sábado, 31 de agosto de 2019

Foto: Henryk Aderhold


Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo...



O médico que deixava dinheiro debaixo dos travesseiros dos pacientes pobres

Mariano Mullerat foi um médico amado por seu povo e por sua família. Ele trabalhava em Arbeca, Espanha, onde nasceu sua mãe. 

De acordo com a filha dele, ele amava os pacientes e, quando  a família do doente era pobre, o médico deixava dinheiro debaixo do travesseiro. 

Além disso, Mariano era muito religioso. Na casa dele, mandou construir um pequeno oratório com um crucifixo. 

“Nós, suas filhas, temos o prazer de venerar esta imagem. Toda noite, antes de irmos para a cama, sentimos como se um ímã nos aproximasse daquele Cristo. Rezamos, damos graças e refletimos sobre como foi o nosso dia”, revela uma das filhas do médico. 

A família também costumava rezar o terço e o pai lia sempre uma passagem de um livro de Santo Afonso Maria de Ligório. 

Sem pertencer a nenhum partido político, Mariano Mullerat foi eleito prefeito de Arbeca. Em seu mandato, entre outras ações benéficas à população, instalou calçadas nas ruas e entronizou o Sagrado Coração de Jesus na prefeitura. 

Durante a guerra civil espanhola, em 1936, foi ameaçado de morte. Mullerat pensou em mudar-se para Zaragoza. Mas lembrou que seus doentes ficariam abandonados e desistiu da ideia. 

Diz sua filha: “Como católico fervoroso e uma pessoa cheia de amor pela profissão, ele ajudava todos os necessitados”.  

A filha ainda lembra que, em 13 de agosto de 1936, às seis horas da manhã, a avó dela disse que era para todos saírem de casa porque tinham ido buscar o pai. Cerca de 25 guardas estavam na rua e cinco entraram e reviraram toda a casa. “Meu pai quis beijar o crucifixo. Um guarda o seguiu e ficou impressionado com a imagem. Tanto que quando os outros quiseram entrar, ele não deixou. Foi assim que o crucifixo o salvou”, disse a mulher. 

Adela Mullerat ainda conta: “Nós nos reunimos na entrada da casa para dar adeus ao meu pai. No bolso dele, ele levava um crucifixo e alguns remédios. Um deles serviu para curar um de seus perseguidores, que ficou ferido ao disparar a amaram de fogo”. 

O médico foi colocado em um caminhão e levado. Ao passar na frente do quartel da Guarda Civil, uma mulher lhe pediu uma receita para seu filho, e ele deu. O pai do menino era um guarda. Durante o percurso do caminhão, pediu aos que o acompanhavam que rezassem pois a vida deles estava ficando curta. 

Depois que foram retirados do caminhão, os guardas os fuzilaram em uma estrada. Naquele dia, seis famílias perderem seus entes queridos, que deixaram 13 órfãos. 

Mariano Mullerat foi beatificado em 23 de março de 2019. A causa da beatificação durou 15 anos e foi concluída depois de longas investigações para provar que ele morreu em nome da fé.

Aleteia
O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.

Mário Quintana

O poema “de Maiakóviski”, que não é de Maiakóvski

Nos anos 70, era muito comum se ver à venda poemas e frases em cartazes de tamanho grande, confeccionados com papel fotográfico. O mais destacado (e mais vendido) deles era um que continha um poema que compradores e vendedores alardeavam, orgulhosos, ser de Maiakóviski.

Quando cheguei a João Pessoa, com 14 anos, fiquei maravilhado com aqueles poemas e frases espalhados pelas calçadas (o que comprei, achei ali, na esquina do viaduto velho (Damásio Franca), onde ainda hoje se vendem cds e discos de vinil. É óbvio que, apesar de estudante pobre, comprei o grande e bonito cartaz com o poema “de Maiakósvski”, em letras garrafais. Não tinha dinheiro para mandar confeccionar o quadro, como a maioria fazia; mas valia a pena chegar no colégio e dizer que conhecia a obra do famoso poeta russo.

Algum tempo depois, já fazendo resenhas literárias para o jornal Correio, tomei um susto: aquele poema não era de Maiakóvski, mas sim de Eduardo Alves da Costa, cujo título é “No Caminho com Maiakóvski”. Ainda hoje, há pessoas que não conhecem essa verdade; tanto que uma amiga, razoavelmente intelectualizada, postou, recentemente, o poema no Facebook, reafirmando o mesmo mito.

