quarta-feira, 30 de setembro de 2015
(...)
O beijo amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
(...)
Alguém acredita na Dilma?
Quanta perda de tempo. De dinheiro. De energia. Quem acredita nas metas
da Dilma? Não foi ela quem disse que não tinha metas? E pior, que quando
atingisse as metas, (que não tinha) as dobraria? Pois bem, voa à custa
do tesouro para NY, se hospeda em hotel de luxo, paga os atrasados para
poder falar na ONU, e lá solta um monte de metas ao léu. Alguém
acredita em alguma coisa que a Dilma diz? Que a Dilma escreve? Ela não
sabe o seu próprio dia de amanhã. Esta completamente à mercê do seu vice
presidente, e do PMDB, que até a semana passada falava, abertamente, em
apoiar o seu impeachment. Ninguém mais acredita na Dilma, nem mesmo seu
inventor, que segundo a insuspeita senadora Marta Suplicy, mandou dizer
que esta arrependido, e que ela Marta, estava certa, quando alertou-o
para o perigo da Dilma transformar o pais numa Argentina. A comparação a
meu ver não cabe. O rombo, criado pelo PT, por si só é maior do que
nosso vizinho. Mas eles tem a vantagem de ter como um filho, o Papa
Francisco. Que espetáculo de Papa! E aí reside minhas esperanças. Não em
Deus, mas que descubramos entre os duzentos milhões de brasileiros,
pelo menos um, com a inteligência, carisma, simpatia, simplicidade, e
liderança do Papa Francisco. Alguém que seja respeitado e seguido, e que
possa dar um novo e certeiro rumo ao Brasil, como ele vem fazendo com a Igreja.
Eduardo P. Lunardelli
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Chuva com Lembranças
Começam a cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros que nem as borboletas
ainda perceberam, e continuam a pousar, às tontas, de jasmim em jasmim. As
pedras estão muito quentes, e cada gôta que cai logo se evapora. Os meninos
olham para o céu cinzento, estendem a mão — e vão tratar de outra coisa.
(Como desejariam pular em poças dágua! — Mas a chuva não vem...)
Nas terras sêcas, tanta gente, a esta hora, estará procurando também no
céu um sinal de chuva! E, nas terras inundadas, quanta gente a suspirar por
um raio de sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos,
que despencam as flôres das cêrcas, entram pelos cadernos escolares e vão
apagar a caprichosa caligrafia dos exercícios.
Chuvas de viagens: tempestades na Mantiqueira, quando nem os ponteiros
dos pára-brisas dão vencimento à água; quando apenas se avista, recortada na
noite, a paisagem súbita e fosfórea mostrada pelos relâmpagos. Catadupas
despenhando sôbre Veneza, misturando o céu e os canais numa água única, e
transformando o Palácio dos Doges num imenso barco mágico, onde se movem,
pelos tetos e paredes, os deuses do paganismo e os santos cristãos. Chuva da
Galiléia, salpicando as ruas pobres de Nazaré, regando os campos virentes,
toldando o lago de Tiberíades coberto ainda pelo eterno olhar dos Apóstolos.
Chuva pontual sôbre os belos campos semeados da França, e na fluida paisagem
belga, por onde imensos cavalos sacodem, com displicente orgulho, a dourada
crina...
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de perpétuas enchentes: a de 1811,
que, com o desabamento de uma parte do morro do Castelo, soterrou várias
pessoas, arrastou pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico que durante
sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes
e o povo a implorarem a misericórdia divina. Uma, de 1864, que Vieira
Fazenda descreve minuciosamente, com árvores arrancadas, janelas partidas,
telhados pelos ares, desastres no mar e “vinte mil Lampiões da iluminação
pública completamente inutilizados”.
Chuvas modernas, sem trovoada, sem igrejas em prece, mas com as ruas
igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros,
barreiras, pedras, telheiros a soterrarem pobre gente. Chuvas que
interrompem estradas, estragam lavouras, deixam na miséria aquêles
justamente que desejariam a boa rega do céu para a fecundidade de seus
campos.
Por enquanto, caem apenas algumas gôtas daqui e dali. Nem as borboletas
ainda percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças dágua onde pulariam
contentes. Tudo é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os
sábios e avisados tantas coisas liam outrora:
"São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem,
lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta:
Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!””
Cecília Meireles
Texto extraído do livro “Quadrante 2 - 4ª Edição (com
Biografias)”, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963, págs. 48 e
49.
Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do seu olho.
