ah, não mandei. No dia seguinte reduzi para uma página.” A curiosidade aumentou: “E como ele reagiu?” Tancredo: “Não mandei a carta. Achei melhor transformá-la em bilhete.” O rapaz ficou ainda mais curioso: “Ele ficou irritado?” Tancredo contou que não mandou o bilhete: “Optei por um telegrama.” Os garotos já se impacientavam: “E como ele reagiu ao telegrama?”, gritou um deles. Tancredo entregou: “Pensei bem e vi que aquilo era bobagem. E joguei-o no lixo.”
 
Cláudio Humberto 
 
 

 



 


"Um Mistério que trago dentro em mim...
É um, Mistério de Sonho, ora me faz chorar , ora sorrir"

( Florbela Espanca)

 


 



 

 


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

 


Cadastro Nacional de Estupradores


Um ótima notícia para o combate a violência. O Cadastro nacional de estupradores foi aprovado pelo senado e segue agora para sanção presidencial.

Esse cadastro sairá de uma cooperação entre União, Estados e municípios. De acordo com a proposta, o banco de dados do cadastro deverá conter características físicas, impressões digitais, perfil genético (DNA), fotos e endereço residencial dos condenados por estupro.

Em caso de condenado em liberdade condicional, o cadastro deverá conter também os endereços residenciais dos últimos três anos e as profissões exercidas nesse período.

 

Fonte: Do face do Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Com informações da Agência Senado

As pequenas doenças da eternidade


"Falava como se a obra mandasse nela. Margarida costurava, enquanto Júlio, o mais novo dos filhos a penteava com uma escova de madrepérola. Júlio era o seu amigo preferido. Uma vez e outra assisti àquela encenação e vi como, no final o meu amigo recolhia os cabelos tomados no chão para os erguer de encontro à janela. Cada cabelo brilhava como se fosse um fio de lã tricotando nuvens. Naquele momento Maralto espreitava pela janela, mas não eram nuvens que ele queria ver. Esperava pela chegada do marido. Sabia que ele a estava a trair com outra, algures num quarto da cidade. Margarida tinha os olhos em maré vaza. Mas fazia de conta de que não havia espera, de que não havia marido, de que não havia cidade. Era então que o seu menino a salvava. Penteava a mãe, dizia ele, para que ela nunca morresse.
(...)
Adoecemos porque foi essa a nossa escolha. No falso sofrimento da pequena doença esquecemos as verdadeiras e incuráveis dores com que nascemos e iremos morrer.
(...)
E agora que os filhos todos já tinham saído de casa, restava-lhe Júlio com sua infatigável escova de madrepérola. A minha presença, dizia-me ela à despedida, ajudava-a a varrer a saudade desses ausentes. Até que um dia se descobriu que o Júlio sofria do coração. Uma válvula disseram. Eu não queria ouvir: doía-me saber que o Júlio estava doente. Havia um erro. O coração de Júlio era infinito.
(...)
Até que a alma se tornou um peso. Incapaz de correr, Júlio abandonou o seu lugar como avançado de centro da nossa equipa. Restou-lhe o papel de árbitro.
(...)
Um dia foi a vida quem assinalou falta contra Júlio Maralto. A minha mãe acordou-me cedo e levou-me pela estrada de asfalto que conduzia ao cemitério.
(...)
As pessoas debruçavam-se sobre ela e dedicavam-lhe o impossível conforto de gestos e palavras. Maria Maralto permanecia alheia. Quando me aproximei, porém, ela segurou-me no braço e fixou-me longamente para murmurar: agora é que viver já não tem cura.
(...)
Agora, todas as tardes, vou visitar Margarida, mirrada dentro do vestido negro. Naquele corpo tão magro e escasso, não cabem nem pequenas nem grandes doenças. Já contei todos os seus ossos, anuncia como um relato dos seus afazeres diários. E conclui: os ossos que traz no corpo são os que bastam, uns para suster lembranças, outros para devolver à terra. Contempla os muros como se esperasse que eles florisseme ergue o pescoço para dizer que está pronta. Empunho a escova e penteio os seus cabelos cada dia mais brancos. A vizinha não demora a adormecer. E eu me retiro, pé ante pé, para não interromper as eternidades da vizinha Maria Maralto "

Mia Couto

Humor

 


 


 


 



A tarde é a velhice do dia. Cada dia é uma pequena vida, e cada pôr do Sol uma pequena morte.

— Arthur Schopenhauer, in Aforismos Para a Sabedoria de Vida.
Obra de arte por Hans Brasens.


Hoje sei como se mede a idade : Vamos ficando velhos quando não fazemos novos amigos.

(Mia Couto no livro Mar me quer)


Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço, com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende!

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

 


 Que a nossa vida seja serena, de paz!


 



Na verdade ainda está por nascer o primeiro ser humano desprovido daquela segunda pele a que chamamos egoísmo, bem mais dura que a outra, que por qualquer coisa sangra.

José Saramago, In 'Ensaio Sobre a Cegueira'.

Obra: "Man with his skin", de Peter Zokosky.

 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020


Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.

Escultura de Debra Bernier

 


 


 


 


terça-feira, 22 de setembro de 2020


"De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos. [...] As palavras não dizem tudo quanto é preciso. Diriam mais, talvez, se fossem asas."

José Saramago

Arte: Vicente Romero

 


 

Folhas de Rosa

Todas as prendas que me deste, um dia,
Guardei-as, meu encanto, quase a medo,
E quando a noite espreita o pôr-do-sol,
Eu vou falar com elas em segredo...

E falo-lhes d’amores e de ilusões,
Choro e rio com elas, mansamente...
Pouco a pouco o perfume de outrora
Flutua em volta delas, docemente...

Pelo copinho de cristal e prata
Bebo uma saudade estranha e vaga,
Uma saudade imensa e infinita
Que, triste, me deslumbra e m’embriaga

O espelho de prata cinzelada,
A doce oferta que eu amava tanto,
Que refletia outrora tantos risos,
E agora reflete apenas pranto,

E o colar de pedras preciosas,
De lágrimas e estrelas constelado,
Resumem em seus brilhos o que tenho
De vago e de feliz no meu passado...

Mas de todas as prendas, a mais rara,
Aquela que mais fala à fantasia,
São as folhas daquela rosa branca
Que a meus pés desfolhaste, aquele dia...

Florbela Espanca

 


segunda-feira, 21 de setembro de 2020


"Tive tantas facas presas dentro de mim que, quando me dão uma flor, não consigo descobrir do que se trata. Leva tempo."

Charles Bukowski

Tomara


Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Vinicius de Moraes

Raí Bezerra e Nonato Costa

 

Família

 


Frase

"O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem". 

William Shakespeare

domingo, 20 de setembro de 2020


A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem para em qualquer topada.

Bob Marley