Vamos à passagem do poema que aparecia no cartaz e que, pelo estilo e pelo momento político por que passava o Brasil (ditadura e protestos), era recitado, entusiasticamente, em praça pública e manifestações, pelos “militantes” de “esquerda”:

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

Eduardo Alves da Costa

Na primeira noite, eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim,
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Creio que o poeta carioca (de Niterói) vai morrer “engasgado” com essa
tremenda e injusta peça que a literatura lhe pregou.


 Professor João Trindade
 (Foto: Portal Correio)

Versículos do dia

Assim diz o Senhor: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e dar-lhes em herança as herdades assoladas;
 
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.

Negócios à parte

Deputados do PSD, José Maria Alkimin, Sebastião Paes de Almeida (o “Tião Medonho”), Carlos Murilo e Bias Fortes Filho jogavam pôquer, nos anos 1960, para tricotar sobre política. 
Certa vez, altas horas, o anfitrião Tião Medonho pediu para encerrar a jogatina, estava cansado. 
Também dono da banca, Tião fez as contas: Alkimin devia Cr$17. Ele revirou os bolsos e pediu: 
“Tião, me empresta Cr$20? Pago a mesa e fico com algum no bolso…” 
Tião Medonho reagiu: “Para você? Nunca! Eu sei que você não vai pagar, por isso prefiro que fique me devendo Cr$17 do que Cr$20.
 
 
DiáriodoPoder

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Livros



A Mulher é a Fortaleza na terra que gera o Amor puro em vida

O instinto na mulher, equivale a perspicácia nos grandes homens.

Honoré de Balzac

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

XVII

Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixa-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós! 


Quero é ficar com algumas poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!... 


Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas... 


E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto... 


Mário Quintana


"Cada fim venta um recomeço". 

Desconhecido


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Quando se quer, dá-se um jeito!



Felcidade nas coisas simples

Tive uma infância pobre mas muito feliz e profícua na construção de amizades e conceitos. Metade dela oferecida pelo que meus pais puderam dar-me, a outra metade, edificada por mim com criatividade e persistência, únicas armas que dispunha para semear sonhos e viver ilusões.

Hoje, como pai, procuro facilitar um pouco mais o universo lúdico e conceitual da infância do meu filho Yan.

Que bom que ele, com a metade que lhe cabe, vai optando pelo caminho mais simples e menos rebuscado para ser feliz! 

Te amo meu filho!

Teófilo Júnior

terça-feira, 27 de agosto de 2019


‘Pacarrete’ é o grande vencedor de Gramado 2019

Produção cearense levou oito Kikitos, inclusive o de melhor atriz, para Marcélia Cartaxo, que interpreta a personagem-título

GRAMADO – A produção cearense Pacarrete levou oito Kikitos, incluindo os de melhor filme, direção (Allan Deberton), atriz (Marcélia Cartaxo), entre outros.

A cerimônia teve alta temperatura política, com os vencedores protestando contra o desmanche do cinema, a censura e as queimadas na Amazônia.

Houve um incidente antes de começar a cerimônia. Os artistas que faziam um ato com suas reivindicações, foram agredidos por um grupo de bolsonaristas que atirou lixo e pedras de gelo contra os manifestantes. A agressão repercutiu no interior do Palácio dos Festivais e só fez aumentar o grau de indignação da classe artística contra Bolsonaro e seus seguidores.

Boçalidade à parte, ganhou o festival quem tinha que ganhar. Além dos prêmios do júri oficial, Pacarrete levou o troféu do público. Apenas a crítica destoou e elegeu Raia 4 como seu favorito.


Luiz Zanin Oricchio

Os Sapatos de Budapeste


Inverno de 1944, final da II Guerra Mundial, as tropas russas marcham e cercam Budapeste. O Exército húngaro, comandado pelos Nazistas, apressam a matança dos judeus. Emparelharam prisioneiros à beira do rio Danúbio e realizaram fuzilamentos em massa. Ocasionais sobreviventes aos tiros, inevitavelmente morriam nas congelantes águas do Danúbio.

Hoje, para que o mundo não esqueça da barbárie humana, foi construído ali um monumento em homenagem às vítimas. Cinquenta pares de sapatos de bronze, representando aquele triste episódio.   

segunda-feira, 26 de agosto de 2019


“Os antigos sonhos eram bons sonhos; eles não se realizaram, mas estou satisfeito por tê-los sonhado.”                            
                                                                                                
(Robert Waller)