Deuteronômio 32:10
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
1 João 4:16
Deuteronômio 32:10
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
1 João 4:16
Filosofia do rolê
Do movimento
O movimento se confunde com o princípio da vida. O que era extasiante
para um filósofo antigo que tentava explicar o princípio do ser,
tornou-se, para nós, coisa corriqueira. Há tempos, sob a lente de um
microscópio observamos a dimensão unicelular da vida a mover-se. Com a
invenção das imagens técnicas, sobretudo da fotografia, tornou-se mais
fácil perceber o movimento inerente ao crescimento de uma planta. A olho
nu, vemos as folhas de uma árvore levadas pelo ar em movimento. Não
vemos o vento, mas o movimento das nuvens provocado por um elemento
físico. A olho nu observamos as circunvoluções de uma pedra na água. Da
água, se sabe que está sempre em movimento, por isso, dizer “água
parada” só faz sentido no âmbito da percepção. Na mesma linha, se
contemplamos a vida dos animais percebemos como se movem, se nadam, se
correm ou voam, como comem, como fazem sexo, como brigam, como brincam.
Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, o movimento é próprio a
todas as coisas que existem.
Podemos dizer que o movimento é um princípio da vida biológica e
também um princípio da vida cultural, a vida dos seres humanos. Nosso
corpo e nossa linguagem (linguagem que só podemos separar de nossos
corpos para efeito de especificação) caracterizam-se pelo mover-se. A
célula particular está em movimento, e todo o nosso corpo, em todos os
seus gestos e atos, do comer ao dançar, do dormir ao trabalhar, do
pensar ao falar, é movimento. A história, por sua vez, poderia ser
contada como uma história dos movimentos no tempo.
Da mobilidade
A questão da mobilidade é ainda mais importante quanto pensamos nas
condições do movimento. Alguém que precisa de uma cadeira de rodas terá
na cadeira uma condição, e nos caminhos pelos quais ela possa passar, a
condição para a condição. Se o movimento se dá no espaço devemos saber
que a administração do espaço modifica o movimento. E vivemos em uma
cultura em que a administração do espaço constitui o poder sobre o
espaço e, desse modo, sobre as condições da mobilidade e, dessa maneira,
sobre os corpos e suas potencialidades no que concerne ao ir e vir.
A questão da mobilidade discutida hoje em dia por muita gente anuncia
uma política do movimento. O direito a mover-se pela cidade, hoje em
dia reivindicado sobretudo por usuários de cadeiras de rodas, é um
direito de todos os corpos. Mas a ordem do movimento que esconde os
direitos determina quem pode, quando e onde pode andar. Por isso, o modo
de manifestar-se politicamente é organizado na forma do que chamamos de
“mobilização”, e à sua forma mais concreta chamamos justamente de
“movimento”.
Dar uma volta
É a partir da questão da mobilidade e do nexo com o manifestar, com o
mobilizar que culminam no movimento político que podemos falar de uma
“Filosofia do rolê”. A questão da mobilidade é solidária à filosofia do
rolê. Na construção de uma crítica política da ordem do movimento
devemos introduzir em filosofia o conceito de “rolê”. Por meio dele é
que podemos abordar a questão prática, ética e política do ir e vir.
Muitas vezes dizemos “dar uma volta”. Quem se entende melhor com a
gíria há tempos diz rolê. Rolê não é apenas uma volta, mas a volta em um
contexto. Há, no rolê, algo de pesquisa. Faz-se um rolê para “ver” como
é. Ao mesmo tempo, que o rolê implica um fazer, diz-se “dar um rolê”.
Como se o rolê não fosse uma mera ação, mas uma doação. No doar próprio
ao rolê, vemos o gesto que, por mais que tenha objetivo investigativo, é
ao mesmo tempo, gratuito. Um ato da ordem do prazer do conhecer. Além
disso, não se dá um rolê sozinho, o rolê implica o grupal. Desse ato
grupal que visa o conhecimento podemos dizer que é o ato filosófico
originário. Os filósofos peripatéticos eram aqueles que buscavam o
conhecimento passeando pela cidade. Lembremos dos gregos. Do mesmo modo,
o rolê se constitui hoje como um ato de passear para conhecer. Nele,
está o olhar do expedicionário que pretende entender um lugar
desconhecido, o olhar do investigador que pretende descobrir as
novidades da natureza e da cultura. Lembremos dos expedicionários de
antigamente coletando plantas, animais, pedras, objetos da natureza que
eram levados para coleções, laboratórios e museus na época em que a
natureza começava a ser reduzida à propriedade privada e à “commoditie”.
Turismo
Em tempos urbanos, o turismo é a redução da viagem à mercadoria. Rolê
comercial, e, como tudo o que é comercial, facilmente autorizado no
âmbito de uma cultura voltada ao consumismo. Visitas de turistas podem
parecer invasões bárbaras para os moradores de cidades muito visitadas
(Roma, Paris, Rio de Janeiro…), mas isso apenas para os moradores que
pensam a partir da lógica de dois pesos e duas medidas: desejam os
lucros do turismo, mas não suas consequências.
Que o movimento das populações seja autorizado é apenas em nome do
turismo enquanto o turismo é a mobilidade reduzida à mercadoria. Atrás
dela fica o abstrato direito de ir e vir. Ao âmbito desse direito
pertence a imigração que é controlada na direção inversa do ato
turístico. No seu caso, o direito estaria acima da forma mercadoria. Mas
em uma cultura do consumo, o que escapa à forma mercadoria, não tem
outro valor e, no extremo, deve ser extirpado.
Rolê, neste sentido, é a qualificação política do ato natural e
cultural de dar uma volta. Ele implica um regime democrático do
deslocamento. No clima de controle das populações, proibir o passeio é
um ato antissocial e antipolítico. Um ato autoritário. Contra esse
autoritarismo, o rolê se ergue como revolta. Passear torna-se uma
atitude afirmativa. Perigosa, no entanto, pois o poder de governar
reduzido à polícia, pode também aviltar, maltratar e matar aquele que
passeia.
Ipanemismo
Uma filosofia do rolê é uma filosofia peripatética. Uma filosofia do
transitar, do transpasseio. Aquele que dá o rolê, vai ao desconhecido e
espera voltar para casa, como Ulisses que, um dia, aventurou-se pelos
mares para retornar à Ítaca. Se o desconhecido é inóspito, natural que
se encontrem monstros neles.
O monstro devorador atual é a burguesia adepta do antigorriquismo ou
do novorriquismo, do madamismo, do leblonismo ou do higienopolismo, com
seus costumes amparados na cafonérrima ideia de “gosto”. Ipanemismo,
para aproveitar ironicamente essa espécie de estilo de vida, pode ser a
sua melhor expressão.
A transformação da cidade, e de todos os seus bairros, em parque temático se deve a essa lógica.
Viver nas cidades implica o direito à cidade. Experimentar o espaço
leva a criar espaço. É porque nos movemos que o espaço está vivo e não
morto. Ipanemismo é o nome atual da redução de um bairro a parque
temático.s
Por fim, nesse contexto em que pensar é cada vez mais necessário, é
bom lembrar de Galileu Galilei que, tendo sido perseguido e preso pela
inquisição, deixou claro para todos que, apesar da disputa entre as
teorias, a verdade era uma só: a terra não estava parada como a igreja
queria que estivesse.
“E pur si muove” ou “E, no entanto, se move” foi o que disse Galileu
depois de ter renegado sua própria teoria, o heliocentrismo, diante dos
padres da igreja.
Que a terra se movesse, era algo insuportável para a igreja daqueles
tempos assim como é insuportável para os burgueses, esses devotos da
igreja do capital, que pessoas com quem não se identificam se movam, vão
e venham, em nossa época.
Mas as pessoas, assim como a terra, continuarão se movendo.
A tarefa histórica é, neste momento, ir aonde não somos chamados e não ir aonde onde querem que estejamos.
Um revolução se anuncia na invasão e na ocupação dos xópins e praias
reservadas indevidamente às classes do capital, das ruas pelo povo, dos
meios de comunicação pelos artistas, do governo pelos cidadãos. Talvez a
partir daí possamos superar o parque temático e voltar a viver no que
poderíamos chamar de cidade.
Márcia Tiburi
Publicado originalmente na Revista Cult
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Frase
A vida é uma peça de teatro que não
permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente,
antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Amor é síntese
Por favor não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braço
E eu serei perfeito amor.
Mário Quintana
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise profunda
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braço
E eu serei perfeito amor.
Mário Quintana
Fragmntos de uma noite de outuno
gás carbônico
sufoca como bala "soft"
- pânico do último trago –
o cigarro ainda aceso
bem longe da maldade
do sorriso estranho
do bêbado
do outro lado do bar
seria isto um sonho ruim
ou um sono bom?
a conversa inflamada lá fora
e o ritmo africano
que dá sabor
a dança
é como se na novela das nove
o reencontro das almas
fosse real
Juliana Hollanda D'Avila
sufoca como bala "soft"
- pânico do último trago –
o cigarro ainda aceso
bem longe da maldade
do sorriso estranho
do bêbado
do outro lado do bar
seria isto um sonho ruim
ou um sono bom?
a conversa inflamada lá fora
e o ritmo africano
que dá sabor
a dança
é como se na novela das nove
o reencontro das almas
fosse real
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domingo, 27 de setembro de 2015
[Naruto - Sadness and Sorrow (Violin) - Taylor Davis]Não quero fazer ninguém chora! #Naruto_clássico~Hima
Posted by Naruto DB on Sábado, 5 de setembro de 2015
Cientista nascido em Malta (PB) recebe uma das maiores condecorações em nível interacional por pesquisas desenvolvidas
A
pequena cidade de Malta (PB) tem todos os motivos para estar orgulhosa
de ter um filho tão ilustre despontando como cientista renomado em nível
internacional. Narcizo Neto recebeu premiação internacional por
pesquisas desenvolvidas com Raio-X.
Veja matéria publicada no site do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais:
Cientista Brasileiro é condecorado com o Dale Sayers Award
Pela primeira vez, prêmio vai para cientista da América Latina
Narcizo
M. Souza Neto, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
(LNLS), recebeu o prêmio Dale Sayers, concedido a cada três anos pela
Sociedade Internacional de Absorção de Raios-X (IXAS, da sigla em
inglês). A premiação aconteceu durante a XVI Conferência Internacional
de Estrutura Fina de Absorção de Raios-X (XAFS16) no fim de agosto, na
cidade de Karlsruhe, Alemanha.
É a primeira vez que um cientista da América Latina recebe a premiação, uma das mais importantes do mundo na área de Espectroscopia por Absorção de Raios-X (XAS). O prêmio é dado em reconhecimento a jovens pesquisadores de destaque por suas contribuições experimentais usando XAS. Especificamente, a premiação foi concedida por suas “contribuições para o desenvolvimento de XAS para estudos de matéria sob condições extremas”.
Narcizo M. Souza Neto:
Pesquisador do LNLS desde 2010, Souza Neto trabalha no desenvolvimento
de instrumentação para o uso de técnicas de radiação sincrotron sob
condições extremas, como altas pressões. Também participa ativamente no
desenvolvimento de linhas de luz para o Sirius, futura nova fonte de luz
sincrotron, já em construção no LNLS.
Sobre o LNLS
O
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) integra o Centro Nacional
de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social
qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Localizado em Campinas (São Paulo), o LNLS é responsável pela operação
da única fonte de luz sincrotron da América Latina, aberta ao uso das
comunidades acadêmica e industrial. O sincrotron brasileiro possui hoje
18 estações experimentais – chamadas linhas de luz –, voltadas ao estudo
de materiais orgânicos e inorgânicos por meio de técnicas que empregam
radiação eletromagnética desde o infravermelho até os raios X.
O LNLS está neste momento construindo o Sirius, uma fonte de luz sincrotron de quarta geração, planejada para ser uma das mais avançadas do mundo. Sirius abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras.
Fonte: http://cnpem.br
Edição: Jozivan Antero – Patosonline.com
Como conviver com pessoas falsas no trabalho?
Segundo a especialista, a pessoa falsa pode se passar por alguém gentil
e prestativo. Porém, também é possível perceber que ela fará fofocas de
colegas ao mesmo tempo em que ela tentará ser simpática e bajuladora.
“A falsidade pode ser consequência de uma baixa autoestima ou até mesmo de uma necessidade de tentar parecer o que não é. Se você já se lembrou de alguém assim, pode desconfiar que essa pessoa só pensa nela mesma e nas conquistas que pretende alcançar”, explica.
Madalena alerta que a máscara, uma hora ou outra, vai cair. “Se você ainda não sabe se aquele ou aquela colega é dissimulado, não se preocupe. Com o tempo, você vai perceber se ela se contradiz, se ela fala mal de alguém pelas costas e vai acabar identificando a falsidade ali”, comenta.
Como agir
- Imagine que você seja o assunto da pessoa falsa, que está tentando te colocar em um nível inferior em relação aos seus outros colegas e chefes. Como você reagiria? Muitas pessoas com certeza iriam discutir e cobrar satisfação. Porém, esse pode não ser o melhor caminho.
- Resolver a situação com um diálogo pode ser a melhor atitude, mas desde que o diálogo seja feito de maneira discreta. Isso porque originar situações de discussões acaloradas e brigas no ambiente de trabalho pode ser muito prejudicial para a sua carreira, podendo levar até a demissão.
- O primeiro passo que deve ser tomado com essas pessoas que querem impedir seu progresso é se afastar, pois gastar energia com quem não deseja seu bem pode ser muito desgastante e te atrapalhar.
- No entanto, se afastar não significa que você deve parar de falar e ignorar a existência da outra pessoa. A relação com a pessoa deve existir, sendo estritamente profissional. O problema é querer ser amigo dessa pessoa, segundo Madalena.
“Dessa maneira, com o tempo, a pessoa que prefere se tornar um personagem no trabalho vai perdendo mais espaço, por isso, não é preciso dar muita atenção a essas pessoas. Saber trabalhar em equipe pode ser um diferencial seu no mercado e essas pessoas vão se complicar nesse sentido. Por isso, quem convive com uma pessoa falsa pode ficar tranquilo e manter todo o foco apenas no seu trabalho que no final você será recompensado”, conclui.
Fonte: G1
Em 2016 será uma seca igual à de 1958
Luiz Carlos Molion, um dos mais
renomados estudiosos das causas e previsibilidade das secas do Nordeste
brasileiro, professor da Universidade Federal de Alagoas, PhD em Meteorologia e
pós-doutor em Hidrologia e representante dos países da América do Sul na
Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), declarou
esta semana na imprensa da Paraíba, que “não se tem o que fazer para evitar uma
seca severa em 2016”.
As suas previsões estão embasadas em
estudos realizados sobre o El Niño atual, que segundo ele “começou em outubro
de 2014 e vai até junho de 2016 e todos os dados mostram similaridade com
o que ocorreu em 1958 e desta forma, os efeitos dele também serão os mesmos”. A
seca de 1958 é das mais faladas, exatamente porque as suas conseqüências foram
severas e terríveis para todo o sertão paraibano. Diante do atual quadro
imaginemos mais um ano de seca. Fica a pergunta: diante do assustador quadro,
qual a solução?
Com relação ao nosso município, tem-se
noticias de que são muitos os açudes, poços artesianos e cacimbões secos, sem
esquecermos que o açude Engenheiro Ávidos, que abastece a cidade, está com
nível critico de volume d’água, 8,2 % de sua capacidade, que representa
20.847.805 m³ e como nosso consumo vem sendo em torno de um milhão de metros
cúbicos por mês, a perspectiva é de que atravessaremos o ano de 2016 com certa
tranqüilidade e sem a necessidade do socorro de abastecimento do perímetro
urbano através de carro-pipa.
Em se concretizando o quadro de seca a
dificuldade maior será para os habitantes da zona rural, que desde o ano de
2013 já vem sendo atendida, em grande parte do município, por carro pipa. Fica
então outro grande problema: e os animais e o rebanho bovino? Vislumbra-se diante
da situação que a atividade de agropecuarista, por um longo período deixará de
existir no município de Cajazeiras. Ressalte-se que, atualmente, a maioria
deles fechou as porteiras de seus currais. Hoje, na zona rural, quem tem algum
estoque de água possui uma mina de ouro.
Nos últimos dez anos, (2006/2016)
tivemos quatro anos com chuvas acima um mil mm:
2006 – 1.232,80 mm
2008 – 1.824,00 mm
2009 – 1.535,60 mm
2011 – 1.723,00 mm
Em 2015, foi o que menos choveu nos
últimos dez anos: 537,9 mm, seguido de 2012, com 734,00 mm. Vale lembrar que em
2014 choveu 985,3 mm, configurando-se aí uma densidade pluviométrica acima da
média, mas as chuvas ao longo do ano foram finas, fato que impediu armazenar
água nos açudes, mas possibilitou uma boa colheita.
O Açude de Engenheiro Ávidos, depois da
temida sangria do ano de 1963, com uma lâmina de 0,30m, quando a barragem
sofreu alguns recalques e movimentos que provocaram a abertura de algumas
juntas, foi realizado um minucioso estudo e elaborado um projeto que motivou uma
grande reforma, incluindo a mudança do local do sangradouro, que antes era no
vão central da barragem. Nos últimos dez anos, depois de ter ultrapassado os
255 milhões de metros cúbicos, em 1963,o Açude de Engenheiro Ávidos, em apenas
três atingiu, no final de junho, o volume acima de 200 milhões m³ e também em
três ultrapassou os cem milhões
2006 – 211.073.501 m³
2008 – 205.957.000 m³
2009 – 211.840.971 m³
2007 – 146.598.975 m³
2010 – 110.183.040 m³
2011 – 123.410.040 m³.
Quando veremos novamente o Açude de
Engenheiro Ávidos cheio? É bom lembrar que no leito do principal afluente do
Piranhas, o Riacho da Boa Vista, foi construída uma barragem, incluída na obra
da transposição do Rio São Francisco, com a capacidade de armazenar 200 milhões
de m³. Faço uma previsão, que sem a ajuda das águas do São Francisco, só
veríamos o velho Boqueirão cheio nos próximos dez anos e se tivermos bons
invernos.
Em 2016 será uma seca igual à de 1958
Luiz Carlos Molion, um dos mais
renomados estudiosos das causas e previsibilidade das secas do Nordeste
brasileiro, professor da Universidade Federal de Alagoas, PhD em Meteorologia e
pós-doutor em Hidrologia e representante dos países da América do Sul na
Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), declarou
esta semana na imprensa da Paraíba, que “não se tem o que fazer para evitar uma
seca severa em 2016”.
As suas previsões estão embasadas em
estudos realizados sobre o El Niño atual, que segundo ele “começou em outubro
de 2014 e vai até junho de 2016 e todos os dados mostram similaridade com o que
ocorreu em 1958 e desta forma, os efeitos dele também serão os mesmos”. A seca
de 1958 é das mais faladas, exatamente porque as suas conseqüências foram
severas e terríveis para todo o sertão paraibano. Diante do atual quadro
imaginemos mais um ano de seca. Fica a pergunta: diante do assustador quadro,
qual a solução?
Segundo Molion, poderá ocorrer uma
queda, em 2016, no volume das chuvas na nossa região, de 60% e como a média
histórica dos últimos 100 anos é 881 mm, a previsão será de apenas 359 mm, com
um agravante: os nossos açudes estão secos em função do déficit de águas
acumulado desde o ano de 2011.
Com relação ao nosso município, tem-se
noticias de que são muitos os açudes, poços artesianos e cacimbões secos, sem
esquecermos que o açude Engenheiro Ávidos, que abastece a cidade, está com
nível critico de volume d’água, 8,2 % de sua capacidade, que representa
20.847.805 m³ e como nosso consumo vem sendo em torno de um milhão de metros
cúbicos por mês, a perspectiva é de que atravessaremos o ano de 2016 com certa
tranqüilidade e sem a necessidade do socorro de abastecimento do perímetro
urbano através de carro-pipa.
Em se concretizando o quadro de seca a
dificuldade maior será para os habitantes da zona rural, que desde o ano de
2013 já vem sendo atendida, em grande parte do município, por carro pipa. Fica
então outro grande problema: e os animais e o rebanho bovino? Vislumbra-se diante
da situação que a atividade de agropecuarista, por um longo período deixará de
existir no município de Cajazeiras. Ressalte-se que, atualmente, a maioria
deles fechou as porteiras de seus currais. Hoje, na zona rural, quem tem algum
estoque de água possui uma mina de ouro.
Nos últimos dez anos, (2006/2016)
tivemos quatro anos com chuvas acima um mil mm:
2006 – 1.232,80 mm
2008 – 1.824,00 mm
2009 – 1.535,60 mm
2011 – 1.723,00 mm
Em 2015, foi o que menos choveu nos
últimos dez anos: 537,9 mm, seguido de 2012, com 734,00 mm. Vale lembrar que em
2014 choveu 985,3 mm, configurando-se aí uma densidade pluviométrica acima da
média, mas as chuvas ao longo do ano foram finas, fato que impediu armazenar
água nos açudes, mas possibilitou uma boa colheita.
O Açude de Engenheiro Ávidos, depois da
temida sangria do ano de 1963, com uma lâmina de 0,30m, quando a barragem
sofreu alguns recalques e movimentos que provocaram a abertura de algumas
juntas, foi realizado um minucioso estudo e elaborado um projeto que motivou uma
grande reforma, incluindo a mudança do local do sangradouro, que antes era no
vão central da barragem. Nos últimos dez anos, depois de ter ultrapassado os
255 milhões de metros cúbicos, em 1963,o Açude de Engenheiro Ávidos, em apenas
três atingiu, no final de junho, o volume acima de 200 milhões m³ e também em
três ultrapassou os cem milhões
2006 – 211.073.501 m³
2008 – 205.957.000 m³
2009 – 211.840.971 m³
2007 – 146.598.975 m³
2010 – 110.183.040 m³
2011 – 123.410.040 m³.
Quando veremos novamente o Açude de
Engenheiro Ávidos cheio? É bom lembrar que no leito do principal afluente do
Piranhas, o Riacho da Boa Vista, foi construída uma barragem, incluída na obra
da transposição do Rio São Francisco, com a capacidade de armazenar 200 milhões de m³. Faço uma previsão, que
sem a ajuda das águas do São Francisco, só veríamos o velho Boqueirão cheio nos
próximos dez anos e se tivermos bons invernos.
José
Antônio Albuquerque*
*Professor
Universitário e Diretor Presidente do Sistema de Comunicação Alto Piranhas de
Cajazeiras.
sábado, 26 de setembro de 2015
Saída à siciliana
No debate com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), nesta quinta, o juiz Sergio Moro foi questionado por João Doria Jr, que dirige o grupo:
–Com tantas pressões, o senhor está preparado para resistir até o fim das investigações da Lava Jato?
–Quando estou em um momento de grande dificuldade, lembro do juiz Giovanni Falcone.
O juiz italiano que conduziu os processos contra a máfia acabou sendo assassinado em 1992.
–O buraco em que ele se encontrava era muito mais fundo do que o meu. Então, sigo em frente –concluiu Moro, para aplausos dos convidados.
Contraponto
Coluna Painel-Folha
"Por mais longa que seja nossa existência temos nossas lembranças
- pontos no tempo que o próprio tempo não consegue apagar.
O sofrimento pode deturpar meus vislumbres do passado,
mas mesmo diante do sofrimento
algumas lembranças se recusam a perder
seja o que for de sua beleza ou de seu esplendor.
Pelo contrário,
elas permanecem sólidas como pedras preciosas".
Anne Rice
Homo
Nenhum de vós ao certo me conhece,
Astros do espaço, ramos do arvoredo,
Nenhum adivinhou o meu segredo,
Nenhum interpretou a minha prece...
Ninguem sabe quem sou... e mais, parece
Que ha dez mil annos já, neste degredo,
Me vê passar o mar, vê-me o rochedo
E me contempla a aurora que alvorece...
Sou um parto da Terra monstruoso;
Do humus primitivo e tenebroso
Geração casual, sem pae nem mãe...
Mixto infeliz de trevas e de brilho,
Sou talvez Satanaz;—talvez um filho
Bastardo de Jehová;—talvez ninguem!
(PORTO — IMPRENSA PORTUGUEZA MDCCCLXXX)
Nota: mantida a escrita original.
Antero Tarquínio de Quental
Astros do espaço, ramos do arvoredo,
Nenhum adivinhou o meu segredo,
Nenhum interpretou a minha prece...
Ninguem sabe quem sou... e mais, parece
Que ha dez mil annos já, neste degredo,
Me vê passar o mar, vê-me o rochedo
E me contempla a aurora que alvorece...
Sou um parto da Terra monstruoso;
Do humus primitivo e tenebroso
Geração casual, sem pae nem mãe...
Mixto infeliz de trevas e de brilho,
Sou talvez Satanaz;—talvez um filho
Bastardo de Jehová;—talvez ninguem!
(PORTO — IMPRENSA PORTUGUEZA MDCCCLXXX)
Nota: mantida a escrita original.
Antero Tarquínio de Quental
Razões para derrubar a CPMF
A democracia tem suas regras. Candidatos que
se elegem pelo recurso à mentira são implacavelmente punidos com a perda da
legitimidade
“A CPMF é um
imposto cumulativo, regressivo, inflacionário, tem efeito negativo sobre o crescimento
e quem paga é o pobre mesmo”. O diagnóstico, de Delfim Netto, confidente
econômico de Lula nos bons tempos, expressa quase um consenso entre os
economistas. Há razões de sobra, no campo estritamente tributário, para o
Congresso rejeitar a volta do imposto ruim. Contudo, o motivo principal para a
derrubada encontra-se no campo da política.
Primeiro, na
campanha eleitoral, Dilma Rousseff prometeu leite e mel: a continuidade da
política de expansão fiscal que conduziu o país ao limiar da bancarrota. Depois,
na hora do estelionato eleitoral, acenou com uma breve travessia de
austeridade: o ajuste fiscal cirúrgico que seria pilotado pelo mestre dos
mestres, um certo Joaquim Levy. Em seguida, diante do fiasco do ajuste, enviou
ao Congresso um atestado de incompetência absoluta: o Orçamento deficitário que
precipitou a perda do grau de investimento. No fim da linha, acuada pela espada
do impeachment, a presidente lançou-se à aventura da tributação aleatória,
tentando ressuscitar o pior dos impostos. Ela quer o privilégio de tratar os
cidadãos como súditos e o conforto de governar sem fazer escolhas.
A democracia tem
suas regras. Candidatos que se elegem pelo recurso à mentira são
implacavelmente punidos com a perda da legitimidade. A recuperação, sempre improvável,
depende de um gesto dramático de reconhecimento do desvio. No lugar desse
gesto, Dilma preferiu apostar num truque barato de ilusionismo, atribuindo a
crise a imprevisíveis fatores externos (a conjuntura internacional, a seca) e
convocando os serviços de Levy para aplicar um unguento sobre a ferida aberta.
Por alguma razão, ligada à nossa miséria intelectual, obteve ainda período de
graça, na forma de apelos empresariais à unidade política em torno do ajuste
fiscal, que reverberaram nos editoriais da imprensa. Não podia dar certo, como
não deu.
A política
econômica não existe no vácuo ideológico, num compartimento sanitizado e
regulado exclusivamente pelas leis da lógica. O giro anunciado pela ascensão de
Levy dependia, para funcionar, do reconhecimento explícito do fracasso da “nova
matriz econômica” do mandato original — e, portanto, de uma ruptura política
completa com o lulopetismo. A presidente, porém, entregou-se à missão
impossível de enganar o país por uma segunda vez, indicando que a Terra Prometida
situava-se logo além de túnel circunstancial, cuja travessia, penosa mas curta,
demandava apenas o ajuste fiscal. No conto infantil que narrou, Levy cuidaria
da travessia, enquanto Nelson Barbosa, o verdadeiro teórico da “nova matriz
econômica”, aguardaria no banco do passageiro para retomar o volante junto com
os primeiros raios de luz. A nova CPMF nasceu da falência desse projeto, com a
finalidade de vendar os olhos de todos no momento em que o comboio da economia,
descontrolado, desce rumo ao precipício.
Levy, o
“neoliberal”, cumpre a função de tenor no ato final da ópera bufa da “nova
matriz econômica”. Seu ajuste fiscal, inicialmente apresentado como ato
magistral de corte de gastos públicos, revela-se agora, até para os mais
néscios, como aquilo que efetivamente sempre foi: uma derrama tributária mal
disfarçada pela farsa da reforma ministerial. Operando como agente do
lulopetismo, o superministro do Bradesco pretende cobrar dos cidadãos os custos
da irresponsabilidade fiscal de Dilma, de forma a conservar intactos os
alicerces da política econômica que fracassou. A nova CPMF, muralha de proteção
do passado, serve para resistir à exigência de reformas econômicas estruturais
capazes de recompor a produtividade e estimular o investimento privado.
Dilma teve uma
oportunidade derradeira em março, quando cerca de 1,5 milhão de brasileiros
ocuparam as ruas para decretar o fim das ilusões. Naquela ocasião, ela ainda se
salvaria se admitisse que mentiu aos eleitores e, dinamitando as pontes com o
PT, organizasse um governo de crise assentado sobre uma nova política
econômica. Mas a presidente optou pela fidelidade ao lulopetismo e, no fim das
contas, às suas próprias convicções ideológicas. Ela dobrou a dose da mentira,
enredando-se numa teia política cada vez mais intrincada. Hoje, tornou-se refém
dos caciques do PMDB, que dançam uma quadrilha em volta da chave do
impeachment. A proposta de restauração da CPMF surge porque o ajuste fiscal é,
nos apropriados adjetivos de Delfim Netto, “uma fraude, um truque, uma
decepção”. A nova CPMF não passa de um prolongamento da agonia de um governo
prostrado, impotente para tomar decisões estratégicas.
A derrubada da nova
CPMF no Congresso não deve ser vista como uma recusa a encarar a realidade.
Dilma foi eleita, em 2010, sobre uma plataforma política erguida no segundo
mandato de Lula que se articulava em torno do gasto público, do crédito, do
subsídio e do consumo. A farra fiscal do governo converteu-se em bens
eletrônicos e despesas com serviços, investimentos empresariais extravagantes
financiados pelo BNDES, moradias populares de baixa qualidade, importações
insustentáveis, contas subsidiadas de combustíveis e eletricidade. O país
pagará, inevitavelmente, a fatura das escolhas políticas feitas nas urnas. Não
deve, porém, oferecer um cheque em branco à presidente arrogante e impenitente
que ainda simula governar.
“Chega de
impostos”, como se propaga aqui e ali, não é a resposta certa à embriaguez
nacional promovida pelo lulopetismo. Uma travessia fiscal será feita, cedo ou
tarde, por uma combinação equilibrada de cortes de gastos públicos e aumentos
seletivos de impostos. Contudo, a condição para ela só pode ser a decisão
nacional de não repetir a experiência desastrosa do passado recente. O Brasil
precisa, finalmente, olhar para frente. É por esse motivo que os congressistas
têm o dever cívico de derrotar a nova CPMF.
Demétrio
Magnoli é sociólogo
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/razoes-para-derrubar-cpmf-17585955#ixzz3mhwyonNe
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